Leia o texto abaixo.
O Perfil dos Municípios Brasileiros em 2017, divulgado pelo IBGE, indica que, “dos municípios com
mais de 500 mil habitantes, 93% foram atingidos por alagamentos e 62% por deslizamentos. As
secas foram o tipo de desastre que afetou a maior parte dos municípios brasileiros: 2.706 ou 48,6%,
seguido por alagamento (31%) e enchentes ou enxurradas (27%). A região Nordeste teve 82,6% de
seus municípios afetados, especialmente o Ceará, em que essa proporção chegou a 98%, Piauí
(94%), Paraíba (92%) e Rio Grande do Norte (91%). Os outros desastres foram mais frequentes no
Sul, em que 53,9% dos municípios foram atingidos por alagamento, 51% por enchentes ou
enxurradas, 25% por deslizamentos e 24,5% por erosão acelerada”.
Disponível em:<https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/21633-desastres-naturais-59-4-dos-municipios-nao-tem-plano-de-gestao-de-riscos .
Acesso em: 09 out. 2018.
Considere as seguintes afirmações sobre eventos climáticos extremos e planejamento urbano.
I - Episódios de precipitação intensa podem levar à diminuição da capacidade de infiltração do solo
e, consequentemente, a perdas e danos em áreas urbanas.
II - As secas independem do quantitativo pluviométrico e do armazenamento de água disponível
superficial e subsuperficialmente, pois são o reflexo do desajuste entre o consumo e a
disponibilidade.
III- As cidades com maior concentração de áreas verdes, por diminuírem a velocidade do vento e
reterem a umidade do ar, propiciam melhores condições urbanas para ilhas de calor.
Quais estão corretas?
Leia o texto abaixo.
O Perfil dos Municípios Brasileiros em 2017, divulgado pelo IBGE, indica que, “dos municípios com mais de 500 mil habitantes, 93% foram atingidos por alagamentos e 62% por deslizamentos. As secas foram o tipo de desastre que afetou a maior parte dos municípios brasileiros: 2.706 ou 48,6%, seguido por alagamento (31%) e enchentes ou enxurradas (27%). A região Nordeste teve 82,6% de seus municípios afetados, especialmente o Ceará, em que essa proporção chegou a 98%, Piauí (94%), Paraíba (92%) e Rio Grande do Norte (91%). Os outros desastres foram mais frequentes no Sul, em que 53,9% dos municípios foram atingidos por alagamento, 51% por enchentes ou enxurradas, 25% por deslizamentos e 24,5% por erosão acelerada”.
Disponível em:<https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/21633-desastres-naturais-59-4-dos-municipios-nao-tem-plano-de-gestao-de-riscos
Gabarito comentado
Resposta: Alternativa A — Apenas I.
Tema central: riscos naturais urbanos (alagamentos, secas, ilhas de calor) e a relação entre eventos climáticos extremos e planejamento urbano. É essencial distinguir tipos de secas (meteorológica, hídrica, agrícola e socioeconômica) e entender efeitos da ocupação do solo sobre infiltração, escoamento e temperatura.
Resumo teórico rápido:
I - Precipitação intensa: chuvas fortes sobre solos já saturados ou áreas impermeabilizadas reduzem a infiltração e aumentam escoamento superficial, elevando risco de alagamentos e danos urbanos (conceito básico de hidrologia urbana).
II - Secas: sua existência e intensidade dependem fundamentalmente do déficit pluviométrico e de estoques/recursos hídricos (meteorológica e hidrológica). A dimensão socioeconômica decorre do desequilíbrio entre oferta e demanda, mas não torna a chuva/armazenamento irrelevantes.
III - Áreas verdes e Ilhas de calor: vegetação tende a mitigar a ilha de calor urbana por sombreamento e evapotranspiração, reduzindo temperaturas; dizer que áreas verdes “propiciam melhores condições para ilhas de calor” inverte a relação.
Justificativa da alternativa correta (I): A afirmação I está conceitualmente correta: precipitação intensa diminui capacidade de infiltração (solo saturado + superfícies impermeáveis), aumentando escoamento e risco de alagamentos e deslizamentos em encostas urbanas — fenômeno amplamente documentado em manuais de gestão de águas urbanas e relatórios do IPCC/estudos hidrológicos.
Por que II está errada: A frase afirma que secas independem do quantitativo pluviométrico e do armazenamento, o que é falso. Secas meteorológicas e hidrológicas são diretamente relacionadas a déficits de chuva e níveis de reservatórios/lençóis. O aspecto de “desajuste entre consumo e disponibilidade” refere-se à vulnerabilidade socioeconômica, não à causa física da seca (veja definições da ANA e literatura sobre secas).
Por que III está errada: A ideia de que maiores áreas verdes favorecem ilhas de calor é equivocada. Vegetação reduz temperatura urbana por sombreamento e evapotranspiração; pode diminuir ventilação localmente, mas o efeito global é de mitigação da ilha de calor, não de favorecimento.
Dica de prova / pegadinhas: Fique atento a termos absolutos como “independem” e a inversões de causalidade (ex.: afirmar que vegetação favorece calor urbano). Separe conceitos físicos (chuva, armazenamento) de impactos socioeconômicos (consumo, gestão).
Fontes úteis: IBGE (perfil citado), ANA — definições de seca, IPCC — impactos urbanos do clima.
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