Apesar do avanço da cultura on line, o consumo de papel vem aumentando no mundo inteiro. A esse aumento de
demanda tem correspondido a expansão de culturas vegetais exóticas utilizadas em sua produção. Os campos do
Rio Grande do Sul não são exceção. Estão sofrendo alterações paisagísticas em virtude do cultivo de
monoculturas voltadas à extração de celulose para fabricação de papel. Nesse contexto, pode-se considerar como
ação atenuante frente ao impacto causado por esses monocultivos:
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa A
Tema central: impacto de monoculturas exóticas na paisagem e medidas de mitigação. É preciso entender conceitos de conectividade, corredores ecológicos e a diferença entre remanescentes nativos e áreas de cultivo exótico.
Resumo teórico (essencial): Corredores ecológicos são faixas de habitat que conectam fragmentos naturais, permitindo fluxo genético, movimentação de fauna e recolonização, reduzindo efeitos de fragmentação (edge effects, extinção local). Esses princípios vêm da Ecologia da Paisagem e de diretrizes de conservação (IUCN) e são coerentes com instrumentos de conservação no Brasil (p.ex. dispositivos do Código Florestal – Lei nº 12.651/2012 sobre conectividade e recuperação de áreas).
Por que a alternativa A é correta: preservar corredores entre remanescentes nativos mantém funcionalidade ecológica das populações nativas frente à expansão das monoculturas exóticas. Esses corredores mitigam perda de biodiversidade, facilitam deslocamento e troca genética, e ajudam a manter serviços ecossistêmicos — exatamente uma ação atenuante frente ao impacto das monoculturas.
Análise das alternativas incorretas:
- B – Diversificar exóticas não resolve o problema: espécies exóticas, mesmo diversas, podem competir com nativas, alterar solo e ciclos hidrológicos; não restauram conectividade nativa.
- C – Corredores entre pequenas áreas de cultivo de exóticas apenas conectariam habitats degradados, sem recuperar habitats nativos nem promover efetiva conservação da fauna e flora nativa.
- D – Mesmo conectando grandes áreas de cultivo exótico, a conexão de áreas exóticas não substitui corredores entre remanescentes nativos e pode ampliar propagação de pragas e espécies invasoras.
- E – Cultivar extensas áreas com uma única espécie exótica é a própria causa do impacto (monocultura) e não uma medida mitigadora.
Dica de interpretação: busque termos-chave no enunciado — "atenuante", "monocultivos", "remanescentes nativos" — e prefira medidas que favoreçam ecossistemas nativos e conectividade.
Fontes sugeridas: IUCN – guidelines on connectivity; Código Florestal (Lei nº 12.651/2012); Forman & Godron, Landscape Ecology.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!






