Questõesde Unimontes - MG sobre Filosofia

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Foram encontradas 13 questões
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Unimontes - MG 2018 - Filosofia



“As experiências e erros do cientista consistem de hipóteses. Ele as formula em palavras, e muitas vezes por escrito. Pode então tentar encontrar brechas em qualquer uma dessas hipóteses, criticando-a experimentalmente, ajudado por seus colegas cientistas, que ficarão deleitados se puderem encontrar uma brecha nela. Se a hipótese não suportar essas críticas e esses testes pelo menos tão bem quanto suas concorrentes, será eliminada”.
Fonte: POPPER, Karl. Conhecimento objetivo. Trad. de Milton Amado. São Paulo: Edusp & Itatiaia, 1975. p. 226.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre ciência e método científico, é CORRETO afirmar:

A
A crítica no meio científico significa o fracasso do cientista e a derrota da ciência.
B
Não deve haver a participação e a ajuda de outros cientistas quando ocorrer conflito de hipóteses científicas, devendo tal conflito ser resolvido por quem formulou tais hipóteses.
C
O método científico implica a possibilidade constante de refutações teóricas por meio de experimentos essenciais e comprovados.
D
O método crítico consiste em impedir que as hipóteses científicas tenham brechas.
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Unimontes - MG 2018 - Filosofia

A partir desse texto de Chauí, pode-se considerar INCORRETO afirmar que:

Marilena Chauí, ao tratar sobre a política em seu livro Iniciação à filosofia, aborda as dificuldades para a democracia no Brasil. Para ela, “periodicamente os brasileiros afirmam que vivemos numa democracia, depois de concluída uma fase de autoritarismo. Por democracia entendem a existência de eleições, partidos políticos e a divisão republicana dos três poderes, além da liberdade de pensamento e de expressão. Por autoritarismo entendem um regime de governo em que o Estado é ocupado por meio de um golpe (em geral militar), no qual não há eleições nem partidos políticos, o poder executivo domina o legislativo e o judiciário, há censura do pensamento e da expressão, além de prisão (por vezes com tortura e morte) dos inimigos políticos. 
Em suma, democracia e autoritarismo são vistos como algo que se realiza na esfera do Estado, e este é identificado com o modo de governo. Essa visão é cega para algo profundo na sociedade brasileira: o autoritarismo social. Nossa sociedade é autoritária porque é hierárquica, pois divide as pessoas em inferiores, que devem obedecer, e superiores, que devem mandar. Não há percepção nem prática da igualdade como um direito. Nossa sociedade também é autoritária porque é violenta: nela vigoram racismo, machismo, discriminação religiosa e de classe social, desigualdades econômicas que estão entre as maiores do mundo, exclusões culturais e políticas. Não há percepção nem prática do direito à liberdade.”
Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. Volume único. São Paulo: Ática, 2010.
A
A sociedade brasileira é autoritária porque é hierárquica, não estabelecendo uma divisão das pessoas em superiores e inferiores.
B
A democracia constitui-se com a existência de eleições, partidos políticos e a divisão dos três poderes, além da liberdade de pensamento e de expressão, como entendimento comum.
C
O autoritarismo contrapõe-se à democracia por ser um regime de governo em que o Estado é ocupado por um golpe, sem eleições e sem partidos políticos.
D
A democracia e o autoritarismo são vistos como algo que se realiza na esfera do Estado, e este é identificado com o modo de governo.
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Unimontes - MG 2018 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga

A Grécia Antiga é considerada o berço da Filosofia, tendo como registro de tempo o fim do século VII a. C. e o início do século VI a. C., nas colônias gregas da Ásia Menor, cidade de Mileto. Considera-se, também, como primeiro filósofo Tales de Mileto. Em Éfeso, encontra-se Heráclito, para quem tudo flui como as águas de um rio, nada é eterno. Em Eleia, desenvolve-se a Escola Eleática, em que se encontra Parmênides que se opõe à concepção de Heráclito, defendendo a tese de que existe um Ser Absoluto, imutável.


