A desconcentração industrial de São Paulo e a
importância das economias regionais no
desenvolvimento de suas indústrias, geralmente
ligadas ao setor de bens de consumo, em cidades do
interior paulista, numa primeira etapa, e de outros
estados do país, numa segunda, notadamente nas
maiores cidades, foi um processo atrelado à
expansão territorial, econômica e demográfica das
metrópoles, à urbanização do campo e à expansão
das fronteiras do agronegócio. Contudo, a
“metrópole onipresente” continuou a exercer suas
funções de comando e gestão no território. A esse
respeito, assinale a afirmação verdadeira.
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa B
Tema central: trata da transição socioespacial de São Paulo: desconcentração industrial espacial (indústria se espalha para interior e outros estados) versus a manutenção das funções de comando — gestão, finanças e serviços avançados — concentradas na metrópole.
Resumo teórico breve: com a globalização e a reestruturação produtiva (pós‑fordismo), cidades como São Paulo passam por terciarização e tornam‑se centros informacionais/transacionais (comando estratégico, serviços financeiros, tecnologia, logística). Autores relevantes: Manuel Castells (sociedade em rede) e Saskia Sassen (global cities). Dados do IBGE e estudos regionais confirmam deslocamento da produção, mas permanência das funções de comando.
Por que a alternativa B está correta: descreve justamente a transformação: São Paulo centraliza o comando e os fluxos informacionais/financeiros, passando a atuar como metrópole informacional/transacional. Isso explica a desconcentração da produção (indústria de bens de consumo no interior) sem perda do papel gerencial e decisório da cidade.
Análise das alternativas incorretas:
A — incorreta: afirma que São Paulo permanece nos moldes da II Revolução Industrial (modelo fabril massivo). Não considera a reestruturação produtiva nem a crescente importância dos serviços e das cadeias globais.
C — incorreta: confunde desconcentração com perda definitiva de centralidade. Há reconcentrações funcionais (comando permanece), logo São Paulo não perde sua importância para o território nacional.
D — incorreta: mistura termos contraditórios — afirma "desmetropolização" e ao mesmo tempo manutenção da centralização do comando. Embora haja desindustrialização parcial, não houve desmetropolização do comando informacional/financeiro.
Dica de interpretação: foque em palavras-chave do enunciado: "centraliza a gestão", "metrópole onipresente", "economias regionais". Estas indicam continuidade do papel de comando, o que aponta para a alternativa B.
Fontes indicadas: Castells (1996), Sassen (2001), IBGE — estudos sobre estrutura regional e serviços.
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