Alguns escritores árcades tiveram participação direta no movimento da Inconfidência Mineira, já que chegaram de Portugal
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa A
Tema central: a relação entre o Arcadismo (ou Neoclassicismo brasileiro) e a Inconfidência Mineira. É preciso saber quem eram os árcades, suas ideias e como essas ideias se conectaram ao projeto político da Inconfidência.
Resumo teórico: o Arcadismo floresceu no século XVIII e valorizou a razão, a simplicidade formal, a inspiração clássica e a pastoral. Foi fortemente marcado pelo Iluminismo — corrente que defendia liberdade, igualdade, crítica ao absolutismo e difusão do conhecimento (ver: Massaud Moisés, História da Literatura Brasileira; enciclopédias sobre Iluminismo).
Por que A é correta: muitos poetas árcades ligados à Inconfidência (ex.: Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga) adotavam ideias iluministas — crítica ao domínio colonial, defesa de reformas e de maior autonomia. Essas ideias influenciaram sua participação política no movimento que buscava a independência/república em Minas. Assim, a alternativa A relaciona corretamente Arcadismo e Iluminismo como motor ideológico.
Análise das incorretas:
B — fala em “ideias enciclopedistas” (próximas ao Iluminismo) mas erra ao dizer que o objetivo era libertar Minas do “jugo espanhol e português”. O Brasil não estava sob domínio espanhol; a oposição era ao domínio português/colonato.
C — afirma que tinham “ideais absolutistas”: isto contraria o espírito iluminista dos árcades. Além disso, vincular a Inconfidência à “libertação em relação à dependência econômica inglesa” é incorreto historicamente.
D — mistura fatos: é verdade que obras como Obras Poéticas de Cláudio M. da Costa e Marília de Dirceu existem, mas atribuir a inspiração principal à independência dos EUA é impreciso. A influência dominante foi o Iluminismo europeu; as independências americana e francesa foram referências, não a causa direta exclusiva.
Dica de prova: busque palavras-chave (Iluminismo, Arcadismo, Inconfidência). Desconfie de alternativas que invertam causas/efeitos (ex.: justificar obras por influência errada) ou que troquem o ator colonizador (espanhol vs. português).
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