Texto referente à questão.
Pesquisadora sobre fogo na Amazônia
explica real situação da floresta.
A pesquisadora sênior da Universidade de Oxford, Dra. Erika Berenguer, é
uma das maiores referências sobre fogo em florestas tropicais do mundo.
Ela relata que um “aspecto importante a ser considerado é que incêndios
na floresta amazônica não ocorrem de maneira natural – eles precisam
de uma fonte de ignição antrópica. Ao contrário de outros ecossistemas,
como o Cerrado, a Amazônia não evoluiu com o fogo e esse não faz parte
de sua dinâmica. Isso significa que quando a Amazônia pega fogo, uma
parte imensa de suas árvores morrem, porque elas não têm nenhum tipo
de proteção ao fogo. Ao morrerem, essas árvores então se decompõem
liberando para a atmosfera todo o carbono que elas armazenavam,
contribuindo assim para as mudanças climáticas. O problema nisso é que
a Amazônia armazena muito carbono nas suas árvores - a floresta inteira
estoca o equivalente a 100 anos de emissões de CO2 dos EUA. Então
queimar a floresta significa colocar muito CO2 de volta na atmosfera.”
Disponível em: https://ciclovivo.com.br/planeta/meio-ambiente/pesquisadora-fogoamazonia-explica-real-situacao-floresta/ Acesso em 29 set. 2019
Os biomas tropicais reagem de forma diferente ao efeito do fogo. Considerando as
informações do texto e o processo de sucessão ecológica, é correto afirmar que
Texto referente à questão.
Pesquisadora sobre fogo na Amazônia explica real situação da floresta.
A pesquisadora sênior da Universidade de Oxford, Dra. Erika Berenguer, é uma das maiores referências sobre fogo em florestas tropicais do mundo. Ela relata que um “aspecto importante a ser considerado é que incêndios na floresta amazônica não ocorrem de maneira natural – eles precisam de uma fonte de ignição antrópica. Ao contrário de outros ecossistemas, como o Cerrado, a Amazônia não evoluiu com o fogo e esse não faz parte de sua dinâmica. Isso significa que quando a Amazônia pega fogo, uma parte imensa de suas árvores morrem, porque elas não têm nenhum tipo de proteção ao fogo. Ao morrerem, essas árvores então se decompõem liberando para a atmosfera todo o carbono que elas armazenavam, contribuindo assim para as mudanças climáticas. O problema nisso é que a Amazônia armazena muito carbono nas suas árvores - a floresta inteira estoca o equivalente a 100 anos de emissões de CO2 dos EUA. Então queimar a floresta significa colocar muito CO2 de volta na atmosfera.”
Disponível em: https://ciclovivo.com.br/planeta/meio-ambiente/pesquisadora-fogoamazonia-explica-real-situacao-floresta/ Acesso em 29 set. 2019
Gabarito comentado
Tema central da questão: Sucessão ecológica e adaptações dos biomas brasileiros ao fogo, com foco na floresta amazônica e no cerrado.
A sucessão ecológica é o processo de transformação das comunidades biológicas ao longo do tempo. Pode ser:
- Primária: Inicia-se em ambiente sem vida anterior nem solo formado (ex: rochas nuas).
- Secundária: Acontece quando há solo e matéria orgânica, mas a vegetação anterior foi removida (ex: após incêndios).
Análise dos biomas:
Floresta Amazônica: Sem adaptações naturais ao fogo. Incêndios levam à alta mortalidade de árvores, mas o solo permanece após a queimada, permitindo apenas sucessão secundária (não primária).
Cerrado: Possui adaptações ao fogo como cascas grossas, caules subterrâneos e raízes profundas. Por isso, após incêndios, espécies rapidamente rebrotem sem grandes mudanças na composição da comunidade.
Comentário sobre as alternativas:
A) Incorreta. Fala em “sucessão primária”, mas a Amazônia após queimadas passa por sucessão secundária, pois já existe solo e material biológico.
B) Incorreta. O cerrado não inicia “sucessão primária” após queimadas, pois há solo pré-existente. O correto seria sucessão secundária (quando ocorre).
C) Incorreta. O aumento de CO2 não reduz a fotossíntese automaticamente, já que CO2 é matéria-prima da fotossíntese; o que impede é a morte das árvores.
D) Correta. O cerrado evoluiu com o fogo. Suas adaptações evitam que o fogo cause mudanças profundas na comunidade, não desencadeando sucessão ecológica marcante.
E) Incorreta. Na Amazônia, após queimadas há sucessão secundária, não primária. No cerrado, geralmente, a composição das espécies é mantida, e não se observa uma “rápida sucessão secundária” como a descrita.
Estratégia para provas: Observe termos como primária vs. secundária, adaptações vs. vulnerabilidades dos biomas e generalizações. Preste atenção ao conceito de solo já existente!
Fontes de referência: Amabis & Martho (Biologia das Populações), Sônia Lopes (Bioecologia) e diretrizes do Enem/concursos na área de Ecologia Biológica.
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