“O uso planejado e sustentável da terra na Amazônia pode minimizar drasticamente a degradação florestal, na região, provocada pelo aumento de incêndios devido às mudanças climáticas. Esta é a conclusão do estudo, publicado nesta segunda-feira (15/07) na revista Global Change Biology pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em colaboração com o Centro de Pesquisa e Monitoramento de Desastres (Cemaden) e as universidades de Exeter (Reino Unido) e de Estocolmo (Suécia). ”

INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Manejo sustentável pode salvar a Amazônia das queimadas. São José dos Campos-SP, 15 de julho de 2019. Disponível em: http://www.inpe.br/noticias/noticia.php? CodNoticia=5158

O estudo, cuja conclusão é citada no trecho acima, é intitulado “Efeitos de cenários de mudanças climáticas e de uso do solo na probabilidade de fogo durante o século 21 na Amazônia brasileira”. Considerando esse estudo e o conhecimento que se tem sobre as queimadas na Amazônia, é correto concluir que

Resposta correta: Alternativa A

Tema central: interação entre mudanças climáticas, uso do solo (desmatamento e conversão para sistemas agropastoris) e a probabilidade de incêndios na Amazônia. Entender que clima mais quente/seco aumenta risco de fogo e que áreas convertidas são mais inflamáveis é essencial.

Resumo teórico: mudanças no clima (temperaturas mais altas e padrões pluviométricos alterados) elevam a suscetibilidade a incêndios. Além disso, a conversão de floresta para pasto ou agricultura reduz umidade e aumenta combustível disponível, facilitando a propagação do fogo. Estudos (ex.: INPE / Global Change Biology) mostram que cenários climáticos pessimistas combinados com uso do solo não manejado aumentam significativamente a probabilidade de queimadas. Manejo sustentável reduz a fragilidade do sistema e diminui ignições e propagação.

Justificação da alternativa correta (A): ela combina dois fatores reconhecidos cientificamente — um cenário climático adverso e conversões não manejadas da floresta — que atuam de forma sinérgica para intensificar incêndios. É exatamente essa conclusão do estudo citado (INPE / Global Change Biology): manejo sustentável pode mitigar o aumento de queimadas, enquanto práticas não planejadas e desmatamento aumentam-no.

Análise das alternativas incorretas:

B — Incorreta: afirma “exclusivamente” e limita impactos ao Pará e a alguns setores. Queimadas afetam saúde pública, biodiversidade, clima regional/global, serviços ecossistêmicos e economia em vários estados e internacionalmente — não apenas produtores e transporte no Pará.

C — Incorreta: a afirmação temporal sobre 2017 ser “o menor número desde o início” é muito absoluta e não condiz com as séries históricas de focos/queimadas; anos variam por causas climáticas e de uso do solo, e 2017 não é referencial absoluto para essa afirmação.

D — Incorreta: atribui o aumento das queimadas à redução das chuvas "oriundas da umidade do Oceano Pacífico". A umidade que alimenta a Amazônia provém majoritariamente da circulação atlântica e da evapotranspiração continental; fatores Pacificados (El Niño) podem influenciar seco/úmido, mas a frase generaliza e erra a origem primária da umidade.

Dica de prova: busque palavras-chave (p.ex. “combinação”, “exclusivamente”, “sempre/sempre”) e elimine alternativas absolutistas. Relacione causas diretas (uso do solo) e indiretas (clima) e prefira a opção que trate a interação entre fatores.

Fontes sugeridas: INPE (comunicados e estudos sobre queimadas); artigos em Global Change Biology; relatórios do IPCC sobre impactos climáticos.

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