Um dos fenômenos atuais resultantes da urbanização sem
planejamento são as ilhas de calor. Na cidade de São Paulo,
podem ocorrer diferenças de temperatura de até 10o
C no mesmo dia, entre duas regiões da cidade. Esse processo ocorre
porque:
Um dos fenômenos atuais resultantes da urbanização sem planejamento são as ilhas de calor. Na cidade de São Paulo, podem ocorrer diferenças de temperatura de até 10o C no mesmo dia, entre duas regiões da cidade. Esse processo ocorre porque:
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema central: ilhas de calor urbanas — elevação localizada da temperatura em áreas densamente ocupadas por edificações e superfícies impermeáveis. É tema recorrente em provas porque conecta processos físicos (radiação, trocas de calor), uso do solo e planejamento urbano.
Resumo teórico: áreas urbanas têm muitos materiais com alta capacidade de absorção e baixa refletância (asfalto, concreto, telhados escuros). Esses materiais acumulam energia solar durante o dia e a liberam como calor sensível, aquecendo o ar. Além disso, há redução da evapotranspiração (menos vegetação), emissão de calor antropogênico (veículos, ar‑condicionado) e configuração urbana que retém calor à noite. Resultado: temperaturas locais superiores às zonas rurais próximas (ilha de calor).
Por que a alternativa B é correta: ela identifica o fator fundamental — predominância de prédios, ruas asfaltadas e superfícies que absorvem radiação, transformando‑a em calor que aquece a cidade. Esse é o mecanismo básico das ilhas de calor urbanas (ver Oke, 1982).
Observação técnica importante: a alternativa menciona "calor latente", mas, tecnicamente, superfícies impermeáveis convertem a energia em calor sensível. O calor latente está ligado à mudança de fase da água (evaporação) e é reduzido em áreas impermeáveis. Mesmo assim, a ideia central da alternativa — absorção e retenção de calor por materiais urbanos — está correta, por isso a opção é considerada certa.
Análise das alternativas incorretas:
A — mistura processos (ar quente sobe; frentes frias existem) mas não explica ilhas de calor locais. Frentes frias não criam um "manto de calor" urbano por infiltração.
C — incorreta: corpos d'água tendem a moderar as temperaturas por alta capacidade térmica e evaporação, funcionando muitas vezes como áreas mais frescas, não pontos quentes urbanos.
D — vaga e tautológica; não oferece mecanismo físico específico e tenta atribuir o fenômeno a "vários fenômenos meteorológicos" sem relação direta com ocupação do solo.
Estratégia de prova: ao ver "ilhas de calor", busque termos relacionados a superfícies impermeáveis, baixa vegetação, radiação absorvida, calor antropogênico. Desconfie de alternativas vagas ou que invertam calor sensível/latente sem fundamentação.
Fontes: Oke, T.R. (1982). The energetic basis of the urban heat island. Também: relatórios IPCC sobre impactos urbanos e manuais de climatologia urbana.
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