Entre as consequências provocadas pelos
rompimentos das barragens de Fundão, em
Mariana, e da Mina Córrego do Feijão, em
Brumadinho, estão os impactos ambientais nos rios
Doce e Paraopeba, evidenciados pela alta
mortalidade de peixes.
A alta mortalidade desses organismos, após o
rompimento, é explicada pela
Gabarito comentado
Alternativa correta: E
Tema central: impactos agudos de rompimentos de barragens (lama e rejeitos) sobre comunidades aquáticas — especialmente mortalidade de peixes devido a efeitos físicos e químicos imediatos.
Resumo teórico: Rompimentos de barragens liberam grande volume de sedimentos finos, matéria orgânica e metais. Os efeitos agudos mais comuns são: aumento da turbidez, redução do oxigênio dissolvido (OD) e entupimento físico das brânquias. Sedimentos finos impedem trocas gasosas, cobrem substratos e suspender matéria orgânica que, ao decompor-se, consome OD — levando ao sufocamento dos peixes. Fontes de referência: Resolução CONAMA nº 357/2005 (padrões de lançamento e qualidade das águas) e relatórios técnicos do IBAMA/CPRM sobre eventos de Mariana e Brumadinho.
Por que a alternativa E é correta: descreve os dois mecanismos principais responsáveis pela alta mortalidade logo após o rompimento — redução do teor de oxigênio (efeito químico/biogeoquímico imediato) e acúmulo de sedimentos nas brânquias (efeito físico direto). Essa combinação explica mortes massivas em curto prazo.
Análise das alternativas incorretas:
A — fala em eutrofização por manganês e ferro. Eutrofização refere‑se ao enriquecimento por nutrientes (N, P) e produção de algas; manganês e ferro não causam eutrofização típica. Além disso, depositação de metais no leito não explica a mortalidade aguda observada.
B — usa o termo lixiviação de sedimentos. Lixiviação é processo de percolação/solubilização de compostos; a alta mortalidade imediata é causada pela suspensão maciça de sedimentos e seus efeitos físicos/químicos, não por lenta lixiviação.
C — mistura bioacumulação e “sequestro de oxigênio”. Bioacumulação é processo crônico (acúmulo de metais ao longo do tempo) e não explica mortalidade imediata. Metais não “sequestram” oxigênio de forma direta em escala aguda; a queda de OD tem outras causas (turbidez, decomposição de material orgânico).
D — alteração de vazão pode ocorrer, mas não é a causa primária da elevada mortalidade imediata. O fator determinante são os sedimentos em suspensão que afetam OD e brânquias; mudança de vazão sozinha não explica sufocamento em massa.
Dica de interpretação: para questões sobre desastres ambientais, diferencie efeitos agudos (físicos/químicos imediatos: turbidez, OD, entupimento de brânquias) de efeitos crônicos (bioacumulação, alterações tróficas). Palavras‑chave como “alta mortalidade após o rompimento” indicam causas imediatas — priorize alternativas que descrevam mecanismos físicos/químicos rápidos.
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