Questõesde UNESP sobre Filosofia e a Grécia Antiga

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UNESP 2021 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga, Sócrates e a Maiêutica

A crítica de Sócrates aos sofistas consiste em mostrar que o ensinamento sofístico limita-se a uma mera técnica ou habilidade argumentativa que visa a convencer o oponente daquilo que se diz, mas não leva ao verdadeiro conhecimento. A consequência disso era que, devido à influência dos sofistas, as decisões políticas na Assembleia estavam sendo tomadas não com base em um saber, ou na posição dos mais sábios, mas na dos mais hábeis em retórica, que poderiam não ser os mais sábios ou virtuosos.

(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, 2010.)


De acordo com o texto, a crítica socrática aos sofistas dizia respeito

A
ao entendimento de que o verdadeiro conhecimento baseava-se no exercício da retórica.
B
à desvalorização da pluralidade de opiniões e de posicionamentos político-ideológicos.
C
ao prevalecimento das técnicas discursivas nas decisões da Assembleia acerca dos rumos das cidades-Estado.
D
ao predomínio de líderes pouco sábios e com poucas virtudes na composição da Assembleia.
E
à defesa de formas tirânicas de exercício do poder desenvolvida pela retórica convincente.
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UNESP 2018 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga

O aparecimento da filosofia na Grécia não foi um fato isolado. Estava ligado ao nascimento da pólis.

(Marcelo Rede. A Grécia Antiga, 2012.)


A relação entre os surgimentos da filosofia e da pólis na Grécia Antiga é explicada, entre outros fatores,

A
pelo interesse dos mercadores em estruturar o mercado financeiro das grandes cidades.
B
pelo esforço dos legisladores em justificar e legitimar o poder divino dos reis.
C
pela rejeição da população urbana à persistência do pensamento mítico de origem rural.
D
pela preocupação dos pensadores em refletir sobre a organização da vida na cidade.
E
pela resistência dos grupos nacionalistas às invasões e ao expansionismo estrangeiro.
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UNESP 2010 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

Confrontando o conteúdo dos dois textos, pode-se afirmar que:

                                        Texto 1


      Porque morrer é uma ou outra destas duas coisas: ou o morto não tem absolutamente nenhuma existência, nenhuma consciência do que quer que seja, ou, como se diz, a morte é precisamente uma mudança de existência e, para a alma, uma migração deste lugar para um outro. Se, de fato, não há sensação alguma, mas é como um sono, a morte seria um maravilhoso presente. […] Se, ao contrário, a morte é como uma passagem deste para outro lugar, e, se é verdade o que se diz que lá se encontram todos os mortos, qual o bem que poderia existir, ó juízes, maior do que este? Porque, se chegarmos ao Hades, libertando-nos destes que se vangloriam serem juízes, havemos de encontrar os verdadeiros juízes, os quais nos diria que fazem justiça acolá: Monos e Radamante, Éaco e Triptolemo, e tantos outros deuses e semideuses que foram justos na vida; seria então essa viagem uma viagem de se fazer pouco caso? Que preço não seríeis capazes de pagar, para conversar com Orfeu, Museu, Hesíodo e Homero?

                                                                                 (Platão. Apologia de Sócrates, 2000.)


                                         Texto 2


      Ninguém sabe quando será seu último passeio, mas agora é possível se despedir em grande estilo. Uma 300C Touring, a versão perua do sedã de luxo da Chrysler, foi transformada no primeiro carro funerário customizado da América Latina. A mudança levou sete meses, custou R$ 160 mil e deixou o carro com oito metros de comprimento e 2340 kg, três metros e 540 kg além da original. O Funeral Car 300C tem luzes piscantes na já imponente dianteira e enormes rodas, de aro 22, com direito a pequenos caixões estilizados nos raios. Bandeiras nas pontas do capô, como nos carros de diplomatas, dão um toque refinado. Com o chassi mais longo, o banco traseiro foi mantido para familiares acompanharem o cortejo dentro do carro. No encosto dos dianteiros, telas exibem mensagens de conforto. O carro faz parte de um pacote de cerimonial fúnebre que inclui, além do cortejo no Funeral Car 300C, serviços como violinistas e revoada de pombas brancas no enterro.

