Questõessobre Geografia Econômica

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IF-BA 2014 - Geografia - Geografia Econômica


A cidade de Detroit é o berço da indústria automobilística nos Estados Unidos, onde Henry Ford abriu a primeira fábrica de carros em 1903. Seu processo de falência, apesar de ter ocorrido no ano de 2013, é derivado de causas anteriores e teve início

A
com a corrida espacial durante a Guerra Fria nos anos de 1970 e os investimentos nesse setor em detrimento do setor automobilístico.
B
com política neoliberal e a transferência de grandes indústrias automobilísticas para países subdesenvolvidos a partir da década de 1980.
C
com o aumento do desemprego e inadimplência após a crise econômica de 2008 e a redução no numero de vendas de automóveis nacionais.
D
devido ao aumento da criminalidade e violência nos Estados Unidos nas décadas de 1990 e 2000, resultados do decréscimo da qualidade de vida nesse país.
E
devido aos gastos com a guerra do Iraque e com a indústria bélica, que, juntamente com a crise de 2008, levaram à falência empresas como a Gerenal Motors (GM).
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IF-BA 2014 - Geografia - Geografia Econômica

Identifique as alternativas que apresentam corretamente diferenças, ao longo do século XIX, entre as ideologias liberal e socialista:


I . A primeira teve no operariado e nas classes médias urbanas suas mais efetivas bases sociais, enquanto a segunda foi melhor acolhida junto à burguesia e ao campesinato.

II . A primeira caracterizou-se por uma visão radicalmente coletivista da sociedade, enquanto a segunda insistiu no primado dos indivíduos sobre os corpos coletivos como as nações e classes sociais.

III . A primeira buscou reduzir os poderes do Estado a limites considerados toleráveis, ao passo que a segunda, em sua versão mais radical, pregava a revolução, cuja meta final seria a instauração do comunismo, com a extinção do Estado.

IV . A primeira defendia a propriedade privada, a liberdade de empreendimento e a necessidade da desigualdade social, enquanto a segunda manifestava a intenção de suprimir a propriedade privada dos meios de produção, o direito de herança e eliminar a distinção de classes.

V . A primeira inspirou-se, fundamentalmente, nas ideias desenvolvidas, com relação ao campo da política, por pensadores como John Locke e Montesquieu, e com relação à economia, por pensadores como Quesnay e Adam Smith, enquanto a segunda teve em Saint-Simon, Fourier e Marx alguns de seus expoentes.


São verdadeiras as afirmações contidas em

A
I, II e III.
B
I, II e IV.
C
I, III e V.
D
II, III e IV.
E
III, IV e V.
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IF-BA 2014 - Geografia - Geografia Econômica

O sistema-mundo, ou seja, a produção realizada em escala global, proporcionou a articulação da economia mundial, numa geografia onde as etapas produtivas encontram-se separadas fisicamente em diversos continentes e, ao mesmo tempo, integradas/articuladas mundialmente em rede. Isso proporciona a realização ampliada do lucro em escala planetária e ao mesmo tempo, intensifica a acumulação do capital e do conhecimento em algumas poucas regiões do planeta, consideradas como os principais nós dessa rede global. Nesse sentido, destacam-se os tecnopólos.


Sobre este fenômeno do espaço geográfico globalizado é INCORRETO afirmar que

A
um tecnopólo é uma área adaptada às necessidades globais de inovação tecnológica, e sua existência depende da presença de mão de obra altamente qualificada.
B
numa região considerada como tecnopólo, deve existir uma grande concentração de importantes universidades e centros de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), além de indústrias de ponta.
C
no mundo globalizado, as grandes corporações colocaram a inovação tecnológica como estratégia principal de concorrência na disputa por mercados e na valorização de suas marcas.
D
o Vale do Silício, na Califórnia (Estados Unidos), é um exemplo clássico de tecnopólo, com grande concentração de indústrias do setor de informática.
E
os tecnopólos estão relacionados a uma nova fase do capitalismo onde qualquer tipo de mão de obra humana, devido à inovação tecnológica, tornouse desnecessária.
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IF-BA 2012 - Geografia - Geografia Econômica

No fim do segundo milênio da Era Cristã, vários acontecimentos de importância histórica transformaram o cenário social da vida humana. Uma revolução tecnológica concentrada nas tecnologias da informação começou a remodelar a base material da sociedade em ritmo acelerado.

CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. São Paulo: PAZ e TERRA, 2010. p. 39.


A revolução tecnológica redefiniu a produção do espaço geográfico, em suas múltiplas escalas e dimensões. Dentre as diversas repercussões deste processo, pode-se considera

A
a construção social da rede da tecnologia de informação para além da técnica, redefinindo as escalas das ações políticas no território.
B
a intervenção estatal para fins de desregular os mercados e desintegrar o modelo de Estado do Bem- -Estar-Social que havia se consolidado nos países emergentes no pós-guerra.
C
o fim do trabalho com a tecnificação da produção e a precarização das relações sociais estabelecidas na indústria de alta tecnologia.
D
a reestruturação produtiva caracterizada por maior concentração espacial, controle e rigidez no gerenciamento das empresas.
E
a fragmentação global dos mercados financeiros pela hegemonia do capital na era da tecnologia da informação.
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IF-BA 2012 - Geografia - Geografia Econômica

A crise financeira, nesta primeira década do século XXI, evidencia as contradições do modelo de desenvolvimento capitalista. Estas contradições são resultantes da combinação de fatores estruturais do processo de reprodução do capital no espaço geográfico mundial.



Indique a alternativa que NÃO representa um dos fatores associados à crise financeira global, iniciada em 2008, nos Estados Unidos:

A
A transformação tecnológica do mundo financeiro, favorecendo a mundialização do capital.
B
A desregulamentação neoliberal das instituições e mercados, repercutindo no sistema financeiro global.
C
A resistência política de Cuba ao embargo econômico decretado pelos Estados Unidos, favorecendo o déficit na balança comercial norte-americana.
D
O desequilíbrio entre o acúmulo de capital nas economias emergentes e o capital tomado emprestado pelas economias mais ricas, como os Estados Unidos.
E
O crescimento crescente da dívida pública norteamericana pela desregulamentação financeira empreendida nas últimas décadas.
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IF-BA 2012 - Geografia - Geografia Econômica

Tendo por referência a dinâmica e o desenvolvimento do modo de produção capitalista em relação à organização do espaço geográfico e aos problemas ambientais, analise:


I – A internacionalização dos problemas ambientais durante a 2ª Revolução Industrial foi uma consequência das disputas interimperialistas ocorridas a partir da unificação alemã e italiana, que se constituíram como novos países capitalistas.

II – O espaço geográfico mundial, após a crise de 1929, teve uma intensa reorganização produtiva, considerando a aplicação da política de bem estar social, o taylorismo/ fordismo e o just in time, estruturas administrativas que possibilitam a produção/reprodução ampliada do capital.

III – Os problemas da organização do espaço geográfico tem relação direta com as categorias de analise central da geografia, como paisagem, região, espaço, território e lugar, sendo estes, em muitos momentos, adjetivados como meio ambiente.

IV – A produção em série e o consumo de massa, implantados com o New Deal, estão na base da crise pela qual passa a economia americana nos dias atuais.


São corretas:

A
I, II, III, IV
B
II, III, IV
C
II, IV
D
II, III
E
I, II, III
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UEPB 2011 - Geografia - Geografia Econômica

Lixão da Muribeca Há quase 25 anos ele está lá, [...] o Recife despeja 1.900 toneladas de dejetos no lugar (Disponível em: <www.pernambuco.com/.../novela.shtml> Acesso em 08/mar./2010.)

A análise mais ampla sobre a problemática em foco nos leva a afirmar:





I - Para ser resolvida a problemática dos resíduos sólidos nas grandes cidades do mundo é preciso apenas uma política ambiental voltada para a reciclagem do lixo e da criação de aterros sanitários, ao lado de uma política social que crie cooperativas para empregar os catadores.

II - A sociedade de consumo tal como está estruturada hoje é insustentável para a natureza e tem ao lado do consumismo desenfreado (com a produção crescente dos supérfluos e dos descartáveis) a geração de um exército de excluídos que sobrevivem dos restos que as camadas sociais de maior poder aquisitivo jogam fora.

III - A globalização tem aumentado o abismo social entre ricos e pobres; o mercado cada vez mais competitivo gera o desemprego, o consumismo e a impossibilidade de inserção dos miseráveis. A imagem de degradação humana, embora seja da região metropolitana do Recife, é comum a todas as grandes cidades do terceiro mundo.

