A obesidade significa um excesso de gordura
corpórea, situação na qual a pessoa esta acima do
seu peso ideal. Só recentemente a obesidade foi
considerada como um importante problema
demográfico mundial pelas organizações
internacionais. Neste sentido, podemos afirmar:
Gabarito comentado
Alternativa correta: D
Tema central: a questão trata da obesidade como problema demográfico e de saúde pública global — conceito ligado à transição nutricional (mudança de padrões alimentares e de atividade física associada ao desenvolvimento/urbanização) e ao termo usado por organismos internacionais: globesity.
Resumo teórico rápido: a transição nutricional (Popkin) descreve o deslocamento de dietas baseadas em cereais e fibras para dietas ricas em calorias, açúcares, gorduras saturadas e alimentos ultraprocessados, acompanhado de menor atividade física. A OMS reconhece a obesidade como epidemia global (ver: WHO factsheets sobre obesity). Isso leva ao chamado “duplo fardo” em muitos países: coexistência de desnutrição e obesidade.
Por que D é correta: a OMS e a literatura científica usam expressões como “globesity” para chamar atenção ao aumento global da obesidade. A afirmação menciona corretamente a transição alimentar e o aumento do consumo de gorduras e alimentos processados — fenômeno observável tanto em países ricos quanto pobres, impulsionado por urbanização, mercados alimentares e publicidade. Fontes: WHO (factsheets sobre obesity), Popkin (estudos sobre nutrition transition).
Análise das alternativas incorretas:
A — incorreta: apesar do crescimento da obesidade em África subsaariana, Ásia e América Latina, atribuir isso apenas ao “consumo excessivo de alimentos” é simplista. Fatores como urbanização, alimentos ultraprocessados, sedentarismo e desigualdade são determinantes. Além disso, a prevalência ainda é menor que em países de alta renda em muitas regiões.
B — incorreta: a obesidade está associada a maior risco de doenças crônicas (diabetes, cardiopatias) e aumento da mortalidade em média; não aumenta a expectativa de vida. (Ver OMS/CDC sobre riscos relacionados à obesidade.)
C — incorreta: nos EUA a obesidade adulta supera 30%; em vários países europeus ultrapassa 15% — logo a afirmação é falsa. Japão é exceção com baixa prevalência, mas o enunciado generaliza incorretamente.
E — incorreta: redução crônica do consumo de alimentos em populações pobres relaciona-se a maior mortalidade e morbidade (desnutrição), não a baixos índices de mortalidade.
Dicas de prova: desconfie de afirmações absolutas; procure termos técnicos (transição nutricional, globesity); associe causas multifatoriais (não apenas “consumo excessivo”); atualize-se com dados da OMS/Ministérios de Saúde.
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