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85b00a60-04
ESPM 2019 - Matemática - Áreas e Perímetros, Geometria Plana

Certo país é dividido em 5 regiões cujas áreas (em km²) e respectivas densidades demográficas (hab/km²) são representadas pelas matrizes M e N, nessa ordem:





A B C D E
M = [300 240 450 180 400]
N = [60 40 30 20 25]


Uma operação matricial que permite o cálculo da população total desse país é:

A
M · N
B
M + N
C
M t · N
D
M · N t
E
N t · M
85b33def-04
ESPM 2019 - Matemática - Álgebra, Problemas

O produto de 4 números naturais é igual a 24 e a soma de 2 deles é igual a 8. Pode-se concluir que a soma dos outros dois é igual a:

A
6
B
2
C
4
D
5
E
3
85bcc4df-04
ESPM 2019 - Matemática - Probabilidade

Cinco alunos são convidados a participar de um jogo. Nesse jogo, o professor vai sorte - ar um número inteiro no intervalo fechado de 1 a 40, mantendo-o escondido, e cada aluno vai falar um número distinto, dentro desse intervalo. Ganha o palpite que mais se aproximar do número sorteado. Se os números ditos pelos alunos estão nas alternativas abaixo, assinale aquela que tem a maior probabilidade de vencer:

A
11
B
2
C
29
D
36
E
22
8543ac14-04
ESPM 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo o texto:

Texto para a questão:



Lei de Abuso de Autoridade não ameaça qualquer prática jurisdicional


    Em corpos diferenciados do funcionalismo público emerge, naturalmente, um corporativismo construído pelo elitismo do seu “espírito de corpo”. Trata-se, de fato, de um anel protetor do bom e do mau uso que seus membros podem fazer de suas prerrogativas. Um exemplo disso é a que o País assiste agora, perplexo: a reação à lei que combate os possíveis abusos de autoridade nos Três Poderes da República.

      (...)

    Eventuais dúvidas sobre julgamentos são analisadas com recurso a instâncias jurídicas superiores (colegiadas), porque só outros juízes podem avaliar a razoabilidade de outro juiz. O preparo da ação e o julgamento são influenciados por muitos fatores (inclusive a “visão de mundo” de cada um deles). O importante, entretanto, é que, se o paciente não se conformar com o resultado, há a possibilidade de recorrer a instâncias superiores que, eventualmente, terão a oportunidade de corrigi-lo. Esses parcos conhecimentos me levaram nos últimos 70 anos a aceitar tal mecanismo como satisfatório para minimizar os riscos do sistema.

    É por isso que estou surpreso com a reação corporativista contra a Lei de Abuso de Autoridade, que, obviamente, não ameaça qualquer prática jurisdicional que obedeça ao espírito e à letra da Lei. Sobre o poder do Congresso de produzi-la e aprová-la, e o poder do presidente de sancioná-la ou vetá-la parcialmente, não há dúvidas. Entretanto, a palavra final sobre ela (pela rejeição de eventuais vetos) pertence ao Congresso. Mas há um problema lógico muito interessante, apontado pelo competente Elio Gaspari. No caso de eventual denúncia de abuso de autoridade, quem vai julgá-lo? O próprio Judiciário! Logo, se um funcionário da Receita, do Coaf, um promotor ou um juiz se julga ameaçado, porque será “controlado” pelo próprio Judiciário, é porque ele não acredita em nada do que foi dito acima! (...)


(Delfim Netto, revista Carta Capital, adaptado, 28 de agosto de 2019)

A
Funcionários públicos executaram um bom “lobby”, para se protegerem de possíveis falsas acusações relativas a exercício ilegal de poder.
B
Membros do funcionalismo público dos três poderes demonstraram divergências ideológicas quanto à Lei do Abuso de Autoridade.
C
O “espírito de corpo”, que é uma postura solidária de um determinado grupo, é conflitante com uma nova lei que trata de extrapolação de poder.
D
Tomados por certo elitismo, funcionários de instituição oficiais se manifestaram favoravelmente à lei que combate possíveis abusos de autoridade.
E
Usando o corporativismo como escudo, setores do funcionalismo público reagiram infensos à Lei de Abuso de Autoridade.
85748cf1-04
ESPM 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere os fragmentos seguintes e assinale aquele que revela certa dificuldade de identificação do narrador consigo mesmo.