IV - A problemática ambiental de dilapidação da natureza bem como as graves questões sociais, tais como a fome, o desemprego, a mortalidade infantil etc., têm relação direta como o nosso modelo de civilização. Não há como resolver a crise ambiental e social do planeta sem que haja mudanças profundas na forma de pensar e de agir da sociedade global.


Estão corretas apenas as proposições

A
II e III
B
I e IV
C
II, III e IV
D
III e IV
E
I, II e IV
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UEPB 2011 - Geografia - Geografia Econômica

Observe a charge abaixo. A sua leitura nos mostra a crítica que o cartunista francês Plantum faz em relação


A
ao aquecimento global provocado pelos países industrializados, que se recusam a diminuir a emissão de gases para a atmosfera.
B
à divisão internacional do trabalho entre Norte e Sul, que se processa com base nas relações desiguais de troca, visto que os produtos comercializados pelo terceiro mundo têm pouco valor agregado.
C
à recessão que atingiu as economias dos Estados Unidos, Japão e União Européia com forte repercussão em toda a economia global.
D
ao primeiro choque do petróleo ocorrido em 1973, quando os países produtores do Oriente Médio reduziram sua produção, elevaram o preço do barril e embargaram as vendas para os EUA e a Europa.
E
à Revolução Verde, que disseminou novas sementes e práticas agrícolas para aumentar a produção em países subdesenvolvidos durante as décadas de 1960/70, mas criou a dependência tecnológica em tais nações agrícolas.
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IF Sul Rio-Grandense 2016 - Geografia - Geografia Econômica

Os grandes conglomerados mundiais, também chamados de corporações transnacionais, podem ser definidos como empresas que possuem pelo menos 10% da participação nos negócios em filiais localizadas em território estrangeiro. Essas corporações empregam em torno de 54 milhões de pessoas pelo mundo, não sendo à toa que países inteiros e mesmo suas subdivisões políticas (províncias e estados) disputem entre si os investimentos diretos feitos por esses conglomerados. Entre essas corporações, evidenciamos as montadoras que fazem uma série de exigências para se instalarem nos países emergentes, entre eles o Brasil.


Uma condição exigida por uma montadora de automóveis aos estados brasileiros que se candidatam a receber uma unidade industrial para a produção de veículos é que

A
os governos locais com capacidade de controlar os sindicatos enfraqueçam as reivindicações dos trabalhadores.
B
os estados ofertem preferencialmente gás e água para a produção industrial.
C
as cidades, através de suas prefeituras, aluguem a preços módicos o terreno onde a montadora vai se instalar.
D
o governo federal não cobre impostos por períodos não inferiores a cinco anos.
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IF Sul Rio-Grandense 2016 - Geografia - Geografia Econômica

Em um passado muito próximo, mais precisamente na década de 90, assistimos, no Brasil e em outros países subdesenvolvidos, à aplicação de uma prática que nasceu na Inglaterra e nos Estados Unidos, mais precisamente nos governos dos presidentes Margarete Thatcher e Bush. Baseava-se na política de que tudo que é público não presta ou dá prejuízo. Assim, a saída para o problema eram as privatizações e as restrições às políticas sociais e trabalhistas.


Atualmente, em nosso país, devido às mudanças políticas em nível de governo federal, estamos assistindo a uma tentativa de retomada dessa política denominada

A

reformista.

B
neoliberal.
C
marxista.
D
globalizante.
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CÁSPER LÍBERO 2010 - Geografia - Geografia Econômica

Leia o texto abaixo, extraído do Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008, produzido para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), traduzido para o português de Portugal, e responda à questão:

“Baixos Rendimentos: há ainda cerca de um milhar de milhão de pessoas a viver no limiar da sobrevivência com menos de US$1 por dia, com 2,6 mil milhões – 40% da população mundial – a viver com menos de US$2 por dia. Fora da Ásia de Leste, a maioria das regiões em desenvolvimento estão a reduzir os índices de pobreza a um ritmo lento – demasiado lento para atingir os ODMs (Objectivos de Desenvolvimento do Milênio) de reduzir para metade a extrema pobreza em 2015. A não ser que se verifique uma aceleração na redução de pobreza a partir de 2008, o objectivo não deverá ser cumprido para cerca de 380 milhões de pessoas.”