Assim, enquanto “Heráclito acha que as coisas que temos ante nós não são nunca, em nenhum momento, aquilo que são no momento anterior e no momento posterior; que as coisas estão mudando constantemente; que quando nós queremos fixar uma coisa e definir sua consistência, dizer em que consiste esta coisa, ela já não consiste no que consistia um momento antes” (MORENTE, M. Garcia. Fundamentos de filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1967), “[para Parmênides,] o ser não tem um “passado”, porque o passado é aquilo que não existe mais, nem um “futuro”, que ainda não existe, mas é “presente” eterno, sem início nem fim. Por conseguinte, o ser é também imutável, porque tanto a mobilidade quanto a mudança pressupõem um não ser para o qual deveria se mover ou no qual deveria se transformar”. (REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia. São Paulo: Paulus, 1930. v. 3).


A partir das concepções dos pré-socráticos gregos Heráclito e Parmênides, pode-se afirmar que:


A
Para ambos, o ser não se constitui de atributos fixos, tornando-se impossível conhecê-lo.
B
Não concordam entre si com a possibilidade de pensar um ser imutável e que não flui (Parmênides) e um ser em constante transformação e que nunca é o mesmo (Heráclito).
C
Ambos concordam que o ser é imutável, eterno e existe com propriedades fixas.
D
São dois pensamentos complementares, sendo que Parmênides desenvolve a tese de Heráclito, defendendo o não ser como fundamento para a existência das coisas.
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Unimontes - MG 2019 - Filosofia - A Política


O olhar sobre o Estado e a Política brasileiros não é outro senão o de ver os efeitos da grande influência exercida pelo positivismo no pensamento latino-americano. Conforme Aranha e Martins (2003, p. 142), “em 1876 é fundada a Sociedade Positivista do Brasil e em 1881 Miguel Lemos e Teixeira Mendes criam a Igreja e Apostolado Positivista do Brasil, cujo templo se situa na cidade do Rio de Janeiro. São eles também os idealizadores da bandeira brasileira, com o seu dístico ‘Ordem e Progresso’”. O que se vê é um processo de adoção da Filosofia Positiva de Ausgute Comte no que tange à racionalização da vida e da existência em função de um projeto político que visa ao desenvolvimento industrial e à ordem social. Esse filósofo, no século XIX, considerava “o monoteísmo correspondendo ao estado metafísico da humanidade” decadente e em crise.

Fonte: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando – introdução à filosofia. São Paulo: Editora Moderna, 2003. p. 142.


Não diferentemente de outros países, o que se percebeu no Brasil, no século XX, é o desejo de uma industrialização intensificada, o que provoca uma mudança política e social com a ascensão dos seguintes grupos ou classes, denotando a valorização do conhecimento científico, EXCETO

A
Burguesia comercial e industrial.
B
Militares (Forças Armadas).
C
Médicos e engenheiros.
D
Proletariado.
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Unimontes - MG 2019 - Filosofia


“Como desejasse dedicar-me unicamente à pesquisa da verdade, achei melhor [...] rejeitar como absolutamente falso tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida, e isso para verificar se restaria, depois, alguma coisa em minha crença que fosse inteiramente indubitável. Assim, sabendo que os nossos sentidos às vezes nos enganam, quis supor que não havia nada que correspondesse exatamente ao que nos fazem imaginar. Assim [...] repeli como falsas todas as razões que antes tomara por demonstrações. [...] Mas, logo depois, observei que, enquanto pretendia assim considerar como falso, era forçoso que eu, ao pensar, fosse alguma coisa. Notei, então, que a verdade penso, logo existo era tão sólida e tão certa que nem mesmo as mais extravagantes suposições dos céticos poderiam abalá-la”.

Fonte: DESCARTES, René. Discurso do método. São Paulo: Atena, s/d. p. 41-42.

