A placenta, uma das principais estruturas envolvidas no processo de desenvolvimento embrionário, surge
precocemente, estabelecendo as relações materno-fetais até o nascimento.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, analise as afirmativas a seguir.
I. O transporte de oxigênio e dióxido de carbono, através da placenta, se dá por simples difusão.
II. O sangue materno e fetal se mesclam nas vilosidades coriônicas da placenta.
III. A placenta é uma estrutura de origem mista, com um componente fetal e um materno.
IV. O vírus da rubéola pode atravessar a placenta e causar anomalias congênitas no feto.
Estão corretas apenas as afirmativas:
Gabarito comentado
Resposta correta: E — I, III e IV
Tema central: a placenta é o órgão que estabelece as trocas materno‑fetais. Para resolver a questão é necessário conhecer sua estrutura (vilosidades coriônicas fetais e decidua materna) e os mecanismos de transporte e de passagem de agentes infecciosos.
Resumo teórico objetivo:
Estrutura: a placenta tem origem mista — componente fetal (vilosidades coriônicas derivadas do córion) e materno (decídua uterina). Entre as vilosidades circula sangue materno no espaço intervilositário, sem mistura direta com o sangue fetal, que corre dentro dos capilares das vilosidades.
Transporte de gases: O2 e CO2 atravessam a barreira placentária por difusão simples, obedecendo gradientes de pressão parcial; o feto tem hemoglobina com maior afinidade por O2, otimizando a captação.
Permeabilidade a patógenos: Alguns vírus (ex.: rubéola) e outras substâncias podem atravessar a placenta e causar malformações — atenção à rubéola no 1º trimestre (síndrome da rubéola congênita).
Justificativa da alternativa E: I é correta porque O2 e CO2 atravessam por difusão simples. III é correta porque a placenta é de origem mista (fetal + materna). IV é correta porque o vírus da rubéola pode atravessar a barreira placentária e causar anomalias congênitas.
Análise das incorretas:
II (errada): afirma que o sangue materno e fetal se mesclam nas vilosidades coriônicas — isto não ocorre normalmente. Há proximidade e trocas através da barreira placentária, mas os dois sistemas sangüíneos permanecem separados; somente em situações patológicas pode haver hemorragia feto‑materna.
Dicas de prova: ao analisar afirmativas sobre placenta, pergunte-se: “origem (materna/fetal)?”, “mescla de sangue? (quase sempre não)”, “mecanismo do transporte (gases = difusão; solutos = transporte facilitado/ativo)”. Desconfie de enunciados que dizem “se mesclam” ou fazem afirmações absolutas sem contexto.
Fontes sugeridas: Langman’s Medical Embryology; Guyton & Hall — Tratado de Fisiologia Médica; CDC/WHO — recomendações sobre rubéola e gravidez.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!






