Questõesde PUC-GO sobre Órgãos dos sentidos
Considere o fragmento do Texto 4 “Permaneci plantada
no barranco, juntando ao seu caudal minhas lágrimas
secas”. A lágrima, líquido produzido por glândulas
lacrimais, desempenha funções importantes nos órgãos
da visão, o olhos. Sobre a lágrima, analise as proposições
a seguir:
I - Apresenta funções de lubrificação e limpeza dos
olhos, protegendo-os de lesões decorrentes de substâncias
estranhas.
II - Possui enzima de combate a micro-organismos patogênicos,
como, por exemplo, as bactérias.
III - Apresenta em sua composição água, sais minerais,
proteínas e gordura.
De acordo com os itens analisados, marque a alternativa
que contém todas as proposições corretas:
Considere o fragmento do Texto 4 “Permaneci plantada no barranco, juntando ao seu caudal minhas lágrimas secas”. A lágrima, líquido produzido por glândulas lacrimais, desempenha funções importantes nos órgãos da visão, o olhos. Sobre a lágrima, analise as proposições a seguir:
I - Apresenta funções de lubrificação e limpeza dos olhos, protegendo-os de lesões decorrentes de substâncias estranhas.
II - Possui enzima de combate a micro-organismos patogênicos, como, por exemplo, as bactérias.
III - Apresenta em sua composição água, sais minerais, proteínas e gordura.
De acordo com os itens analisados, marque a alternativa que contém todas as proposições corretas:
TEXTO 4
Não desejei a morte de minha filha. Ou desejei? Aí é que reside a dúvida, é onde habita o nó que nada nem ninguém no mundo tem o poder de desatar. O inconsciente, desculpe-me a vulgaridade do termo, minha filha, é uma merda. Sendo autônomo, o inconsciente age por si, sem pedir licença nem se revelar. Desejei ou não a morte de minha filha, hein? Você pode responder a essa pergunta? Alguém pode? Eu não posso. Busquei na fonte a resposta e ela não veio. Como minha filha havia feito, busquei nas águas do Cristal a cura imediata para uma dor que parecia infinda. A ferida tinha sido cavada pelas águas, então elas que tratassem de cicatrizá-la. O rio recusou meu corpo, mas não a dor. Nem o aconselhamento. Pediu tempo, apenas. Permaneci plantada no barranco, juntando ao seu caudal minhas lágrimas secas. Disseram que eu tinha enlouquecido, talvez tivesse mesmo. Em diálogo profundo, as águas me fizeram compreender verdades para as quais eu nunca havia me atinado. Todo rio tem seu leito, suas margens, seu limite, toda vez que ele avança além de seu leito original provoca estragos, descalabros. O rio de nossa vida não é diferente. Ele também está sujeito a limitações intransponíveis. Existe você e você; seu campo de visão, a capacidade de administrar o próprio caudal. Tem a hora de abrir e a hora de fechar as comportas. Felicidade ou dor, a escolha é sua, depende do grau de intensidade que você der a cada coisa. Hoje posso dizer que me conheço um pouquinho, mesmo assim, perguntas continuam sem resposta.
(BARROS, Adelice da Silveira. Mesa dos inocentes. Goiânia: Kelps, 2010. p. 23.)
O Texto 5 faz uma referência a patologia visual. O
sistema visual humano pode desenvolver doenças que
prejudicam a visão normal e comprometem a qualidade
de vida da população afetada.
Analise, a seguir, as proposições expostas sobre doenças
visuais e marque a única alternativa correta:
O Texto 5 faz uma referência a patologia visual. O sistema visual humano pode desenvolver doenças que prejudicam a visão normal e comprometem a qualidade de vida da população afetada.