Descartes dedicou-se a encontrar uma forma de conhecer e compreender o mundo em seu entorno. Assim, a partir do texto, identifique o método adotado e proposto por ele:


A
O de aplicar os sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato).
B
O método de uma razão meramente perceptiva e imaginativa.
C
O de duvidar de tudo.
D
A experimentação intuitiva e indutiva.
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Unimontes - MG 2019 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga

As origens gregas da filosofia revelam historicamente um processo de ruptura com a mitologia e, consequentemente, com os deuses e as crenças até então predominantes culturalmente. Essa cultura mitológica fundamentava-se em dogmas que, por sua vez, sustentavam a força de divindades sobre os homens, colocando-os em um lugar comum e lhes fazendo acreditar nas mesmas coisas de maneira comum. Nesse contexto, a primeira necessidade dos primeiros pensadores, conhecidos como pré-socráticos, foi conhecer a natureza a partir da sua origem. Desse modo, entre os séculos VII e VI a.C, defendiam a existência de um princípio universal de que todas as coisas nasceram. Qual é esse princípio (arkhé) para o primeiro filósofo Tales de Mileto?

A
O elemento ar.
B
O elemento fogo.
C
O elemento terra.
D
O elemento água.
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Unimontes - MG 2019 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga, Sócrates e a Maiêutica

Sócrates é considerado um dos filósofos mais importantes de todos os tempos. Na Grécia Antiga, por volta do século V, ele mudou o foco da filosofia, que se ocupava com o estudo da natureza para o conhecimento do homem. Ele adotou para a sua prática filosófica a inscrição do portal do Oráculo de Delfos, templo dedicado ao deus Apolo: “Conheça-te a ti mesmo e conhecerás o mundo e os deuses”. Desse modo, considerou o conhecimento de si pelo homem uma perspectiva fundamental para o desenvolvimento do pensamento científico, pois, no seu entendimento, o sujeito que busca conhecer a natureza precisa antes conhecer a sua própria natureza. Nesse sentido, uma das perguntas mais importantes e também mais complexas passou a ser: Quem sou eu? A formação da nossa identidade é um ato filosófico, porquanto a filosofia nos assegura o pensamento rigoroso e reflexivo.

Seguindo essa linha de entendimento, encontramos definições sobre o que o homem é. Para Aristóteles, por exemplo, o ser humano é

A
imagem e semelhança de Deus.
B
apenas um corpo e uma alma.
C
um “animal racional” e um “animal político”.
D
um animal infinitamente racional e antissocial.
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Unimontes - MG 2018 - Filosofia

A abordagem do tema “Corporeidade: dimensão humana e formas de ser” remete, na contemporaneidade, à discussão da sexualidade e da questão de gênero. Filósofos como Michel Foucault e Simone de Beauvoir trataram desse assunto em obras importantes para o conhecimento e a compreensão sobre o sexo no ocidente. Foucault, em sua obra História da sexualidade: a vontade de saber (1976), conforme Sílvio Gallo, “investigou como as sociedades viveram a sexualidade ao longo do tempo e notou um paradoxo. Nas sociedade dos séculos XVI e XVII, embora se acreditasse que o sexo era reprimido, ele foi valorizado como o segredo por excelência; em decorrência disso, falava-se muito sobre sexo, na medida em que ele era reprimido”. Foucault estende a sua investigação até o século XX e aponta o desenvolvimento de uma moral sexual que impõe um absoluto predomínio heterossexual nas relações sociais, “que afirma a distinção absoluta entre homem e mulher, centrada numa visão biológica”, de acordo com Sílvio Gallo.
Em “O segundo sexo”, obra de Simone de Beauvoir, publicada em 1949, a filósofa francesa trata da condição da mulher e afirma que “ninguém nasce mulher, mas torna-se mulher” à medida que vive. Para ela, não há uma essência no “ser mulher”, e nega, pois, a existência de uma “natureza feminina”. Gallo compreende a posição de Beauvoir e afirma que o “ser mulher” “é uma construção que cada mulher faz em sua vida”. Diante do impacto que a afirmação da filósofa francesa teve nos movimentos feministas do século XX, ele acrescenta que “A construção da sexualidade é biológica, cultural e histórica, assim como a construção do que somos em outras esferas” e conclui que a formulação “tornar-se mulher” se aplica ao homem, pois “ninguém nasce homem, torna-se homem. Ou, ainda: ninguém nasce homossexual, mas se torna homossexual.” (GALLO, Sílvio. Filosofia: experiência do pensamento. vol. único. 1. ed. São Paulo: Scipione, 2013, p. 102-103).