                                                               (Funeral tunado. Folha de S.Paulo, 28.02.2010.)

A
embora os dois textos transmitam concepções divergentes acerca da morte, eles tratam de visões concernentes à mesma época, a saber, a sociedade atual.
B
sob o ponto de vista filosófico, não há diferenças qualitativas entre uma e outra concepção sobre a morte.
C
os comentários do texto grego sobre a morte são coerentes com uma filosofia de forte valorização do corpo em detrimento da alma, e do mundo sensível sobre o mundo inteligível.
D
o texto de Platão evidencia uma cultura monoteísta, enquanto que o segundo é politeísta.
E
enquanto no primeiro texto transparece a dignidade metafísica da morte, no segundo sugere-se a conversão do funeral em espetáculo da sociedade de consumo.
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UNESP 2010 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

Após análise dos dois textos, pode-se afirmar que:

                                        Texto 1


      Porque morrer é uma ou outra destas duas coisas: ou o morto não tem absolutamente nenhuma existência, nenhuma consciência do que quer que seja, ou, como se diz, a morte é precisamente uma mudança de existência e, para a alma, uma migração deste lugar para um outro. Se, de fato, não há sensação alguma, mas é como um sono, a morte seria um maravilhoso presente. […] Se, ao contrário, a morte é como uma passagem deste para outro lugar, e, se é verdade o que se diz que lá se encontram todos os mortos, qual o bem que poderia existir, ó juízes, maior do que este? Porque, se chegarmos ao Hades, libertando-nos destes que se vangloriam serem juízes, havemos de encontrar os verdadeiros juízes, os quais nos diria que fazem justiça acolá: Monos e Radamante, Éaco e Triptolemo, e tantos outros deuses e semideuses que foram justos na vida; seria então essa viagem uma viagem de se fazer pouco caso? Que preço não seríeis capazes de pagar, para conversar com Orfeu, Museu, Hesíodo e Homero?

                                                                                 (Platão. Apologia de Sócrates, 2000.)


                                         Texto 2


      Ninguém sabe quando será seu último passeio, mas agora é possível se despedir em grande estilo. Uma 300C Touring, a versão perua do sedã de luxo da Chrysler, foi transformada no primeiro carro funerário customizado da América Latina. A mudança levou sete meses, custou R$ 160 mil e deixou o carro com oito metros de comprimento e 2340 kg, três metros e 540 kg além da original. O Funeral Car 300C tem luzes piscantes na já imponente dianteira e enormes rodas, de aro 22, com direito a pequenos caixões estilizados nos raios. Bandeiras nas pontas do capô, como nos carros de diplomatas, dão um toque refinado. Com o chassi mais longo, o banco traseiro foi mantido para familiares acompanharem o cortejo dentro do carro. No encosto dos dianteiros, telas exibem mensagens de conforto. O carro faz parte de um pacote de cerimonial fúnebre que inclui, além do cortejo no Funeral Car 300C, serviços como violinistas e revoada de pombas brancas no enterro.

                                                               (Funeral tunado. Folha de S.Paulo, 28.02.2010.)

A
o texto 1 é de natureza fictícia, e portanto não baseado em fatos históricos.
B
Platão não apela a entidades míticas para justificar sua concepção positiva sobre a morte.
C
Platão faz alusão a um fato histórico fundamental para a filosofia ocidental: as circunstâncias da morte de Sócrates.
D
o texto 2 trata do caráter sagrado e religioso dos funerais em nossa sociedade.
E
o texto 1 evidencia que a morte não é um tema filosófico.