Questão fa2994e2-00
Prova:UEMG 2019
Disciplina:Geografia
Assunto:Industrialização, Indústria brasileira

Em Franca, emprego em alta nos calçados


Na contramão de outras cidades que têm no calçado o principal eixo da economia, Franca (SP) viu crescer o número de empregos em 2012. Os dados revelam que o Rio Grande do Sul teve um decréscimo de 4,8%, enquanto o Ceará apresentou declínio de 2% e a Bahia de 10,5%. Em Franca o crescimento do nível de emprego gira na ordem de 4%. Empresários do setor garantem que se não fossem as vendas internas seria impossível aumentar os empregos, já que as exportações caíram 15% em setembro de 2012. O presidente do Sindicato da Indústria de Calçados de Franca diz que a alta do imposto de importação dos sapatos chineses ajudou um pouco a indústria nacional, mas que é preciso mais. A alegação é que os países asiáticos estariam enviando partes dos sapatos para montagem no Brasil, livrando-se da alíquota de importação para o sapato completo.


Para lidar com a concorrência das importações asiáticas, a indústria brasileira de calçados tem empreendido ações com o objetivo de

A
aproveitar o momento de crescimento econômico internacional e incrementar a produção destinada ao mercado de exportações.
B
concentrar as vendas no mercado nacional e pleitear o aumento dos impostos de importação de calçados e partes de calçados originados da Ásia.
C
contratar um maior número de trabalhadores e aumentar a produção visando conseguir ganhos de escala e diminuição dos custos de fabricação.
D
estabelecer cooperação com as empresas chinesas e importar os componentes dos sapatos para montá-los em fábricas brasileiras.

Gabarito comentado

P
Paula DelgadoMonitor do Qconcursos

Resposta correta: Alternativa B

Tema central: concorrência internacional e proteção da indústria calçadista. A questã o exige compreender como importações, impostos e demanda interna afetam emprego e produção no setor.

Resumo teórico breve: tarifas de importação são instrumentos de proteção comercial que tornam produtos estrangeiros mais caros para favorecer a produção nacional a curto prazo. Quando importações chegam em forma de componentes (e não produto final), elas podem contornar tarifas sobre o produto acabado — reduzindo a proteção esperada. Fontes úteis: dados do IBGE/MDIC e literatura sobre proteção tarifária e indústria (introdução à economia do comércio internacional).

Por que B é correta: o enunciado indica que o crescimento do emprego em Franca se deu graças às vendas internas, enquanto exportações caíram 15% e há preocupação com importações chinesas e peças enviadas para montagem no Brasil (evitando alíquotas). Assim, a estratégia defensiva adequada, descrita pela alternativa B, é: focar o mercado doméstico e buscar aumento de alíquotas sobre calçados e partes asiáticos — medida coerente com a situação descrita e com a intenção do sindicato citada no texto.

Análise das alternativas incorretas:

A) Errada — propõe expandir exportações. O texto afirma que as exportações caíram 15% e que o crescimento se deveu ao mercado interno; portanto, não é a ação principal indicada.

C) Parcialmente plausível mas inadequada — aumentar escala pode reduzir custos, mas não resolve a competição desleal causada por importações e pela entrada de componentes. Não é a resposta apontada pelo texto.

D) Errada — sugere cooperação e importação de componentes para montagem local. O texto critica justamente essa prática (países enviando partes para escapar da alíquota), logo tal ação aprofundaria o problema em vez de protegê-lo.

Estratégia de prova: procure no enunciado pistas factuais (queda das exportações, aumento do emprego graças ao mercado interno, menção a alíquotas e envio de partes). A alternativa que responde diretamente a essas pistas é a correta.

Fontes e leitura adicional: dados do IBGE/MDIC para comércio exterior; conceitos em Manuais de Economia do Comércio Internacional e estudos sobre proteção tarifária.

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