A partir do exposto, todas as alternativas estão corretas, EXCETO

Corporeidade: dimensão humana e formas de ser



Foto 1 – Banco de Imagens: Illustration of woman meditating, symbol flower of life. Foto 2 – Closeup portrait of a muscular man workout with barbell at gym. Brutal bodybuilder athletic man with six pack perfect abs shoulders biceps triceps and chest. Deadlift barbells workout. Black and white photo. 
A
Estudando a obra de Simone de Beauvoir, Sílvio Gallo conclui que “a construção da sexualidade” é apenas cultural.
B
A moral sexual predominante no século XX, conforme registrou Foucault em 1976, impõe uma distinção entre homem e mulher, centrada numa visão biológica.
C
Nas sociedades dos séculos XVI e XVII, a repressão sexual não impedia que se falasse muito sobre sexo, conforme constatou Michel Foucault.
D
Em sua obra O segundo sexo, Simone de Beauvoir, ao afirmar que “ninguém nasce mulher, mas torna-se mulher”, nega uma natureza feminina e uma essência da feminilidade.
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Unimontes - MG 2018 - Filosofia

Conforme Sílvio Gallo, “na obra Fenomenologia da percepção, o filósofo Merleau-Ponty desenvolve o conceito de corpo próprio, mudando o foco da afirmação de Descartes (“Penso, logo existo”), colocando a certeza da existência no pensamento, para situá-la no corpo”. Para Merleau-Ponty, afirma Gallo, “o corpo próprio é a ideia que cada pessoa é um corpo que percebe e que pensa – e, pensando, atua no mundo e sobre si mesmo. De modo que o corpo não é um objeto, como uma pedra e um martelo. Mas tampouco é pura consciência ou pura percepção. Meu corpo próprio é a sede da percepção do mundo e de mim mesmo, possibilidade única de existência concreta.” Gallo acrescenta que “O filósofo francês Michel Foucault reflete sobre outro aspecto da corporeidade: o corpo como lugar em que o poder atua. Segundo o filósofo, o ‘desprezo pelo corpo’ que vemos na Idade Moderna, a partir da formulação de René Descartes, é apenas aparente. Durante todo aquele período, foi feito grande esforço para manter o corpo controlado, para que ele pudesse ser tomado como força de trabalho. [...] Segundo Foucault, uma importante tecnologia de controle era o poder disciplinar, que atuava individualizando os corpos. Esse poder era exercido nas instituições, como fábricas, escolas, hospitais, prisões e quartéis. Sua análise permanece atual. Pense na escola, em que cada estudante tem um registro, está colocado em determinada classe, tem um número na lista de chamada, tem suas próprias notas que medem seu aproveitamento. É uma forma de disciplinar o estudante, de transformá-lo em um indivíduo.” (GALLO, Sílvio. Filosofia: experiência do pensamento. vol. único. 1. ed. São Paulo: Scipione, 2013, p. 99-100).