Texto para a questão:

2189cbd9d441d2fdd0d1.png (207×276)

Leia:

    (...) Esta casa do Engenho Novo, conquanto reproduza a de Mata-cavalos, apenas me lembra aquela, e mais por efeito de comparação e de reflexão que de sentimento. Já disse isto mesmo.

    Hão de perguntar-me por que razão, tendo a própria casa velha, na mesma rua antiga, não impedi que a demolissem e vim reproduzi-la nesta. A pergunta devia ser feita a princípio, mas aqui vai a resposta. A razão é que, logo que minha mãe morreu, querendo ir para lá, fiz primeiro uma longa visita de inspeção por alguns dias, e toda a casa me desconheceu. No quintal a aroeira e a pitangueira, o poço, a caçamba velha e o lavadouro, nada sabia de mim. A casuarina era a mesma que eu deixara ao fundo, mas o tronco, em vez de reto, como outrora, tinha agora um ar de ponto de interrogação; naturalmente pasmava do intruso. (...)  

    Tudo me era estranho e adverso. Deixei que demolissem a casa, e, mais tarde, quando vim para o Engenho Novo, lembrou-me fazer esta reprodução por explicações que dei ao arquiteto, segundo contei em tempo.

(Machado de Assis, Dom Casmurro, Capítulo CXLIV)
A
(...) Saí do seminário no fim ao ano. Tinha então pouco mais de dezessete... Aqui devia ser o meio do livro, mas a inexperiência fez-me ir atrás da pena, e chego quase ao fim do papel, com o melhor da narração por dizer. (Capítulo XCVII)
B
(...) A razão é que eu andava carregado de promessas não cumpridas. A última foi de duzentos padre-nossos e duzentas ave-marias, se não chovesse em certa tarde de passeio a Santa Teresa. Não choveu, mas eu não rezei as orações. (Capítulo XX)
C
Agora é que o lance é o mesmo; mas se conto aqui, tais quais, ou dous lances de há quarenta anos, é para mostrar que Capitu não se dominava só em presença da mãe, o pai não lhe meteu mais medo. (Capítulo XXXVIII)
D
Uma certidão que me desse vinte anos de idade poderia enganar os estranhos, como todos os documentos falsos, mas não a mim. (Capítulo II)
E
Os projetos vinham do tempo em que fui concebido. Tendo-lhe nascido morto o primeiro filho, minha mãe pegou-se com Deus para que o segundo vingasse, prometendo, se fosse varão, metê-lo na Igreja. (Capítulo XI)
8570e23a-04
ESPM 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Nesse trecho, o narrador, em idade madura, resolve construir uma casa semelhante à da adolescência:

Texto para a questão:

2189cbd9d441d2fdd0d1.png (207×276)

Leia:

    (...) Esta casa do Engenho Novo, conquanto reproduza a de Mata-cavalos, apenas me lembra aquela, e mais por efeito de comparação e de reflexão que de sentimento. Já disse isto mesmo.

    Hão de perguntar-me por que razão, tendo a própria casa velha, na mesma rua antiga, não impedi que a demolissem e vim reproduzi-la nesta. A pergunta devia ser feita a princípio, mas aqui vai a resposta. A razão é que, logo que minha mãe morreu, querendo ir para lá, fiz primeiro uma longa visita de inspeção por alguns dias, e toda a casa me desconheceu. No quintal a aroeira e a pitangueira, o poço, a caçamba velha e o lavadouro, nada sabia de mim. A casuarina era a mesma que eu deixara ao fundo, mas o tronco, em vez de reto, como outrora, tinha agora um ar de ponto de interrogação; naturalmente pasmava do intruso. (...)  

    Tudo me era estranho e adverso. Deixei que demolissem a casa, e, mais tarde, quando vim para o Engenho Novo, lembrou-me fazer esta reprodução por explicações que dei ao arquiteto, segundo contei em tempo.

