Questão e50d253c-d9
Prova:UEA 2019
Disciplina:Geografia
Assunto:Urbanização, Urbanização brasileira


De acordo com o último censo demográfico, publicado pelo IBGE em 2010, mais de 45 milhões de pessoas declararam ter pelo menos um tipo de deficiência. Desde então, melhorias aconteceram, mas as pessoas com deficiência física ainda não vivem em uma sociedade adaptada. Para jogar luz nessa questão, a ONG Movimento SuperAção deu início ao projeto “Sem rampa, calçada é muro”, idealizado pela agência Z+. “A ideia nasce da premissa de que para o cadeirante uma calçada é um muro. E, se é um muro, cabe um graffiti”, explica Alexandre Vilela, da agência Z+.

(Daniel. “Grafites mostram que calçadas sem rampas se tornam muros para quem é cadeirante”. www.jornaldiadia.com.br, 06.05.2019. Adaptado.)


O projeto apresentado ironiza


A
a rara apropriação das cidades pelos deficientes físicos, o que torna desinteressante a adaptação dos espaços públicos.
B
a falta de mobilidade urbana, que nega o direito à cidade a pessoas com deficiência física.
C
a segregação socioespacial nas cidades, que destinam aos deficientes pequenos espaços de representação.
D
a maneira como os problemas urbanos são denunciados, o que indica a ineficiência de audiências públicas.
E
a pequena liberdade de expressão para pessoas com deficiência, o que dificulta a luta por igualdade social.

Gabarito comentado

Marcelo SaraivaProfessor de Atualidades, formado em História (UFF) e Geografia (UFF)
O ato de se deslocar pela cidade envolve fatores relativamente complexos como o tipo de transporte, as vias disponíveis, o tamanho da malha urbana, os custos de transporte e a acessibilidade para toda a população. Estes são fatores relevantes que devem ser levados em consideração nos estudos sobre o tema. O texto associado aborda as limitações de mobilidade causadas pela inadequação do espaço urbano e o enunciado busca a alternativa que melhor se relaciona com as ideias do texto.

A) A demanda existe a partir da oferta de meios de acesso. Vemos poucos deficientes se deslocando pela cidade, não por que eles não tem interesse, mas por que diversos espaços não são adequados e causam dificuldades e constrangimentos a esta circulação. 
B) Abordar um meio fio como um muro é fazer uma associação direta da acessibilidade de pessoas com deficiência, que depende de projetos específicos que levem em conta as limitações e soluções necessárias para garantir a democratização do espaço público para este grupo. Isto demanda recursos e vontade política para atender esta demanda da sociedade.
C) A segregação socioespacial é um processo socioeconômico que afeta grupos sociais mais amplos que apenas as pessoas com deficiência (PCDs).

D) O texto não demonstra uma ação relacionada a problemas urbanos de forma geral.

E) Pessoas com deficiência sofrem com dificuldades de acesso e mobilidade pela cidade e não com limitações a liberdade de expressão. 



Gabarito do professor: B

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