Vários especialistas e organizações ambientalistas
têm denunciado a continuidade do processo de
desmatamento e degradação dos ecossistemas
amazônicos, apontando como principais motivos o(a)
Na área da Floresta Amazônica, as
ocupações são feitas sem respaldo econômico
sustentável e, quase sempre, por meio de
grilagem ou de títulos concedidos pelo Incra.
E, depois da Constituição de 1988, os índios
passaram a ser donos de 13% do território
nacional, inclusive regiões de jazidas minerais
e grandes áreas de florestas nativas. Está
criado o cenário de disputas que levam à
violência e à degradação ambiental.
FERNANDES, B. M. et al (Org.). Geografia agrária:
teoria e poder. São Paulo:
Expansão Popular,
2007 (adaptado).
Na área da Floresta Amazônica, as ocupações são feitas sem respaldo econômico sustentável e, quase sempre, por meio de grilagem ou de títulos concedidos pelo Incra. E, depois da Constituição de 1988, os índios passaram a ser donos de 13% do território nacional, inclusive regiões de jazidas minerais e grandes áreas de florestas nativas. Está criado o cenário de disputas que levam à violência e à degradação ambiental.
FERNANDES, B. M. et al (Org.). Geografia agrária: teoria e poder. São Paulo:
Expansão Popular, 2007 (adaptado).
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema central: causas do desmatamento e da degradação na Floresta Amazônica. É preciso identificar os fatores socioeconômicos e produtivos que explicam a perda de cobertura florestal atualmente — especialmente a expansão agropecuária (pecuária extensiva e soja) e a extração ilegal de madeira.
Resumo teórico: A dinâmica do desmatamento na Amazônia é determinada por atividades econômicas de larga escala que convertem floresta em pastagem e áreas agrícolas (principalmente pecuária e monoculturas de soja) e por atividades predatórias (extração ilegal de madeira, garimpo). Fontes de acompanhamento: INPE/PRODES (monitoramento do desmatamento), políticas agrárias (INCRA) e Constituição Federal (reconhecimento de terras indígenas – art. 231) que influenciam disputas fundiárias.
Justificativa da alternativa B: Expansão da agropecuária extensiva e da soja é reconhecida como a principal causa do desmatamento na Amazônia — a pecuária ocupa grandes áreas e a soja promove conversão direta e pressiona por infraestrutura (estradas). Extração ilegal de madeira acelera a degradação e abre caminhos para ocupações. Relatórios do INPE e de órgãos ambientais confirmam esses vetores como dominantes nas últimas décadas.
Análise das alternativas incorretas:
A — Crescimento da população indígena e ribeirinha e migrações internas: população tradicional costuma usar recursos de forma extensiva e sustentável; o desmatamento em larga escala não é causado por comunidades indígenas/ribeirinhas. Migração interna tem papel, mas como facilitador associada a atividades econômicas (pecuária, madeireira), não como causa principal isolada.
C — Criação de polos industriais e projetos urbanos: projetos urbanos e industriais existem, mas são secundários como causa direta do desmatamento regional. A maior perda de floresta decorre mesmo do avanço agropecuário e ilegalidade na extração de madeira.
D — Extração da borracha em escala industrial e roças itinerantes: a borracha foi importante historicamente; roças itinerantes (corte-e-queima) causam impactos locais, mas têm menor escala e intensidade comparadas à pecuária e à soja atuais.
Dica de interpretação: ao ver "principais motivos", busque fatores de grande escala e impacto direto sobre cobertura florestal. Elimine alternativas que apontem causas históricas, locais ou de baixa escala quando o enunciado pede os determinantes atuais e estruturais.
Fontes úteis: Constituição Federal (1988, art. 231), INPE/PRODES (monitoramento do desmatamento), relatórios do MMA/IBAMA.
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