“O estudo da agricultura brasileira deve ser feito no bojo da compreensão dos processos de
desenvolvimento do modo capitalista de produção do território brasileiro. [...]. Esse processo deve ser
entendido também no interior da economia capitalista atualmente internacionalizada, que produz e se
reproduz em diferentes lugares do mundo, criando processos e relações de interdependência entre Estados,
nações e sobretudo empresas” (OLIVEIRA, A. U. de. Agricultura brasileira: transformações recentes. In__:
ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2003, p. 467-534).
Considere a informação acima e assinale a alternativa INCORRETA.
“O estudo da agricultura brasileira deve ser feito no bojo da compreensão dos processos de desenvolvimento do modo capitalista de produção do território brasileiro. [...]. Esse processo deve ser entendido também no interior da economia capitalista atualmente internacionalizada, que produz e se reproduz em diferentes lugares do mundo, criando processos e relações de interdependência entre Estados, nações e sobretudo empresas” (OLIVEIRA, A. U. de. Agricultura brasileira: transformações recentes. In__: ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2003, p. 467-534).
Considere a informação acima e assinale a alternativa INCORRETA.
Gabarito comentado
Alternativa correta (INCORRETA): C
Tema central: trata-se da transformação da agricultura brasileira no contexto do capitalismo e da internacionalização, com destaque para a Revolução Verde, seus efeitos tecnológicos, socioeconômicos e ambientais.
Resumo teórico conciso: A modernização agrícola capitalista (pós‑Revolução Industrial) aumentou produtividade por meio de mecanização, insumos químicos, sementes melhoradas e manejo científico — processo intensificado pela chamada Revolução Verde (décadas de 1940–70), impulsionada por centros de pesquisa e investimento dos EUA (ex.: financiamentos Rockefeller) e por políticas de difusão tecnológica. Resultados: aumento expressivo de produtividade e produção, mas também problemas ambientais, dependência tecnológica e fortalecimento de propriedades maiores (concentração fundiária). Fontes úteis: FAO, Embrapa, IBGE e literatura como Oliveira (2003) e Ross (org.).
Por que a alternativa C é INCORRETA: Ela mistura verdades e falsidades. Está correta ao apontar que a Revolução Verde ampliou dependências tecnológicas e favoreceu interesses industriais dos EUA; porém erra ao afirmar que não contribuiu para o aumento da produção — na prática aumentou grandes produtividades em várias culturas (ex.: trigo, arroz) — e também ao dizer que não influenciou a concentração fundiária. Na realidade, a mecanização, custo de insumos e escala favorecem médias e grandes propriedades, estimulando concentração e expulsão de trabalhadores rurais.
Análise das demais alternativas:
A — correta. Resume bem o processo: urbanização, crescimento populacional e Revolução Agrícola/Tecnológica elevaram produtividade sem obrigatoriamente ampliar área cultivada.
B — correta. Descreve adequadamente a Revolução Verde como pacote tecnológico com origem e financiamento majoritariamente estadunidenses e seus problemas de adequação ambiental e edafoclimática.
D — correta. Explica a pressão urbana sobre recursos e lista impactos ambientais típicos de manejo inadequado (erosão, assoreamento, eutrofização, salinização).
E — correta. Reconhece os efeitos positivos do agronegócio (produtividade, exportações, peso econômico) e suas contrapartidas: monocultura, concentração fundiária e exclusão de trabalhadores rurais (estimativas do peso do agro no PIB variam; consultar IBGE).
Estratégia de prova: desconfie de alternativas que neguem efeitos amplamente documentados (por ex., “não contribuiu” para aumento da produção). Procure causas e consequências: pacote tecnológico → aumento de produtividade + efeitos socioambientais; pense em escala e custo como vetores de concentração.
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