No axioma filosófico “Penso, logo existo.”, há dois verbos, portanto duas orações com sentido completo: pensamos e existimos.

Dessa forma, a relação estabelecida pela conjunção “logo” entre esses dois pensamentos é

Tema central da questão: A questão aborda a identificação do valor semântico da conjunção "logo" dentro de uma frase célebre da filosofia: “Penso, logo existo.” Trata-se de reconhecer o papel das conjunções coordenativas conclusivas, conceito fundamental para interpretação coesiva e correta de textos na norma-padrão.

Justificativa para a alternativa correta (A):

A conjunção “logo” estabelece, pela gramática normativa, uma relação de conclusão entre as orações. Segundo a Moderna Gramática Portuguesa de Evanildo Bechara, conjunções conclusivas (“logo”, “portanto”, “assim”) evidenciam que o que veio antes leva diretamente ao que vem depois, apresentando uma consequência lógica.

Portanto, ao afirmar “Penso, logo existo.”, explicita-se que existir é resultado de pensar, estabelecendo conexão causal e conclusiva – exatamente o que enuncia a alternativa A: “conclusiva, pois induz ao pensamento de que o existir acontece em função do pensar.”

Análise das alternativas incorretas:

• B) Alternativa – Seria correta se a conjunção estabelecesse escolha/opção (ou, ora...ora), o que não ocorre aqui: não se está escolhendo entre pensar ou existir.
• C) Exclusão – Conjunções de exclusão supõem que uma situação elimina a outra (senão, exceto). O pensamento não exclui a existência, sucede a ela.
• D) Opositiva – Utilizaria conectivos como “mas”, “porém”, “todavia”, indicando oposição, o que não ocorre: o existir é consequente do pensar.
• E) Aditiva – Exigiria conjunções como “e”, “nem”; aqui, não há soma de ideias, mas conclusão.

Dica para provas: Fique atento ao sentido lógico das conjunções! Palavras como “logo”, “portanto”, “então” indicam conclusão. Ler o enunciado com calma e identificar a relação entre as orações é fundamental para não cair em pegadinhas.

Conclusão: A articulação entre orações por meio de conjunção conclusiva, como “logo”, é aquela que expressa uma ideia de conclusão ou consequência. Isso é respaldado tanto pela norma-padrão quanto pelas principais gramáticas (Bechara, Cunha & Cintra).

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