Para atingir os ODMs, o número de pessoas, por ano, que deve sair da situação de extrema pobreza, vivendo com menos de US$2 por dia, deve aumentar, aproximadamente (considerando o período em questão de sete anos), de:

A
131 milhões para 186 milhões.
B
202 milhões para 257 milhões
C
257 milhões para 380 milhões.
D
460 milhões para 515 milhões.
E
131 milhões para 380 milhões.
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CÁSPER LÍBERO 2010 - Geografia - Geografia Econômica

Quando o autor afirma a existência de uma permanente “tendência ao desequilíbrio de nossas contas externas, embora apresentando-se agora sob novas formas” refere-se à posição subordinada em que o Brasil insere-se nas relações econômicas internacionais em dois momentos da história do país. Essa subordinação:

Tomando como base a história do capitalismo brasileiro e o processo de globalização comparados com o texto abaixo (publicado originalmente em 1966), responda à questão.


“Em conclusão, apesar das grandes transformações por que passou a economia brasileira, e que se vêm acentuando nestes últimos decênios, ela não logrou superar algumas de suas principais debilidades originárias, e libertar-se de sua dependência e subordinação no que respeita ao sistema econômico e financeiro internacional de que participa e em que figura em posição periférica e marginal. /.../ é um progresso que pela maneira como se realiza , ou se realizou até hoje, se anula em boa parte e se autolimita, encerrando-se em estreitas perspectivas. Isso porque se subordina a circunstâncias que, embora aparentemente distintas do antigo sistema colonial, guardam com esse sistema, na sua essência, uma grande semelhança. /.../ Em suma, /.../ o antigo sistema colonial em que se constituiu e evoluiu a economia brasileira, apesar de todo o progresso e as transformações realizadas, fundamentalmente se manteve, embora modificado e adotando formas diferentes. E o processo de integração econômica nacional, embora se apresente maduro para sua completa e definitiva eclosão, se mostra incapaz de chegar a termo e se debate em contradições que não consegue superar. Das contradições que no passado solapavam a economia brasileira, passamos a outras de natureza diferente, mas nem por isso menos graves. Essas contradições se manifestam sobretudo, e agudamente, como vimos, na permanência, e até no agravamento da tendência ao desequilíbrio de nossas contas externas, embora apresentando-se agora sob novas formas, e implicando diretamente a ação imperialista. São as nossas relações financeiras com o sistema internacional do capitalismo – e nisso se distingue a nossa situação atual da do passado – que comandam o mecanismo das contas externas do país. Não são mais unicamente as vicissitudes da exportação brasileira, como ocorria anteriormente, que determinam o estado daquelas contas. E sim sobretudo e decisivamente os fluxos de capitais controlados do exterior e que sob diversas formas (inversões, financiamentos, empréstimos, amortizações, rendimentos etc.) se fazem num e noutro sentido em função dos interesses da finança internacional. Ou por fatores de ordem política que em última instância também se orientam por aqueles interesses”.
PRADO, Jr. Caio. A revolução brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1966.  
A
Configura-se com o advento do imperialismo, quando o domínio dos países centrais passa a realizar-se por meio da exportação de capitais, e não apenas pelas relações comerciais.
B
Mantém os traços coloniais do país expressos na agroexportação, que são alvo de oposição por parte dos grupos que se beneficiam do desenvolvimento industrial após 1964.
C
É amenizada a partir da década de 1990, quando a desregulamentação mundial dos mercados dissolve a dominação política do país e confere ao capital nacional condições de reprodução próximas às do capital internacional.
D
É comum nos dois momentos quanto ao atraso relativo do desenvolvimento econômico nacional, que coloca o país em desvantagem comparativa na concorrência internacional nesses dois momentos distintos.
E
Não é política nesses dois momentos da história, mas determinada diretamente pelo capital mercantil europeu, no primeiro, e pelo capital financeiro internacional, no segundo.
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CÁSPER LÍBERO 2009 - Geografia - Geografia Econômica

Observe atentamente a imagem ao lado e assinale a alternativa que apresenta correspondência de sentido entre ela, o texto “De volta à condição proletária” e o episódio do G-20.



Imagem de uma das manifestações ocorridas em Londres, durante a Cúpula de Líderes do G-20 financeiro, em abril de 2009.

