A metáfase é a melhor fase para se analisar o
cariótipo de um indivíduo, ou seja, para se
observar os cromossomos durante a mitose,
pois é nessa fase que eles atingem o grau
máximo de condensação.
Câncer é o nome dado a um conjunto de doenças
que têm em comum a multiplicação desordenada
de células que invadem os tecidos e órgãos,
podendo espalhar-se para outras regiões do corpo.
Com relação ao câncer e ao processo de divisão
celular, assinale o que for correto.
Gabarito comentado
Resposta: C — Certo
Por que isso é correto?
A metáfase é realmente a fase da mitose em que os cromossomos estão mais condensados e alinhados no plano equatorial da célula (placa metafásica). Essa máxima condensação torna cada cromossomo mais visível e distintamente individualizável ao microscópio óptico, o que facilita a análise do cariótipo (número, forma e eventuais alterações estruturais dos cromossomos).
Na prática laboratorial, para obter lâminas de cariótipo os técnicos costumam usar agentes como colchicina ou outros inibidores do fuso mitótico para interromper a divisão celular durante a metáfase, obtendo assim "espalhamentos metafásicos" ideais para coloração e observação. Por isso, a metáfase é a fase de escolha na citogenética clínica e em estudos citogenômicos.
Noções essenciais (resumo rápido):
- Mitose: prófase (condensação inicial), prometáfase (desaparecimento da carioteca), metáfase (alinhamento e máxima condensação), anáfase (separação das cromátides) e telófase (descondensação e re-formação da carioteca).
- Cariótipo: análise do conjunto de cromossomos; melhor avaliado em metáfase devido à visibilidade máxima.
Importância clínica e relação com câncer:
Alterações cromossômicas (aneuploidias, translocações, deleções) são frequentes em tumores; a análise de cariótipo e técnicas citogenéticas/fish em metáfase ajudam a identificar essas alterações, contribuindo para diagnóstico, prognóstico e escolhas terapêuticas.
Fontes recomendadas: Alberts et al., Molecular Biology of the Cell (cap. sobre ciclo celular e mitose); diretrizes de citogenética clínica e o ISCN (International System for Human Cytogenomic Nomenclature) para interpretação de cariótipos.
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