Sobre as áreas metropolitanas brasileiras, pode-se afirmar que elas

estão com o crescimento paralisado ou sofrendo encolhimento, em função das novas políticas de planejamento urbano.

constituem aglomerações modestas, em termos populacionais, em razão da inviabilidade do país em administrar áreas urbanas de grande porte demográfico.

surgiram nos anos 70 do século passado, a partir da conurbação das grandes cidades e cidades vizinhas, em consequência do crescimento populacional.

se originaram na década de 80 do século XX, no período do “milagre econômico”, e, atualmente, reúnem mais da metade da população do país.

foram construídas com a finalidade de resolver problemas de infraestrutura comuns, que conseguem solucionar com eficiência, graças ao planejamento prévio.

Gabarito comentado

Jair CaldeiraMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: C

Tema central: áreas metropolitanas — unidades territoriais formadas pela conurbação e por fortes relações socioeconômicas e de mobilidade entre uma cidade central e municípios vizinhos. Entender sua formação histórica e sua definição legal é essencial para responder.

Resumo teórico: a configuração metropolitana decorre do crescimento urbano e da expansão das cidades sobre municípios vizinhos (conurbação), intensificada nas décadas de crescimento industrial e urbanização do século XX. No Brasil, essas aglomerações passaram a ser objeto de definição e gestão por leis estaduais e, mais tarde, pelo Estatuto da Metrópole (Lei federal nº 13.089/2015), que regula a cooperação entre municípios para planejamento e gestão de serviços públicos de interesse comum.

Por que a alternativa C está certa: afirma que as áreas metropolitanas surgiram a partir da conurbação das grandes cidades e cidades vizinhas, em consequência do crescimento populacional. Isso sintetiza corretamente o processo urbano: expansão demográfica e econômica leva à junção física e funcional de cidades contíguas, formando aglomerações metropolitanas — fenômeno histórico observado a partir do século XX, com forte intensificação nas décadas de 60 e 70.

Análise das incorretas:

A — incorreta. Afirma crescimento paralisado ou encolhimento por novas políticas: na verdade, muitas áreas metropolitanas continuam crescendo e enfrentam desafios de gestão; políticas não paralisaram a expansão.

B — incorreta. Diz que são aglomerações modestas por inviabilidade administrativa: falso — várias regiões metropolitanas (ex.: RMSP, RM Rio) são densas e populosas; o problema é a gestão, não a “inviabilidade” que limitaria o tamanho.

D — incorreta. Erro temporal e factual: associa origem à década de 80 e ao “milagre econômico” (que ocorreu antes, nos anos 60–70) e afirma que reúnem mais da metade da população — exagero impreciso para caracterização histórica e causal.

E — incorreta. Diz que foram construídas para resolver problemas de infraestrutura e conseguem solucionar com eficiência: intenção de planejamento existe, mas, na prática, a coordenação intermunicipal é deficitária em muitos casos; afirmar eficiência generalizada é enganoso.

Dica de prova: desconfie de afirmações absolutas (sempre, conseguem solucionar com eficiência, mais da metade) e verifique datas/causas históricas. Relacione “conurbação” e “crescimento populacional” com surgimento metropolitano.

Fontes: IBGE (temas sobre urbanização) e Lei nº 13.089/2015 (Estatuto da Metrópole).

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