A partir da leitura do texto “De volta à condição proletária”, de Ruy Braga e Marco Aurélio Santana, responda à questão.


“Berço histórico do chamado ‘novo sindicalismo’ brasileiro, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC comemorou 50 anos de existência no último dia 12 de maio. É praticamente impossível lembrar dessa efeméride sem associá-la àquele movimento grevista do ano de 1978 que renovou o cenário político brasileiro catalisando o fim da ditadura e impulsionando a luta pela redemocratização do país por meio, principalmente, da criação do Partido dos Trabalhadores (PT) – e, posteriormente, da Central Única dos Trabalhadores (CUT). (…) Amalgamada pelo desenvolvimento industrial acelerado, pelo despotismo fabril, por condições de trabalho degradantes, pelo autoritarismo estatal e por intensos fluxos migratórios, essa ‘nova’ classe trabalhadora fordista, periférica, do ABC paulista não tardaria a contradizer os prognósticos sociológicos do início dos anos 1970. Em vez de politicamente ‘passiva’, pois carente de ‘tradições’ organizativas, ela seria militante e rebelde. (…) Contudo, como indicava a filósofa Simone Weil, ‘a condição operária muda continuamente’ (…)
As razões para o desmanche da classe mobilizada e o retorno a uma condição proletária indiferenciada são conhecidas e enlaçam processos econômicos, políticos e simbólicos. Indo do geral ao particular, parece-nos que a mundialização capitalista, tendo os mercados financeiros à frente, responde por parte substantiva dos motivos que geraram essa realidade. Nos países capitalistas avançados, após a longa transição dos anos 1970, a entrada em cena de quantidades desmedidas de capitais financeiros – na forma de fundos de pensão, fundos mútuos, seguros e fundos hedge – reconfigurou o modelo de desenvolvimento fordista que vigorava até então. Resultante da desregulamentação dos mercados de capitais e da contraonfesiva política neoliberal, somadas ao desenvolvimento das tecnologias da informação, um novo regime de acumulação financeirizado emergiu para restabelecer a lucratividade da empresas. (…)
No Brasil, a década de 1990 foi marcada por essas características. As transformações produtivas incrementaram o desemprego e degradaram o ambiente laboral, desestruturando ainda mais nosso mercado de trabalho. O aumento da concorrência entre os trabalhadores foi acompanhado pela multiplicação das formas, até então atípicas, de contratação de trabalho. (…)
Uma imagem capaz de ilustrar com nitidez o especial significado das transformações do mundo do trabalho no Brasil contemporâneo talvez seja a da ocupação que mais cresceu em termos numéricos nos anos recentes: os operários de telemarketing. Amalgamado pelos investimentos no setor de serviços, pelas privatizações, pelas tercerizações, pela rotatividade, pela informatização e pela financeirização das empresas, esse ‘infoproletariado’, carente de tradições organizativas e, portanto, despolitizado e com baixa aparição coletiva na cena pública, é a verdadeira antítese da classe mobilizada das greves de 1978”.
“De volta à condição proletária”, Ruy Braga e Marco Aurélio Santana, Revista Cult, ano 12, número 139. Texto adaptado.
A
Estabelecido em 1999, justamente para lidar com a crise da Ásia, o G-20, grupo dos países emergentes, credencia-se, mais que o G-8, pela sua competência em temas do desenvolvimento e do desemprego, a centralizar as decisões sobre a crise atual. Por isso, o G-20 contou com o apoio de diversos movimentos sociais, em Londres.
B
Uma vez que a preocupação central do G-20 era com o sistema financeiro internacional (e não com a situação da classe trabalhadora e com o futuro do planeta), o encontro em Londres foi alvo de intensos protestos, entre os quais uma marcha formada por diversas organizações sociais, batizada de Put People First: for jobs, justice and climate (em tradução livre, “As pessoas em primeiro lugar: por trabalho, justiça e boas condições climáticas”).
C
O G-20, formado em 2003, legitima o peso dos países emergentes, que, com a crise econômica internacional e o recrudescimento do desemprego, têm lutado pela criação de novos postos de trabalho com carteira assinada, obtendo, em Londres, o apoio de diversos grupos ambientalistas.
D
O G-20, formado pelas principais economias do mundo (G-8, Brasil, Argentina, México, China, Índia, África do Sul, Indonésia, Coreia, Turquia e Austrália, entre outros), busca a segurança alimentar mundial como saída para a crise global, daí receber o apoio de movimentações sociais distintas.
E
Estabelecido em 2003, na reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), realizada em Cancún, no México, o G-20 vem lutando contra o protecionismo dos países ricos e pela ampliação do emprego formal nos países em desenvolvimento. As organizações sociais de apoio ao G-20, em Londres, foram fortemente reprimidas pela polícia londrina.
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IF Sul Rio-Grandense 2017 - Geografia - Geografia Econômica