(Machado de Assis, Dom Casmurro, Capítulo CXLIV)
A
por possuir motivos sentimentais, mais que motivos racionais , para não querer a casa de Matacavalos.
B
por alegar, após a morte da mãe, não se reconhecer na antiga casa e nem a casa reconhecer a ele.
C
por haver na casa de Matacavalos uma casuarina com o formato de um ponto de interrogação.
D
por tentar resgatar o passado da casa do Engenho Novo na casa nova de Matacavalos.
E
por ocorrer uma estranha personificação opressora dos elementos da casa de Matacavalos sobre Bento Santiago.
856d06ab-04
ESPM 2019 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Segundo Massaud Moisés, em seu Dicionário de Termos Literários, a figura de linguagem denominada hipálage “designa um expediente retórico mediante o qual uma palavra troca o lugar que logicamente ocuparia na sequência frásica por outro, junto de um termo ao qual se vincula gramaticalmente.” Esse procedimento acima descrito só não ocorre na passagem:

A
“ao som do mar e à luz do céu profundo” (Joaquim Osório Duque Estrada)
B
“Uma alvura de saia moveu-se no escuro” (Eça de Queirós)
C
“Ai, como essa moça é distraída, sabe-se lá se está vestida ou se dorme transparente.” (Chico Buarque)
D
“Mandados da Rainha, que abundantes / Mesas de altos manjares excelentes” (Camões)
E
“Já da morte o palor me cobre o rosto / Nos lábios meus o alento desfalece” (Álvares de Azevedo)
85691af5-04
ESPM 2019 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Ortografia, Regência, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

f8b6711576d2610d6e47.png (303×317)


Observando o aviso acima, é possível constatar duas ocorrências linguísticas (uma ligada à transgressão gramatical e outra ligada à semântica). Essas ocorrências são respectivamente de:

A
concordância nominal e ambiguidade.
B
concordância verbal e ambiguidade.
C
flexão de gênero e polissemia.
D
ortografia e redundância.
E
regência verbal e léxico.
85652513-04
ESPM 2019 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

No segundo parágrafo, no segmento: ...nem ainda atribuir-lhes papel decorativo..., o pronome pessoal oblíquo “lhes” tem como referência no texto:

Textos para a questão:


    Os fenômenos da linguagem examinavam-se outrora apenas à luz da gramática e da lógica, e já era muito se a análise reconhecia como palavras expletivas ou de realce os termos sobejantes¹ unidos à oração ou nela encravados.

    Hoje que a ciência da linguagem investiga os fatos sem deixar-se pear² por antigos preconceitos, já não podemos levar essas expressões à conta da superfluidades nem ainda atribuir-lhes papel decorativo, o que seria contrassenso, uma vez que rareiam no discurso eloquente e retórico e se usam a cada instante justamente no falar desataviado de todos os dias.

    Uma coisa é dirigirmo-nos à coletividade, a pessoas desconhecidas, de condições diversas, e que nos ouvem caladas; outra coisa é tratar com alguém de perto, falar e ouvir, e ajeitar a cada momento a linguagem em atenção a essa pessoa que está diante de nós, para que fique sempre bem impressionada com as nossas palavras.

(Said Ali, Meios de Expressão e Alterações Semânticas, RJ)


¹sobejantes: demasiados, excessivos, de sobras.

²pear: prender.



A
essas expressões
B
palavras expletivas
C
os fatos
D
antigos preconceitos
E
superfluidades
8561a979-04
ESPM 2019 - Português - Análise sintática, Sintaxe

Segundo Celso Cunha, a partícula expletiva ou de realce não possui função sintática, serve para dar destaque ou ênfase e pode ser retirada da frase, sem prejuízo algum para o sentido.

Em todas as passagens abaixo, está presente essa partícula, exceto em uma. Assinale-a:

Textos para a questão:


    Os fenômenos da linguagem examinavam-se outrora apenas à luz da gramática e da lógica, e já era muito se a análise reconhecia como palavras expletivas ou de realce os termos sobejantes¹ unidos à oração ou nela encravados.

    Hoje que a ciência da linguagem investiga os fatos sem deixar-se pear² por antigos preconceitos, já não podemos levar essas expressões à conta da superfluidades nem ainda atribuir-lhes papel decorativo, o que seria contrassenso, uma vez que rareiam no discurso eloquente e retórico e se usam a cada instante justamente no falar desataviado de todos os dias.

