As migrações nordestinas para a região amazônica foram
motivadas por fatores de expulsão de indivíduos de suas sociedades de origem e fatores de atração concernentes à Amazônia. A migração foi particularmente acentuada no final
do século XIX e voltou a se intensificar durante a Segunda
Guerra Mundial, como resultado
Gabarito comentado
Gabarito: E
Tema central: migrações internas do Nordeste para a Amazônia — é preciso distinguir fatores de expulsão (push) do Nordeste e fatores de atração (pull) da Amazônia, especialmente no final do século XIX e durante a Segunda Guerra Mundial.
Resumo teórico: movimentos migratórios são explicados por fatores estruturais. No Nordeste, secas severas (por ex., grandes secas do século XIX) causaram fome e perda de renda, empurrando populações ao êxodo. Na Amazônia, a economia extrativista (principalmente o ciclo da borracha) estava integrada a mercados internacionais, gerando empregos e atraindo trabalhadores. Durante a Segunda Guerra, a demanda aliada por borracha reativou fluxos migratórios para a região.
Fontes recomendadas: estudos do IBGE e do IPEA sobre migração interna; bibliografia sobre o Ciclo da Borracha e História da Amazônia (consultar obras especializadas e artigos acadêmicos sobre migrações nordestinas e economia extrativista).
Por que a alternativa E está correta: ela combina o fator de expulsão (gravidade das secas no sertão nordestino) com o fator de atração (vínculo da economia extrativista da Amazônia com mercados internacionais — especialmente o mercado mundial de borracha). Esses elementos explicam tanto o fluxo no fim do século XIX (boom da borracha) quanto a intensificação na Segunda Guerra.
Análise das alternativas incorretas:
A: fala em ovinos e cacau na Amazônia — impreciso: ovinos não foram causa do êxodo nordestino e o cacau teve outro centro (sul da Bahia, não atração amazônica relevante).
B: urbanização do Nordeste e procura por mão de obra têxtil na Amazônia — errado: a migração foi rural-para-rural/urbana ligada ao setor extrativista, não à indústria têxtil amazônica.
C: guerras sertanejas religiosas e desmatamentos — as chamadas guerras sertanejas não justificam os grandes fluxos e desmatamentos não são fator atraente nesse contexto histórico.
D: desenvolvimento do capitalismo no interior do Nordeste e fragilidade da economia amazônica — contrário aos fatos: o interior nordestino não se desenvolveu a ponto de reter população; a Amazônia estava fortemente integrada ao mercado internacional por sua produção extrativista.
Dica de interpretação: identifique nos enunciados os termos cronológicos (final do séc. XIX; Segunda Guerra) e relacione-os com eventos econômicos conhecidos (Ciclo da Borracha; secas no Nordeste). Procure sempre o par push/pull.
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