“Mede o valor comercial total anual dos bens e serviços produzidos em um país. É composto do consumo, do investimento bruto, das despesas governamentais em bens e serviços e das exportações líquidas [...] indica a atividade econômica de um país”.

(DURAND, Marie-Françoise. Atlas da mundialização: compreender o espaço mundial contemporâneo. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 158)


O texto descreve o conceito de

A
PIB.
B
PED.
C
PAC.
D
PNB.
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UNIR 2008 - Geografia - Geografia Econômica

Com a economia mundial globalizada, a tendência comercial é a formação de blocos econômicos, criados com a finalidade de facilitar o comércio entre os países membros. Adotam redução ou isenção de impostos ou de tarifas alfandegárias e buscam soluções em comum para problemas comerciais. A coluna da esquerda apresenta blocos econômicos e a da direita, a caracterização de cada um. Numere a coluna da direita de acordo com a da esquerda.

1 - MERCOSUL
2 - APEC
3 - UE
4 - NAFTA

( ) Foi criado na Austrália, como um fórum de conversação entre os países membros da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) e seis parceiros econômicos, dentre eles EUA e Japão.
( ) Adota políticas de integração econômica e aduaneira em zona de livre comércio; originalmente constituído por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
( ) Surgiu do tratado de livre comércio assinado por norteamericanos e canadenses em 1988, ao qual os mexicanos aderiram em 1992.
( ) Tornou-se oficial em 1992, pelo tratado de Maastricht; propõe moeda única e sistemas financeiro e bancário comuns.

Assinale a seqüência correta.

A
2, 1, 4, 3
B
2, 3, 1, 4
C
3, 4, 2, 1
D
3, 2, 4, 1
E
4, 1, 3, 2
40c1ad40-df
UNIR 2008 - Geografia - Geografia Econômica

Sobre globalização e pobreza, assinale a afirmativa INCORRETA.

A
Para garantir o mínimo de condições de sobrevivência aos indivíduos, os países ricos difundiram os princípios do estado de bem-estar social.
B
A ampliação da exclusão social pode estar vinculada aos princípios neoliberais que foram incorporados em várias partes do mundo.
C
O processo de globalização econômica e financeira ampliou a diferença entre ricos e pobres, além de provocar empobrecimento da população, mesmo em países desenvolvidos.
D
IDH, PIB, PNB, renda per capita, mortalidade infantil, expectativa de vida, escolaridade são índices utilizados para a classificação dos países em ricos e pobres, desenvolvidos e subdesenvolvidos.
E
A desconcentração espacial da riqueza na economia internacional tem aumentado a eqüidade social entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
edb7e799-df
UFRN 2009 - Geografia - Geografia Econômica

Thomas Mun, pensador inglês do século XVII, analisando o conjunto de práticas e idéias econômicas adotadas pelos Estados Modernos, afirmou:


“O recurso comum [...] para aumentar nossa riqueza e tesouro é pelo comércio externo, no qual devemos observar algumas regras rígidas. A primeira é vender mais aos estrangeiros, anualmente, do que consumimos de seus artigos. A parte de nosso stock que não nos for devolvida em mercadorias deverá necessariamente ser paga em dinheiro [...].”


MUN, Thomas. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de história. Lisboa: Plátano, 1976, v. 2. p. 223.


O conjunto das práticas e idéias econômicas a que o texto faz referência constitui o

A
liberalismo econômico, que propunha a consolidação da aliança política e econômica dos reis absolutistas com as burguesias nacionais.
B
mercantilismo, cujos princípios incluíam a manutenção de uma balança comercial favorável e o acúmulo de metais preciosos.
C
mercantilismo, que defendia a completa eliminação do metalismo, mediante a criação de uma balança comercial superavitária .
D
liberalismo inglês, para o qual a intervenção do Estado era a única forma de uma nação superar a pobreza.
372b85bc-e6
UFMT 2008 - Geografia - Geografia Econômica

Sobre a União Europeia, analise as afirmativas.