    Uma coisa é dirigirmo-nos à coletividade, a pessoas desconhecidas, de condições diversas, e que nos ouvem caladas; outra coisa é tratar com alguém de perto, falar e ouvir, e ajeitar a cada momento a linguagem em atenção a essa pessoa que está diante de nós, para que fique sempre bem impressionada com as nossas palavras.

(Said Ali, Meios de Expressão e Alterações Semânticas, RJ)


¹sobejantes: demasiados, excessivos, de sobras.

²pear: prender.



A
O que não vão pensar quando souberem que o filho do ministro defendia os traficantes ?
B
Fabiano ajustou o gado, arrependeu-se, enfim deixou a transação meio apalavrada.
C
Sinha Terta é que tinha uma ponta de língua terrível.
D
Mas, homem de Deus, que diabo! pense um pouco! Você ali não pode construir nada!
E
Vou-me embora pra Pasárgada / Lá sou amigo do rei.
855debb4-04
ESPM 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo o autor, não seria um contrassenso:

Textos para a questão:


    Os fenômenos da linguagem examinavam-se outrora apenas à luz da gramática e da lógica, e já era muito se a análise reconhecia como palavras expletivas ou de realce os termos sobejantes¹ unidos à oração ou nela encravados.

    Hoje que a ciência da linguagem investiga os fatos sem deixar-se pear² por antigos preconceitos, já não podemos levar essas expressões à conta da superfluidades nem ainda atribuir-lhes papel decorativo, o que seria contrassenso, uma vez que rareiam no discurso eloquente e retórico e se usam a cada instante justamente no falar desataviado de todos os dias.

    Uma coisa é dirigirmo-nos à coletividade, a pessoas desconhecidas, de condições diversas, e que nos ouvem caladas; outra coisa é tratar com alguém de perto, falar e ouvir, e ajeitar a cada momento a linguagem em atenção a essa pessoa que está diante de nós, para que fique sempre bem impressionada com as nossas palavras.

(Said Ali, Meios de Expressão e Alterações Semânticas, RJ)


¹sobejantes: demasiados, excessivos, de sobras.

²pear: prender.



A
Nos tempos atuais, a ciência linguística prender-se a superfluidades.
B
A ciência linguística ainda estar entravada por preconceitos.
C
Os antigos preconceitos já não influírem na investigação linguística dos fatos.
D
A ciência da linguagem deixar-se permear pela gramática.
E
Considerar palavras ou expressões de realce como sendo inútil por excesso.
855a8190-04
ESPM 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo o texto:

Textos para a questão:


    Os fenômenos da linguagem examinavam-se outrora apenas à luz da gramática e da lógica, e já era muito se a análise reconhecia como palavras expletivas ou de realce os termos sobejantes¹ unidos à oração ou nela encravados.

    Hoje que a ciência da linguagem investiga os fatos sem deixar-se pear² por antigos preconceitos, já não podemos levar essas expressões à conta da superfluidades nem ainda atribuir-lhes papel decorativo, o que seria contrassenso, uma vez que rareiam no discurso eloquente e retórico e se usam a cada instante justamente no falar desataviado de todos os dias.

    Uma coisa é dirigirmo-nos à coletividade, a pessoas desconhecidas, de condições diversas, e que nos ouvem caladas; outra coisa é tratar com alguém de perto, falar e ouvir, e ajeitar a cada momento a linguagem em atenção a essa pessoa que está diante de nós, para que fique sempre bem impressionada com as nossas palavras.

(Said Ali, Meios de Expressão e Alterações Semânticas, RJ)


¹sobejantes: demasiados, excessivos, de sobras.

²pear: prender.



A
A coletividade, interlocutora de nossos discursos, é constituída de pessoas desconhecidas que nos ouvem em silêncio.
B
Há uma tendência frequente de impressionar, com vocabulário rebuscado, um receptor de nossa fala.
C
É necessário escolher adequadamente o público-alvo de nossa fala, para compatibilizar o nível de linguagem entre ambos.
D
Há uma tendência frequente de modular a linguagem voltada ao ouvinte que está diante de nós para impressioná-lo.
E
Um discurso retórico, com emprego de linguagem formal e de palavras cultas, impressiona o ouvinte.
8556c18e-04
ESPM 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Conforme o texto, para a ciência da linguagem, as expressões de realce passaram a ser:

Textos para a questão:


    Os fenômenos da linguagem examinavam-se outrora apenas à luz da gramática e da lógica, e já era muito se a análise reconhecia como palavras expletivas ou de realce os termos sobejantes¹ unidos à oração ou nela encravados.