Nos três pensadores, Descartes, Merleau-Ponty e Michel Foucault, é comum a preocupação em definir o homem como ser de existência. O que é discordante em relação às suas concepções teóricas é afirmar que:

Corporeidade: dimensão humana e formas de ser



Foto 1 – Banco de Imagens: Illustration of woman meditating, symbol flower of life. Foto 2 – Closeup portrait of a muscular man workout with barbell at gym. Brutal bodybuilder athletic man with six pack perfect abs shoulders biceps triceps and chest. Deadlift barbells workout. Black and white photo. 
A
Merleau-Ponty defende a ideia de que cada pessoa é um corpo que percebe e que pensa.
B
Para Descartes, não há pensamento sem corpo, enquanto o corpo próprio não é a ideia de que cada pessoa é um corpo que percebe e pensa, conforme Merleau-Ponty.
C
Michel Foucault afirma que, durante o período em que vigorou a tese cartesiana de “desprezo pelo corpo”, embora um desprezo apenas aparente, foi feito um grande esforço para manter o corpo controlado, para que ele pudesse ser tomado como força de trabalho.
D
Para Merleau-Ponty, o corpo próprio é a sede da percepção do mundo e de mim mesmo, possibilidade única de existência concreta.
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Unimontes - MG 2017 - Filosofia

O século XVIII é caracterizado como o “século da moral”, como tempo marcado profundamente pelo Iluminismo, “um projeto pedagógico-político de construção da autonomia da razão e emancipação de homens e mulheres, fornecendo-lhes meios intelectuais para uma ação consciente”, conforme Gallo. Nesse tempo, desenvolve-se o grande projeto ético de Immanuel Kant, com a sua destacada obra “Fundamentação da metafísica dos costumes” (1785), aprofundado em “Crítica da Razão Prática” (1788).


Na atualidade, não há como pensar em moral e ética sem recorrer às obras de Kant. Em relação a esse filósofo, assinale a alternativa CORRETA.




Conforme Silvio Gallo, “ao longo da história humana, legisladores morais de todos os tipos aviltaram a liberdade humana em nome de um poder absoluto e da exploração. Sua ação sempre foi facilitada pela angústia existencial que sentimos frente ao nada de nosso ser e, para fugir a tal angústia, aderimos – de “má fé” – a qualquer identidade externa que nos seja oferecida pelos moralistas de plantão. Em nosso íntimo, porém, sabemos que essa tranquilidade que conseguimos com a identificação social é falsa, e é a coragem de abandoná-la que fundamenta as revoltas políticas que visam resgatar a dignidade humana e a sua autonomia [...]”. Gallo cita o filósofo francês Jean Paul Sartre, observando que, para ele, “o ser humano é livre, e a liberdade consiste no ato da escolha”.
Fonte: GALLO, Silvio. Filosofia: experiência do pensamento . São Paulo: Scipione, 2013, p. 131.  
A
Kant considera que as facetas do sujeito são dispensáveis para a existência do homem moderno.
B
A noção de razão prática, como defende Kant, implica impossibilidade da liberdade humana.
C
O sujeito moral age racional e conscientemente, o que caracteriza uma das facetas do ser humano. Kant considera o conhecimento e a estética como outras facetas do sujeito, o que busca o saber e o que percebe o mundo e produz arte.
D
Essa perspectiva ético-racional desenvolvida por Kant não sustenta uma autonomia, uma vida emancipada para homens e mulheres. 
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Unimontes - MG 2017 - Filosofia

Baseando na argumentação de Silvio Gallo e no pensamento filosófico de Sartre, podemos considerar que a existência humana é uma construção de valores que possibilita, EXCETO




Conforme Silvio Gallo, “ao longo da história humana, legisladores morais de todos os tipos aviltaram a liberdade humana em nome de um poder absoluto e da exploração. Sua ação sempre foi facilitada pela angústia existencial que sentimos frente ao nada de nosso ser e, para fugir a tal angústia, aderimos – de “má fé” – a qualquer identidade externa que nos seja oferecida pelos moralistas de plantão. Em nosso íntimo, porém, sabemos que essa tranquilidade que conseguimos com a identificação social é falsa, e é a coragem de abandoná-la que fundamenta as revoltas políticas que visam resgatar a dignidade humana e a sua autonomia [...]”. Gallo cita o filósofo francês Jean Paul Sartre, observando que, para ele, “o ser humano é livre, e a liberdade consiste no ato da escolha”.
Fonte: GALLO, Silvio. Filosofia: experiência do pensamento . São Paulo: Scipione, 2013, p. 131.  
A
uma condenação da submissão aos poderes políticos, sem escolhas, pois a vida é predeterminada.
B
o permanente agir em função da conquista da liberdade, sempre que se fizer necessário nas relações de poder estabelecidas em sociedade.
C
uma condenação à liberdade, como propõe Sartre, pois o ser humano está condenado a agir por necessidade de ser livre para escolher e ser responsável por suas escolhas em função do bem-estar social e pela democracia.
D
a autonomia pessoal e a experiência de uma vida ética em sociedade.
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Unimontes - MG 2018 - Filosofia

