As cidades mais antigas teriam surgido há
cerca de seis mil anos, ao logo dos vales dos rios
Tigre e Eufrates, Nilo e Indo. Nessa época, as cidades
já possuíam certa importância política, econômica e
social, porém, só a partir do século XVIII o processo
de urbanização tem início no Ocidente.
O processo de urbanização está diretamente
relacionado ao aumento da população urbana em
relação à população rural. Portanto, quando a
população de um determinado lugar supera os 50%
do total de habitantes, dizemos que esse espaço é
urbanizado.
Por volta de 1800, apenas 3% da população
europeia encontravam-se na área urbana. Mas, a
partir da 1ª Revolução Industrial, o deslocamento
da população do campo para as cidades em busca
de emprego aumentou.
Disponível em:<http://educacao.globo.com> . Acesso em: abr. de 2018.
Adaptado.
O fenômeno da urbanização apresentou, ao longo da história,
diferentes características como pode ser visto
Gabarito comentado
Resposta correta: E
Tema central: urbanização — processo histórico que traduz o crescimento relativo da população urbana frente à rural. Para questões de concurso é essencial relacionar causas (industrialização, migração rural‑urbana, políticas públicas) e cronologia (quando ocorre a virada demográfica/urbana).
Resumo teórico conciso: urbanização = aumento da população urbana em % do total. No Ocidente, a 1ª Revolução Industrial acelerou a migração campo→cidade. No Brasil, houve predomínio rural até meados do século XX; a partir da industrialização e de políticas desenvolvimentistas (expansão industrial, obras e incentivos estaduais), o processo de urbanização acelerou. Fontes: IBGE, teorias sobre transição demográfica e urbanização (ONU/UN-Habitat).
Justificativa da alternativa E (correta): A alternativa afirma que houve precedência da população rural sobre a urbana até metade do século XX, sendo esse perfil alterado pela industrialização e por políticas desenvolvimentistas — descrição que condiz com a história demográfica do Brasil. Ou seja, a urbanização brasileira intensificou‑se com a modernização econômica e políticas públicas voltadas ao desenvolvimento, gerando migração interna e crescimento urbano.
Análise das alternativas incorretas:
A — afirma que, na Idade Média, as classes desprivilegiadas concentravam‑se nas cidades e as superiores no campo. Errado: as cidades medievais eram polos de mercadores, artesãos e população livre; servos e boa parte da nobreza rural viviam no campo (a relação apresentada está invertida).
B — descreve deslocamento do século XIX das cidades para o campo por exigência da indústria. Errado: a Revolução Industrial promoveu o fluxo rural→urbano (trabalhadores para fábricas), não o inverso.
C — afirma que, no período colonial brasileiro, necessidade de defesa concentrou população nas cidades levando ao abandono rural. Errado: o padrão colonial foi de economia agrário-exportadora com povoamento rural e costeiro; cidades coloniais existiam, mas não houve abandono rural por defesa.
D — atribui a erradicação de doenças tropicais desde o século XIX a programas de D. Pedro II. Errado: o controle efetivo de muitas endemias ocorreu mais tardiamente, sobretudo no começo do século XX (ex.: campanhas de saneamento e ações de Oswaldo Cruz), e dengue é problema urbano mais recente.
Dica de prova: cheque cronologia e causalidade: identifique quem foi agente (Indústria, Estado, Migração) e quando ocorreu a mudança (antes ou depois do meio do século XX). Alternativas que invertem direções históricas ou confundem causas são pegadinhas frequentes.
Fontes sugeridas: IBGE (dados históricos de população), UN‑Habitat — para leitura complementar sobre urbanização e transição demográfica.
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