    Hoje que a ciência da linguagem investiga os fatos sem deixar-se pear² por antigos preconceitos, já não podemos levar essas expressões à conta da superfluidades nem ainda atribuir-lhes papel decorativo, o que seria contrassenso, uma vez que rareiam no discurso eloquente e retórico e se usam a cada instante justamente no falar desataviado de todos os dias.

    Uma coisa é dirigirmo-nos à coletividade, a pessoas desconhecidas, de condições diversas, e que nos ouvem caladas; outra coisa é tratar com alguém de perto, falar e ouvir, e ajeitar a cada momento a linguagem em atenção a essa pessoa que está diante de nós, para que fique sempre bem impressionada com as nossas palavras.

(Said Ali, Meios de Expressão e Alterações Semânticas, RJ)


¹sobejantes: demasiados, excessivos, de sobras.

²pear: prender.



A
um raro contrassenso linguístico.
B
frequentes na linguagem coloquial cotidiana.
C
supérfluas e decorativas.
D
eloquentes nos discursos retóricos.
E
comuns na linguagem culta ou padrão.
85521e51-04
ESPM 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Conforme o autor:

Textos para a questão:


    Os fenômenos da linguagem examinavam-se outrora apenas à luz da gramática e da lógica, e já era muito se a análise reconhecia como palavras expletivas ou de realce os termos sobejantes¹ unidos à oração ou nela encravados.

    Hoje que a ciência da linguagem investiga os fatos sem deixar-se pear² por antigos preconceitos, já não podemos levar essas expressões à conta da superfluidades nem ainda atribuir-lhes papel decorativo, o que seria contrassenso, uma vez que rareiam no discurso eloquente e retórico e se usam a cada instante justamente no falar desataviado de todos os dias.

    Uma coisa é dirigirmo-nos à coletividade, a pessoas desconhecidas, de condições diversas, e que nos ouvem caladas; outra coisa é tratar com alguém de perto, falar e ouvir, e ajeitar a cada momento a linguagem em atenção a essa pessoa que está diante de nós, para que fique sempre bem impressionada com as nossas palavras.

(Said Ali, Meios de Expressão e Alterações Semânticas, RJ)


¹sobejantes: demasiados, excessivos, de sobras.

²pear: prender.



A
A gramática e a lógica reconheciam outrora a análise das partículas de realce.
B
A gramática e a lógica analisavam apenas os termos sobejantes da oração.
C
A linguagem era iluminada outrora apenas pela análise dos termos de realce.
D
As palavras excedentes encaixadas na oração, classificadas como termos de realce, constituíam, até então, os limites da análise.
E
As palavras expletivas e ilógicas sobravam nas orações de realce, desde que reconhecidas como fenômenos da linguagem.
854ea38f-04
ESPM 2019 - Português - Estrutura das Palavras: Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo, Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação, Morfologia

Os vocábulos abaixo, extraídos do texto, possuem um processo de formação de palavras denominado derivação sufixal. O sufixo que traduz ideia de qualidade é:

Texto para a questão:



Lei de Abuso de Autoridade não ameaça qualquer prática jurisdicional


    Em corpos diferenciados do funcionalismo público emerge, naturalmente, um corporativismo construído pelo elitismo do seu “espírito de corpo”. Trata-se, de fato, de um anel protetor do bom e do mau uso que seus membros podem fazer de suas prerrogativas. Um exemplo disso é a que o País assiste agora, perplexo: a reação à lei que combate os possíveis abusos de autoridade nos Três Poderes da República.

      (...)