I - Surgiu com o apoio dos Estados Unidos em razão da perda de poder e influência desta nação após a desintegração da União Soviética.
II - Surgiu em 1991, como resultado da assinatura do Tratado de Maastrich, definindo a estratégia de países europeus diante do final da Guerra Fria.
III - Objetivou, inclusive, a criação de uma moeda única no espaço comunitário.
IV - Estabeleceu metas de política externa e segurança comuns, conferindo-lhe personalidade junto ao sistema diplomático internacional.

Estão corretas as afirmativas

A
II, III e IV, apenas.
B
I, II, III e IV.
C
II e III, apenas.
D
I e IV, apenas.
E
I, III e IV, apenas.
a3803f02-e3
UEFS 2011 - Geografia - Geografia Econômica

A integração da economia global, a que se refere o texto II, expressou-se, no final do século XX,

I.

Dentre essas Revoluções Atlânticas, denominação adotada por vários historiadores, destaca-se a Revolução Industrial, que, promovida pela burguesia triunfante, representou o momento decisivo da vitória do capitalismo como forma de produção econômica predominante e única em várias sociedades da Europa Ocidental. Isso é o mesmo que dizer que, a partir desse momento, a sobrevivência da maioria das pessoas teria por base um trabalho assalariado. (AQUINO et al., 1993, p. 114).


II.

A própria integração da economia global acentuou-se a partir dos anos 1990, por intermédio da revolução tecnológica, especialmente no setor de telecomunicações. A internet, rede mundial de computadores, revelou-se a mais inovadora tecnologia de comunicação e informação do planeta. A troca de informações (dados, voz e imagens) tornou-ser quase instantânea, o que acelerou muito o fechamento de negócios. [...]

Com a expansão do comércio e as facilidades da rede mundial de computadores, ocorreu a intensificação do fluxo de capitais entre os países. A busca de maior lucratividade levou as empresas a investir cada vez mais no mercado financeiro, que se tornou o epicentro da economia globalizada. (A HEGEMONIA..., 2008, p. 152-153).

A
na elevação das tensões entre o bloco socialista e o bloco capitalista, que mantêm afastados do mercado mundial os países socialistas, até os dias atuais.
B
no aprofundamento dos laços de cooperação entre os países asiáticos, promovendo, por exemplo, a parceria entre a rica Arábia e a pobre Bangladesh.
C
na queda, em 1990, das barreiras econômicas impostas pelos Estados Unidos à república socialista de Cuba.
D
na integração dos países da América Latina ao Mercosul, liderado, desde a sua fundação, em 1991, pelo Chile.
E
na formação dos blocos econômicos fundamentados no livre mercado e na derrubada das barreiras protecionistas comerciais.
5f335362-e1
UCPEL 2012 - Geografia - Geografia Econômica

O capitalismo é um sistema econômico e social que se desenvolveu após o declínio do feudalismo e se expandiu no mundo ocidental a partir do século XVI. Graças ao seu dinamismo, ao longo da história, o capitalismo evoluiu e foi se transformando.

É correto afirmar que

A
o capitalismo Industrial corresponde ao que se chamou Revolução Industrial, sendo caracterizado pela utilização de máquinas movidas a eletricidade e pelo aumento da importância do comércio.
B
o capitalismo financeiro corresponde à fase da expansão marítima das potências da Europa Ocidental, como Portugal, Espanha, França e Inglaterra, que buscavam novas rotas de comércio, sobretudo para a Índia.
C
enquanto a chamada Primeira Revolução Industrial foi movida pelo petróleo e pela eletricidade, a Revolução Tecnocientífica é movida pelo conhecimento, fundamental na fase da globalização.
D
o acúmulo de capitais, resultante da troca de mercadorias, movimenta a economia do capitalismo financeiro, promovendo um intenso processo de concentração e centralização desses capitais.
E
o capitalismo, na era da Revolução Informacional, continua industrial, favorecido pelo fato de que as novas tecnologias empregadas no processo produtivo permitem grandes aumentos de produtividade e diversificação dos produtos.