Analise, a seguir, as proposições expostas sobre doenças visuais e marque a única alternativa correta:
TEXTO 5
Raios de sol ao meio
Mais uma vez ele aparecia na minha frente como se tivesse vindo do nada. Seus olhos eram grandes e negros e pareciam ter nascido bem antes dele. Suas espinhas se agigantavam conforme o ângulo de que eram vistas. Sua orelha era algo indescritível. Além de orelha ela era disforme, meio redonda e meio achatada nas pontas. Ela era meio várias coisas. Uma orelha monstro. A boca era alguma coisa que só estava ali para cumprir seu espaço no rosto. Era boca porque estava exatamente no lugar da boca. E era a segunda vez que ele me mobilizava. Mas no conjunto de elementos díspares reinava uma sensualidade ímpar que me tirava de mim sem que eu soubesse navegar no outro que em mim surgia. De mim não sabia entender o que emanava para ele em toda a sua estranha vastidão de patologia visual. No meio sol da meia-noite as coisas se anunciaram e antes que a madrugada avançasse a lua em sua metade escondida ardeu com um olhar malicioso e sorriu.
(GONÇALVES, Aguinaldo. Das estampas. São Paulo: Nankin, 2013. p. 177.)
O texto de Machado de Assis (Texto 8) menciona
a presença de um cachorro, considerado por muitos o
melhor amigo do homem. Mamífero quadrúpede, o cão,
popularmente conhecido como cachorro, apresenta características
peculiares em relação aos seus sentidos, locomoção
e envelhecimento.
Assinale a alternativa correta em relação a esses
animais:
Assinale a alternativa correta em relação a esses animais:
TEXTO 8
CAPÍTULO XVIII
Rubião e o cachorro, entrando em casa, sentiram, ouviram a pessoa e as vozes do finado amigo. Enquanto o cachorro farejava por toda a parte, Rubião foi sentar-se na cadeira, onde estivera quando Quincas Borba referiu a morte da avó com explicações científicas. A memória dele recompôs, ainda que de embrulho e esgarçadamente, os argumentos do filósofo. Pela primeira vez, atentou bem na alegoria das tribos famintas e compreendeu a conclusão: “Ao vencedor, as batatas!”. Ouviu distintamente a voz roufenha do finado expor a situação das tribos, a luta e a razão da luta, o extermínio de uma e a vitória da outra, e murmurou baixinho:
— Ao vencedor, as batatas!
Tão simples! tão claro! Olhou para as calças de brim surrado e o rodaque cerzido, e notou que até há pouco fora, por assim dizer, um exterminado, uma bolha; mas que ora não, era um vencedor. Não havia dúvida; as batatas fizeram-se para a tribo que elimina a outra a fim de transpor a montanha e ir às batatas do outro lado. Justamente o seu caso. Ia descer de Barbacena para arrancar e comer as batatas da capital. Cumpria-lhe ser duro e implacável, era poderoso e forte. E levantando-se de golpe, alvoroçado, ergueu os braços exclamando:
— Ao vencedor, as batatas!
Gostava da fórmula, achava-a engenhosa, compendiosa e eloquente, além de verdadeira e profunda. Ideou as batatas em suas várias formas, classificou-as pelo sabor, pelo aspecto, pelo poder nutritivo, fartou- -se antemão do banquete da vida. Era tempo de acabar com as raízes pobres e secas, que apenas enganavam o estômago, triste comida de longos anos; agora o farto, o sólido, o perpétuo, comer até morrer, e morrer em colchas de seda, que é melhor que trapos. E voltava à afirmação de ser duro e implacável, e à fórmula da alegoria. Chegou a compor de cabeça um sinete para seu uso, com este lema: AO VENCEDOR AS BATATAS.
Esqueceu o projeto do sinete; mas a fórmula viveu no espírito de Rubião, por alguns dias: — Ao vencedor as batatas! Não a compreenderia antes do testamento; ao contrário, vimos que a achou obscura e sem explicação. Tão certo é que a paisagem depende do ponto de vista, e que o melhor modo de apreciar o chicote é ter-lhe o cabo na mão.
(ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Ática,
2011. p. 38-39.)