    Eventuais dúvidas sobre julgamentos são analisadas com recurso a instâncias jurídicas superiores (colegiadas), porque só outros juízes podem avaliar a razoabilidade de outro juiz. O preparo da ação e o julgamento são influenciados por muitos fatores (inclusive a “visão de mundo” de cada um deles). O importante, entretanto, é que, se o paciente não se conformar com o resultado, há a possibilidade de recorrer a instâncias superiores que, eventualmente, terão a oportunidade de corrigi-lo. Esses parcos conhecimentos me levaram nos últimos 70 anos a aceitar tal mecanismo como satisfatório para minimizar os riscos do sistema.

    É por isso que estou surpreso com a reação corporativista contra a Lei de Abuso de Autoridade, que, obviamente, não ameaça qualquer prática jurisdicional que obedeça ao espírito e à letra da Lei. Sobre o poder do Congresso de produzi-la e aprová-la, e o poder do presidente de sancioná-la ou vetá-la parcialmente, não há dúvidas. Entretanto, a palavra final sobre ela (pela rejeição de eventuais vetos) pertence ao Congresso. Mas há um problema lógico muito interessante, apontado pelo competente Elio Gaspari. No caso de eventual denúncia de abuso de autoridade, quem vai julgá-lo? O próprio Judiciário! Logo, se um funcionário da Receita, do Coaf, um promotor ou um juiz se julga ameaçado, porque será “controlado” pelo próprio Judiciário, é porque ele não acredita em nada do que foi dito acima! (...)


(Delfim Netto, revista Carta Capital, adaptado, 28 de agosto de 2019)

A
naturalmente
B
corporativismo
C
julgamento
D
jurisdicional
E
razoabilidade
854a1f8e-04
ESPM 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Um dos questionamentos levantados pelo autor (que o faz concordar com Elio Gaspari) é:

Texto para a questão:



Lei de Abuso de Autoridade não ameaça qualquer prática jurisdicional


    Em corpos diferenciados do funcionalismo público emerge, naturalmente, um corporativismo construído pelo elitismo do seu “espírito de corpo”. Trata-se, de fato, de um anel protetor do bom e do mau uso que seus membros podem fazer de suas prerrogativas. Um exemplo disso é a que o País assiste agora, perplexo: a reação à lei que combate os possíveis abusos de autoridade nos Três Poderes da República.

      (...)

    Eventuais dúvidas sobre julgamentos são analisadas com recurso a instâncias jurídicas superiores (colegiadas), porque só outros juízes podem avaliar a razoabilidade de outro juiz. O preparo da ação e o julgamento são influenciados por muitos fatores (inclusive a “visão de mundo” de cada um deles). O importante, entretanto, é que, se o paciente não se conformar com o resultado, há a possibilidade de recorrer a instâncias superiores que, eventualmente, terão a oportunidade de corrigi-lo. Esses parcos conhecimentos me levaram nos últimos 70 anos a aceitar tal mecanismo como satisfatório para minimizar os riscos do sistema.

    É por isso que estou surpreso com a reação corporativista contra a Lei de Abuso de Autoridade, que, obviamente, não ameaça qualquer prática jurisdicional que obedeça ao espírito e à letra da Lei. Sobre o poder do Congresso de produzi-la e aprová-la, e o poder do presidente de sancioná-la ou vetá-la parcialmente, não há dúvidas. Entretanto, a palavra final sobre ela (pela rejeição de eventuais vetos) pertence ao Congresso. Mas há um problema lógico muito interessante, apontado pelo competente Elio Gaspari. No caso de eventual denúncia de abuso de autoridade, quem vai julgá-lo? O próprio Judiciário! Logo, se um funcionário da Receita, do Coaf, um promotor ou um juiz se julga ameaçado, porque será “controlado” pelo próprio Judiciário, é porque ele não acredita em nada do que foi dito acima! (...)


