Sua Majestade, o café
“seca todo o humor frio, fortifica o fígado,
igualmente
Soberano contra a sarna e a corrupção do sangue,
refresca o coração e o bater vital dele...”
CD ROM, História do Brasil. Rio
de Janeiro: Editora ATR Multimedia.
No início do século XVIII, o café já era bem
conhecido na Europa, sendo considerado um
produto de luxo. Em terras brasileiras, segundo a
historiografia tradicional, somente na segunda
metade do século XVIII se tem notícias do seu
cultivo.
No que concerne à produção cafeeira no Brasil,
assinale com V as afirmações verdadeiras e com F,
as falsas.
( ) Por volta de 1760, já se tinha notícias a
respeito do cultivo do café nas cercanias da
cidade do Rio de Janeiro.
( ) As condições climáticas e geográficas
mostraram-se decisivas para o
desenvolvimento da cultura cafeeira no Rio
de Janeiro.
( ) Seguindo o crescimento da demanda
internacional, as plantações foram se
expandindo pelo Vale do Paraíba.
( ) A região do Oeste Paulista, que competia
com o Vale do Paraíba, entrou em
decadência ainda em princípios do século
XVIII.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa C — V, V, V, F.
Tema central: expansão cafeeira no Brasil colonial e imperial. É essencial entender cronologia (início no século XVIII), fatores geográficos/climáticos favoráveis e os eixos de expansão: Vale do Paraíba (RJ/SP) e, posteriormente, o Oeste Paulista (SP).
Resumo teórico: O café aparece no Brasil no século XVIII, com registros nas cercanias do Rio de Janeiro já na segunda metade do século. As características de altitude, drenagem e clima das encostas da Serra do Mar e do Vale do Paraíba favoreceram cultura e mecanismos de produção voltados à exportação. Com o tempo a fronteira cafeeira deslocou-se para oeste, principalmente em São Paulo, só consolidando-se no Oeste Paulista ao longo do século XIX — portanto, esse Oeste não entrou em decadência no início do século XVIII.
Justificativa das afirmações (sequência V, V, V, F):
1) Por volta de 1760 já havia notícias do cultivo nas cercanias do Rio de Janeiro — Verdadeiro. Fontes de historiografia situam os primeiros cultivos experimentais e de pequena escala no entorno da cidade do Rio desde meados do século XVIII.
2) Condições climáticas e geográficas foram decisivas para o desenvolvimento no Rio de Janeiro — Verdadeiro. O relevo e clima adequados das encostas e vales favoreceram produção rentável e sua ligação por via fluvial/rodoviária ao porto do Rio.
3) Em resposta à demanda internacional, plantações expandiram-se pelo Vale do Paraíba — Verdadeiro. O Vale do Paraíba foi eixo principal do ciclo cafeeiro na virada dos séculos XVIII/XIX, integrando produção e exportação.
4) A região do Oeste Paulista, que competia com o Vale do Paraíba, entrou em decadência ainda em princípios do século XVIII — Falso. O Oeste Paulista só ganhou força mais tarde (século XIX); não houve decadência nessa região no início do XVIII — ao contrário, a competição veio depois, com o deslocamento da fronteira agrícola para o Oeste paulista.
Fontes sugeridas para aprofundar: obras sobre história econômica do Brasil e estudos específicos sobre o café — por exemplo, sínteses de historiadores econômicos e artigos acadêmicos sobre o Vale do Paraíba e a expansão cafeeira paulista.
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