A crítica apresentada pelo Texto II em relação ao modelo proposto para a mesma atividade no
Texto I reflete uma preocupação sobre o seguinte aspecto socioambiental da região citada:
TEXTO I
Deve ser um padrão que aproveite as potencialidades regionais, onde temos vantagens
competitivas e até hoje, sem dúvida, a atividade pecuária é a que mais se destaca. Portanto,
deveríamos investir em agroindústrias no setor de beneficiamento de carnes e subprodutos
do boi (couro, farinha de sangue, osso etc.), bem como em laticínios, após investimentos
adequados para melhorar nossa pecuária de leite.
TEXTO II
O modelo da expansão agropecuária na região amazônica é o modelo, obviamente, da
expansão da pecuária paulista, feita através de grandes áreas, do sistema extensivo e com
grandes resultados negativos, principalmente em relação à questão ambiental.
NAVARRO, Z.; CONTINI, E.; MARTHA JÚNIOR, G. B. Amazônia: Diferentes contextos, diferentes interpretações
(Síntese das entrevistas). Brasília: Embrapa Estudos e Capacitação, 2011.
Disponível em: http://ainfo.cnptia.embrapa.br. Acesso em: 28 jul. 2015 (adaptado).
TEXTO I
Deve ser um padrão que aproveite as potencialidades regionais, onde temos vantagens competitivas e até hoje, sem dúvida, a atividade pecuária é a que mais se destaca. Portanto, deveríamos investir em agroindústrias no setor de beneficiamento de carnes e subprodutos do boi (couro, farinha de sangue, osso etc.), bem como em laticínios, após investimentos adequados para melhorar nossa pecuária de leite.
TEXTO II
O modelo da expansão agropecuária na região amazônica é o modelo, obviamente, da expansão da pecuária paulista, feita através de grandes áreas, do sistema extensivo e com grandes resultados negativos, principalmente em relação à questão ambiental.
NAVARRO, Z.; CONTINI, E.; MARTHA JÚNIOR, G. B. Amazônia: Diferentes contextos, diferentes interpretações (Síntese das entrevistas). Brasília: Embrapa Estudos e Capacitação, 2011. Disponível em: http://ainfo.cnptia.embrapa.br. Acesso em: 28 jul. 2015 (adaptado).
Gabarito comentado
Alternativa correta: B — Redução da cobertura florestal
Tema central: confronta-se uma proposta de investimento na pecuária e agroindústrias com uma crítica que aponta efeitos ambientais negativos. A chave é identificar qual impacto socioambiental é diretamente associado ao modelo extensivo de pecuária em grandes áreas.
Resumo teórico: o modelo extensivo de pecuária exige abertura de grandes áreas para pastagem, normalmente obtida pela derrubada e queima de floresta. Esse processo causa perda de cobertura florestal, fragmentação de habitats, alterações de ciclo hidrológico e emissões de carbono (monitoramento por INPE/PRODES; estudos da Embrapa e FAO sobre desmatamento e expansão da pecuária).
Justificativa da alternativa B: o Texto II descreve “expansão... feita através de grandes áreas, do sistema extensivo e com grandes resultados negativos, principalmente em relação à questão ambiental”. Esses termos remetem diretamente ao desmatamento para implantação de pastagens — ou seja, redução da cobertura florestal. Portanto, B é a resposta correta.
Análise das alternativas incorretas:
A — Diminuição do êxodo rural: a expansão da pecuária extensiva tende a concentrar terra e pode até gerar migração rumo a fronteiras agrícolas, não necessariamente reduzir o êxodo rural; não é o foco ambiental indicado pelo texto.
C — Elevação do índice pluviométrico: o desmatamento costuma reduzir a evapotranspiração e alterar regimes de chuva, podendo diminuir precipitação local/regional, não aumentá‑la. Logo, a alternativa é contrária ao efeito esperado.
D — Ampliação da prática extrativista: o extrativismo tradicional (castanha, borracha) é diferente da pecuária extensiva; o texto critica expansão agropecuária, não extrativismo. Portanto D não responde à crítica apontada.
Dica de interpretação: procure palavras-chave como “grandes áreas”, “sistema extensivo” e “resultados negativos” — elas indicam impacto sobre vegetação e solo. Elimine alternativas que tratam de efeitos sociais ou climáticos contrários ao sentido do texto.
Fontes recomendadas para aprofundar: relatórios do INPE (PRODES), publicações da Embrapa sobre uso da terra na Amazônia e materiais da FAO sobre pecuária e desmatamento.
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