Ao contrário do que ocorria no restante do Brasil, após a Guerra do Paraguai, ocorreu um crescimento da escravidão no Paraná.

Resposta: E — Errado

Tema central: trata-se da evolução da escravidão no território do atual Estado do Paraná no período pós‑Guerra do Paraguai (1864–1870). Importante para concursos porque exige relação correta entre eventos políticos (guerra, leis abolicionistas) e transformações econômicas e demográficas regionais.

Resumo teórico e contexto cronológico

A Guerra do Paraguai termina em 1870. Em seguida, ocorre no Brasil uma sequência de mudanças legais e sociais que enfraquecem a escravidão: Lei do Ventre Livre (Lei n.º 2.040/1871), depois a Lei dos Sexagenários (Lei n.º 3.270/1885) e, por fim, a Lei Áurea (Lei n.º 3.353/1888). No Paraná, além dessas leis, havia fatores locais que reduziram a dependência do trabalho escravo: economia agropecuária com grande presença de pequenos proprietários e estancieiros que gradualmente adotaram trabalho livre; fluxo crescente de imigrantes europeus e migração interna; e urbanização incipiente que absorvia mão de obra livre.

Por que a assertiva é errada?

A afirmação de que “após a Guerra do Paraguai ocorreu um crescimento da escravidão no Paraná, ao contrário do restante do Brasil” contradiz evidências históricas. Não há base documental ou estatística que aponte crescimento da escravidão no Paraná nesse pós‑guerra. Pelo contrário, observa‑se tendência de estabilização e posterior declínio relativo da escravidão na província/estado, alinhada às leis abolicionistas nacionais e às mudanças econômicas regionais (substituição por trabalho assalariado e imigrante). A comparação “ao contrário do restante do Brasil” também é imprecisa: em escala nacional, a escravidão começou a enfrentar limitações legais e pressões econômicas após 1871, processo que afetou todas as províncias, inclusive o Paraná.

Fontes e pistas para estudar

Leis citadas: Lei n.º 2.040/1871 (Ventre Livre), Lei n.º 3.270/1885 (Sexagenários), Lei n.º 3.353/1888 (Áurea). Para aprofundar: obras e artigos sobre a história do Paraná e sobre escravidão no Brasil, além de publicações de universidades locais (por exemplo, trabalhos da UFPR) e compilações de história regional.

Dica de prova (estratégia)

Desconfie de afirmações abrangentes e absolutas (“ao contrário do restante do Brasil”). Relacione datas-chave (1864–1870; 1871; 1885; 1888) e o perfil econômico regional. Quando a alternativa contrapõe uma tendência nacional, verifique se há evidência regional que realmente a contrarie — aqui não há.

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