Questõesde UFGD sobre Filosofia

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UFGD 2016 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga, Sócrates e a Maiêutica

“Com efeito, eu (tal como os outros Helenos) tenho os atenienses na conta de sábios. Ora, bem vejo que quando nos reunimos na Assembleia, sempre que for preciso que a cidade realize algo na área da construção civil são convocados os arquitetos, para se pronunciarem sobre o assunto. E, quando é na área da construção naval, os armadores, e assim com todas as matérias que se creem susceptíveis de serem ensinadas e aprendidas. Mas, se alguma outra pessoa, que eles não consideram como sendo especialista, pretender pronunciar-se nestas matérias, por mais belo, rico ou nobre que seja, não lhe aceitam qualquer opinião e ainda fazem troça e barulho, até que aquele que tencionava falar tome a iniciativa de se calar, face ao barulho, ou até que os archeiros o arrastem e o prendam, por ordem do magistrado presidente. É assim que eles procedem, tratando-se de matérias que consideram técnicas. Pelo contrário, sempre que for preciso resolver algo relativo ao governo da cidade, sobre essa matéria levanta-se e dá a sua opinião, indiferentemente, carpinteiro, ferreiro ou curtidor, mercador ou marinheiro, rico ou pobre, nobre ou plebeu, e ninguém lhes põe as objecções dos casos anteriores: nunca aprendeu ou nunca ninguém lhe ensinou nada sobre a matéria em que tenciona dar opinião. É óbvio que não creem que essa arte possa ser ensinada”. (PLATÃO, Protágoras, 319b-d. Disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/protagoras/index.htm. Acesso em: 04/out/2016).

Na citação do “Protágoras” de Platão, o filosofo Sócrates descreve o funcionamento da democracia ateniense. Neste sentido, considera-se que:

A
Somente os cidadãos com competências técnicas susceptíveis de ser ensinadas podiam ocupar-se da política.
B
Qualquer cidadão ateniense, independentemente da sua profissão ou riqueza, podia participar do processo de tomada de decisões sobre o governo da cidade.
C
Os atenienses acreditavam que a virtude política pudesse ser ensinada, limitando-se a ouvir unicamente quem a tivesse aprendido.
D
Somente os ricos podiam ocupar-se de política excluído os pobres e os escravos dos debates sobre o governo da cidade.
E
Os atenienses acreditavam que o governo da cidade fosse responsabilidade exclusiva do monarca.
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UFGD 2017 - Filosofia - Ética e Liberdade, Conceitos Filosóficos

Ao afirmarmos que o homem se escolhe a si mesmo, queremos dizer que cada um de nós se escolhe, mas queremos dizer também que, escolhendo-se, ele escolhe todos os homens. De fato, não há um único de nossos atos que, criando o homem que queremos ser, não esteja criando, simultaneamente, uma imagem do homem tal como julgamos que ele deva ser.

SARTRE, J. P. O Existencialismo é um Humanismo. Edition Nagel, Paris, 1970.


Esse trecho se constitui como uma importante reflexão da ética existencialista, porque

A
traz a questão da escolha para o centro do agir ético, mostrando como nossas escolhas nos constituem e de como nossa responsabilidade sobre elas é maior do que comumente julgamos.
B
mostra como é importante saber o que desejamos e seguir nossos interesses de acordo com nossa individualidade, sem compromissos ou interferências externas.
C
aponta a importância da liberdade, pois o homem é condenado a ser livre, e, enquanto tal, nada pode restringir seu poder de escolha.
D
ao escolhermos a nós mesmos, não temos nenhuma responsabilidade para com as possíveis consequências de nossos atos em relação aos outros.
E
o filósofo avalia que o homem, ao enfatizar a escolha individual, torna-se individualista e incapaz de agir eticamente.