Marilena Chauí, ao tratar sobre a política em seu livro Iniciação à filosofia, aborda as dificuldades para a democracia no Brasil. Para ela, “periodicamente os brasileiros afirmam que vivemos numa democracia, depois de concluída uma fase de autoritarismo. Por democracia entendem a existência de eleições, partidos políticos e a divisão republicana dos três poderes, além da liberdade de pensamento e de expressão. Por autoritarismo entendem um regime de governo em que o Estado é ocupado por meio de um golpe (em geral militar), no qual não há eleições nem partidos políticos, o poder executivo domina o legislativo e o judiciário, há censura do pensamento e da expressão, além de prisão (por vezes com tortura e morte) dos inimigos políticos.
Em suma, democracia e autoritarismo são vistos como algo que se realiza na esfera do Estado, e este é identificado com o modo de governo. Essa visão é cega para algo profundo na sociedade brasileira: o autoritarismo social. Nossa sociedade é autoritária porque é hierárquica, pois divide as pessoas em inferiores, que devem obedecer, e superiores, que devem mandar. Não há percepção nem prática da igualdade como um direito. Nossa sociedade também é autoritária porque é violenta: nela vigoram racismo, machismo, discriminação religiosa e de classe social, desigualdades econômicas que estão entre as maiores do mundo, exclusões culturais e políticas. Não há percepção nem prática do direito à liberdade.”
Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. Volume único. São Paulo: Ática, 2010.

A partir desse texto de Chauí, pode-se considerar INCORRETO afirmar que

A
A sociedade brasileira é autoritária porque é hierárquica, não estabelecendo uma divisão das pessoas em superiores e inferiores.
B
A democracia constitui-se com a existência de eleições, partidos políticos e a divisão dos três poderes, além da liberdade de pensamento e de expressão, como entendimento comum.
C
O autoritarismo contrapõe-se à democracia por ser um regime de governo em que o Estado é ocupado por um golpe, sem eleições e sem partidos políticos.
D
A democracia e o autoritarismo são vistos como algo que se realiza na esfera do Estado, e este é identificado com o modo de governo.
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Unimontes - MG 2018 - Filosofia



“As experiências e erros do cientista consistem de hipóteses. Ele as formula em palavras, e muitas vezes por escrito. Pode então tentar encontrar brechas em qualquer uma dessas hipóteses, criticando-a experimentalmente, ajudado por seus colegas cientistas, que ficarão deleitados se puderem encontrar uma brecha nela. Se a hipótese não suportar essas críticas e esses testes pelo menos tão bem quanto suas concorrentes, será eliminada”.
Fonte: POPPER, Karl. Conhecimento objetivo. Trad. de Milton Amado. São Paulo: Edusp & Itatiaia, 1975. p. 226.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre ciência e método científico, é CORRETO afirmar:

A
A crítica no meio científico significa o fracasso do cientista e a derrota da ciência.
B
Não deve haver a participação e a ajuda de outros cientistas quando ocorrer conflito de hipóteses científicas, devendo tal conflito ser resolvido por quem formulou tais hipóteses.
C
O método científico implica a possibilidade constante de refutações teóricas por meio de experimentos essenciais e comprovados.
D
O método crítico consiste em impedir que as hipóteses científicas tenham brechas.