Nossa sociedade desenvolveu-se econômica e socialmente a partir da criação contínua de novas necessidades, considerando nosso planeta uma fonte inesgotável de recursos. Uma das forças motrizes do crescimento insustentável está baseada na ideia de que as pessoas serão sempre mais felizes consumindo mais. Entretanto, esta concepção de desenvolvimento não poderá ser mantida por mais tempo. Se não forem tomadas decisões urgentes e implementadas medidas de alcance global visando à sustentabilidade, correremos o sério risco de perda de bem-estar e estaremos cada vez mais suscetíveis a catástrofes ecológicas (DALY, 2005). O desenvolvimento sustentável da economia exige:

Alternativa correta: C

Tema central: sustentabilidade e desenvolvimento sustentável — trata da forma como a sociedade deve usar recursos naturais sem comprometer a capacidade dos ecossistemas de se regenerarem e sem prejudicar as gerações futuras (Princípio da equidade intergeracional).

Resumo teórico: desenvolvimento sustentável combina três pilares: ambiental, social e econômico. Princípios-chave: uso de recursos renováveis dentro da capacidade de reposição; redução e gestão adequada de rejeitos; substituição gradual de recursos não-renováveis por alternativas renováveis; precaução e internalização de custos ambientais (Relatório Brundtland, 1987; Política Nacional do Meio Ambiente — Lei 6.938/1981).

Por que a alternativa C está correta?

A alternativa C descreve práticas compatíveis com sustentabilidade: exploração de renováveis sem exceder a capacidade de regeneração, limitação do uso e consideração da capacidade de absorção de rejeitos e consumo planejado de não-renováveis com substituição por renováveis. Esses itens refletem os conceitos centrais da gestão sustentável de recursos e prevenção de impacto ambiental.

Análise das alternativas incorretas

A) Promove satisfação contínua de demandas e uso de APPs para silvicultura — incita uso predatório e atividade proibida em áreas de preservação permanente (APPs), além de sugerir importação de exóticas que pode prejudicar biodiversidade nativa.

B) Foca em extração intensiva de combustíveis fósseis, expansão da fronteira agrícola e aumento do consumo — medidas antagônicas à sustentabilidade, pois ampliam pressão sobre ecossistemas e emissões.

D) Mistura conceitos: ampliar fronteira agrícola e basear desenvolvimento na criação de novas necessidades são estratégias insustentáveis; manejo de áreas endêmicas isolado não compensa as outras medidas nocivas.

E) Preservar níveis de consumo dos países desenvolvidos e introduzir espécies exóticas são posições insustentáveis e contraditórias com conservação; priorizar apenas interesses nacionais ignora cooperação e impactos globais.

Dica de interpretação: em provas, procure termos como “não exceder”, “capacidade de regeneração”, “substituição por renováveis” (apontam para sustentabilidade). Desconfie de alternativas que propõem expansão ilimitada do consumo, frentes agrícolas ou uso de APPs — são sinais de incorreção.

Fontes: Relatório Brundtland (1987), Lei 6.938/1981 (Política Nacional do Meio Ambiente), Convenção sobre Diversidade Biológica (1992).

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