As radiações solares UVA e UVB têm baixo
poder de penetração em nossa pele e podem
causar câncer de pele.
“O recente acidente nuclear no Japão reacendeu a
polêmica em torno desse tipo de geração de
energia e está causando preocupação entre as
populações que vivem próximas a usinas. Mesmo
em Angra dos Reis, na Costa Verde Fluminense,
onde não existe risco de tsunamis ou terremotos,
parte da população está ainda mais aflita com um
possível vazamento radioativo nas usinas Angra 1 e
2, criadas na década de 70. Uma possível falha
humana ou no reator seria o suficiente para uma
tragédia na região, que possui cerca de 200 mil
habitantes”. (Texto extraído de
< http://jornal.ofluminense.com.br/editorias/cidades/t
ragedia-no-japao-deixa-angra-dos-reis-na-costaverde-do-rj-em-alerta>. Acesso em 13/6/2011).
Com relação à radiação e seus efeitos no
organismo humano, assinale o que for correto.
Gabarito comentado
Resposta: C — Certo
Tema central: radiação ultravioleta (UVA e UVB) e seus efeitos na pele humana. Importância: entender como diferentes faixas de radiação penetram na pele e provocam lesões que, a longo prazo, podem evoluir para câncer de pele.
Resumo teórico (claro e progressivo):
UVA (320–400 nm): penetra mais profundamente, alcançando a derme. Causa fotoenvelhecimento e gera espécies reativas de oxigênio (lesão indireta ao DNA), contribuindo para carcinogênese.
UVB (280–320 nm): tem menor poder de penetração (atinge principalmente a epiderme), mas é mais energético e produz dano direto ao DNA (dimers de pirimidina), responsável por queimaduras solares e grande parte dos casos de câncer de pele não-melanoma.
Observação: UVC é filtrado pela atmosfera e não chega à superfície em quantidades significativas.
Fontes confiáveis: Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC/WHO) classifica a radiação solar como carcinógeno do grupo 1; manuais de dermatologia e literatura sobre fotobiologia confirmam os mecanismos (dano direto por UVB e indireto por UVA).
Justificativa da alternativa correta:
A afirmação é correta porque, embora ambas as radiações tenham baixo poder de penetração em relação a tecidos profundos e radiações ionizantes, isso não as torna inofensivas: UVB atinge a epiderme e provoca mutações diretas no DNA; UVA penetra mais e induz estresse oxidativo e dano ao DNA indiretamente. Esses efeitos aumentam o risco de câncer de pele (carcinoma basocelular, espinocelular e melanoma). Logo, dizer que “têm baixo poder de penetração na pele e podem causar câncer de pele” é preciso e consistente com a evidência científica.
Dica de interpretação (estratégia para prova): identifique termos relativos à penetração (comparativa: baixa vs. profunda) e aos mecanismos de dano (direto vs. indireto). Atenção à confusão entre “baixo poder de penetração” e “inofensivo”: a prova pode tentar explorar essa armadilha.
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