Questão c21dc90e-f2
Prova:Esamc 2018
Disciplina:História e Geografia de Estados e Municípios
Assunto:História e Geografia do Estado do Maranhão

Leia:

E o que dizer da Balaiada, no Maranhão? [...] A revolta chegou a reunir um exército de 2 mil rebeldes, reproduzindo o terror ocorrido no Haiti no século XVIII, quando os negros tomaram o poder e as propriedades dos brancos. Os balaios ainda tiveram o apoio de 3 mil escravos, que fugiram das fazendas [e] se aquilombaram [...]. Em 1839, conservadores e liberais superaram as suas divergências e passaram a unificar a luta contra os que ameaçavam a continuidade do sistema. [...] Em 1840, Luís Alves de Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias, assumiu a presidência da província do Maranhão. À frente de cerca de 8 mil homens, estavam dadas as condições para a grande repressão – que reuniu, ainda, lavradores, agregados, feitores e as poderosas famílias locais – contra a Balaiada e as diversas formas de resistência à escravidão.
(PRIORE, Mary Del. Histórias da Gente Brasileira – volume 2 – Império.
SP: LeYa Editora, 2016, p. 31-33.)

Uma das mais notáveis revoltas sociais do Período Regencial foi a Balaiada, que, inicialmente, contou com a participação e o apoio de, praticamente, todos os grupos econômicos e sociais da Província do Maranhão.

De acordo com o texto, podemos inferir que a repressão ao movimento foi motivada pelo (a):

A
desentendimento entre as lideranças populares e da elite em relação à questão da escravidão, uma vez que nas questões políticas e econômicas seus projetos coincidiam, não existindo disputas internas na província.
B
medo da “haitização” do Brasil, uma vez que a revolta, em sua faceta popular, contou apenas com a participação de negros livres e escravos fugidos, que, a partir de quilombos, atacavam as propriedades rurais.
C
direcionamento popular que o movimento adquiriu, levando as elites, bem como seus seguidores, a retirarem o apoio e auxiliarem na violenta repressão, comandada pelo futuro Duque de Caxias.
D
necessidade das elites maranhenses de impedir a ascensão das camadas populares ao poder da província, possível por conta das divergências entre as elites militar e agrícola.
E
enfraquecimento da rebelião a partir do momento em que as elites passaram a defender posições diferentes em relação à escravidão, tendo os liberais abolicionistas sido reprimidos junto com os líderes populares.

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