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“... o saber e a informação são essenciais a cada um, para progredir ou ultrapassar a precariedade de uma condição que não se escolheu. Eles servem igualmente para criar e perenizar a dinâmica do 'viver e fazer juntos' numa sociedade confrontada por interesses particulares e dificuldades econômicas. É por isso que, longe de ser apenas um 'dado' a mais, a cultura é o coração de nossa ação a serviço dos habitantes de Lyon [França]”.
(Gérard Collomb - prefeito da cidade de Lyon In: Lyon Citoyen [Lyon cidadã], outubro de 2014. Ed. Ville de Lyon, p. 7)
O prefeito da cidade de Lyon, na França, está se referindo a políticas culturais urbanas. No que diz respeito a esse tópico, o que pode ser dito sobre as realidades urbanas brasileiras?
“... o saber e a informação são essenciais a cada um, para progredir ou ultrapassar a precariedade de uma condição que não se escolheu. Eles servem igualmente para criar e perenizar a dinâmica do 'viver e fazer juntos' numa sociedade confrontada por interesses particulares e dificuldades econômicas. É por isso que, longe de ser apenas um 'dado' a mais, a cultura é o coração de nossa ação a serviço dos habitantes de Lyon [França]”.
(Gérard Collomb - prefeito da cidade de Lyon In: Lyon Citoyen [Lyon cidadã], outubro de 2014. Ed. Ville de Lyon, p. 7)
O prefeito da cidade de Lyon, na França, está se referindo a políticas culturais urbanas. No que diz respeito a esse tópico, o que pode ser dito sobre as realidades urbanas brasileiras?
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa E.
Tema central: políticas culturais urbanas — trata da presença, distribuição e impacto de equipamentos e ações culturais (bibliotecas, centros culturais, festivais, editais, etc.) nas cidades brasileiras e da sua capacidade de promover acesso à cultura e informação.
Resumo teórico: políticas culturais urbanas são parte da gestão municipal e visam garantir direito à cultura (Constituição Federal, art. 215), inclusão social e dinamização urbana. No Brasil existem instrumentos federais (p.ex. Lei nº 8.313/1991 — Lei Rouanet; Plano Nacional de Cultura) e programas municipais, mas a efetividade depende de orçamento, capacidade administrativa e prioridades locais.
Por que E é correta: a alternativa dá uma avaliação cautelosa e geral — “iniciativas, em geral, tímidas” e “insuficiência de equipamentos” — que coincide com diagnóstico recorrente em estudos e relatórios: há desigualdade entre cidades e bairros, muitos municípios têm poucos equipamentos e baixa capacidade de oferta cultural permanente, mesmo quando existem políticas pontuais. Assim, E expressa adequadamente a realidade nacional, sem generalizar de forma absoluta.
Análise das incorretas:
- A: argumenta que há multiplicação de equipamentos mas sem benefícios por causa do “baixo nível de escolaridade”. É explicação simplista e determinista; não há evidência de que multiplicação massiva aconteça em todas as grandes cidades nem que escolaridade anule os efeitos culturais.
- B: muito otimista — embora existam centros culturais e ações fora do sistema escolar, a distribuição espacial e social ainda é desigual; nem sempre essas ações alcançam bairros menos favorecidos.
- C: afirma ausência de políticas porque a população prefere o mercado privado. Incorreto: há políticas públicas, editais e órgãos culturais; o problema é a insuficiência e desigualdade, não a inexistência por opção social.
- D: atribui a precariedade quase que exclusivamente à insegurança pública. Segurança influencia, mas causas estruturais incluem falta de investimento, prioridades orçamentárias e capacidade administrativa — é uma explicação reducionista.
Dica de prova: observe palavras como “em geral”, “a despeito” — são indícios de alternativa plausível. Desconfie de causas únicas e de afirmações absolutas.
Referências úteis: Constituição Federal (art. 215); Lei nº 8.313/1991 (incentivo à cultura); Plano Nacional de Cultura (PNC).
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