(Delfim Netto, revista Carta Capital, adaptado, 28 de agosto de 2019)

A
a possibilidade de recurso ao Supremo afastar qualquer temor de julgamento equivocado em primeira instância.
B
julgamentos estarem sujeitos, dentre vários fatores, às visões particulares de cada magistrado.
C
a prática jurisdicional obediente ao espírito e à regra da Constituição não acarretar prejuízos a funcionários públicos.
D
um funcionário, seja da Receita ou do Coaf, seja um juiz ou promotor, sentir-se coagido pelo Judiciário e não confiar na justeza da lei.
E
o arrazoado de um juiz só poder ser julgado ou avaliado por outro juiz.
4dc80207-fd
ESPM 2018 - Atualidades - Política, Política no Brasil, Atualidades do ano de 2018

Sobre a composição da Câmara dos Deputados, após as eleições de 2018, está correto afirmar que:

A
o PT foi o maior derrotado e viu sua influência no parlamento se reduzir a uma pequena bancada.
B
o PSL foi o partido que mais cresceu e terá a segunda maior bancada.
C
apesar de seu candidato não ter tido bom desempenho nas eleições presidenciáveis, o PSDB manteve-se como o principal partido do Congresso.
D
poucos partidos conseguiram eleger deputados e haverá um Congresso mais enxuto e uniforme.
E
o MDB se mantém como o principal partido brasileiro, assegurando a tradição desde a redemocratização.
4dc49b79-fd
ESPM 2018 - Atualidades - Arte e Cultura na Atualidade, Atualidades do ano de 2018

Leia a declaração de um integrante de uma das mais lendárias bandas de Rock and Roll:

Esta será nossa última turnê”, disse o vocalista e guitarrista Paul Stanley. “Serão os shows mais explosivos e grandiosos que já fizemos. Para aqueles que nos amam, venham nos ver. Caso você nunca tenha nos visto ao vivo, agora é a hora. Este será o show.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/09/. Acesso: 20/09/2018

Após 45 anos de estrada, o grupo, que se caracterizou, dentre outras coisas, pelo fato de seus integrantes se apresentarem no palco pintados, encerra a carreira. A banda em questão é:

A
Rolling Stones.
B
Pink Floyd.
C
Secos e Molhados.
D
Kiss.
E
Motorhead.
4dc05708-fd
ESPM 2018 - Atualidades - Política, Guerras, Conflitos e Terrorismo na Atualidade, Atualidades do ano de 2018

A ONU usou pela primeira vez a palavra genocídio para descrever a matança de membros da minoria rohingya e recomendou que seis militares do país – inclusive o comandante das Forças Armadas – sejam processados por genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.
O relatório da ONU descreve uma longa lista de crimes que teriam sido cometidos contra os rohingya. Entre eles, há torturas, estupros, casos de escravidão sexual, perseguições, extermínio e deportações.

(Folha de São Paulo; 28/8/2018)

Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, o país em que ocorreram os fatos descritos no texto e a identificação da minoria rohingya:

A
Bangladesh – minoria hindu;
B
Tailândia – minoria budista;
C
Laos – minoria budista;
D
Paquistão – minoria muçulmana;
E
Mianmar – minoria muçulmana.
4db930c0-fd
ESPM 2018 - Atualidades - Atualidades do ano de 2020, Economia Internacional na Atualidade, Economia na Atualidade

Concretizado o Brexit, em 2016, o governo de Thereza May passou a tratar de como colocar em prática a saída do Reino Unido da União Europeia. Dois caminhos se apresentaram possíveis: um acordo com Bruxelas, visando um divórcio amigável (Soft Brexit) ou uma saída sem acordo (Hard Brexit).

(https://www.publico.pt/2018/08/23/mundo/noticia)

Quanto ao texto e as tratativas em relação ao Brexit, é correto assinalar:

A
Concretizado o Brexit, com o referendo, o governo britânico constituiu um Ministério específico para tratar do tema e a ruptura definitiva foi consumada em 2018;
B
A avaliação feita pelo governo britânico, dos grandes prejuízos que ocorreriam em consequência do Brexit, levou-o a convocar um novo referendo para 2019;
C
Empresas britânicas que negociam com a União Europeia irão enfrentar um emaranhado de burocracia, possíveis atrasos nas fronteiras e quebras no fluxo de caixa, caso ocorra um “Hard Brexit”;
D
O governo de Thereza May alcançou um acordo definitivo com Bruxelas e haverá um “Soft Brexit” a ser consumado até 31/12/2018;
E
Conforme os apoiadores do Brexit conseguiram provar, por uma série de estudos, os efeitos nocivos para a economia britânica deverão ser mínimos, enquanto a longo prazo haverá prosperidade.