Um exemplo dessa forma de apropriação de espaços é o(a)
Há uma evidência cada vez maior da existência de um número significativo de formas
comunitárias de apropriação de espaços, recursos naturais em várias regiões e ecossistemas
brasileiros. Essas formas, até recentemente, tiveram pouca visibilidade social, seja pelo
pouco poder político das comunidades locais, seja pelas agressões e investidas da grande
propriedade fundiária, das empresas mineradoras e madeireiras, que frequentemente resultam
na expropriação das terras de uso comunitário ou coletivo.
Disponível em: http://nupaub.fflch.usp.br. Acesso em: 4 ago. 2014.
Há uma evidência cada vez maior da existência de um número significativo de formas comunitárias de apropriação de espaços, recursos naturais em várias regiões e ecossistemas brasileiros. Essas formas, até recentemente, tiveram pouca visibilidade social, seja pelo pouco poder político das comunidades locais, seja pelas agressões e investidas da grande propriedade fundiária, das empresas mineradoras e madeireiras, que frequentemente resultam na expropriação das terras de uso comunitário ou coletivo.
Disponível em: http://nupaub.fflch.usp.br. Acesso em: 4 ago. 2014.
Gabarito comentado
Resposta correta: A - extrativismo vegetal no Norte.
Tema central: a questão aborda as formas comunitárias de apropriação de territórios e recursos naturais no Brasil — usos coletivos e tradicionais, ligados a populações locais (seringueiros, ribeirinhos, comunidades tradicionais) que manejam recursos de forma comunitária e de baixa escala.
Resumo teórico: o extrativismo vegetal na Amazônia (coleta de borracha, castanha-do-pará, açaí, cipó etc.) é um exemplo clássico de uso comunitário. Essas práticas deram origem a instrumentos legais de proteção territorial, como as Reservas Extrativistas (RESEX), previstas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação — SNUC (Lei nº 9.985/2000). Movimentos sociais (ex.: seringueiros e Chico Mendes) reivindicaram esse reconhecimento para proteger modos de vida coletivos.
Por que a alternativa A é correta: o enunciado cita "terras de uso comunitário ou coletivo" e agressões por grandes propriedades, minería e madeireiras — cenário típico da Amazônia, onde o extrativismo vegetal é praticado por comunidades tradicionais e reconhecido legalmente como uso coletivo (RESEX). Fonte: Lei nº 9.985/2000 (SNUC) e literatura sobre reservas extrativistas.
Análise das alternativas incorretas:
B - mineração do ferro no Sudeste: atividade de grande escala, capital-intensiva, propriedade privada/empresarial, não corresponde a apropriação comunitária.
C - cultivo da soja no Centro-Oeste: agronegócio em regime de latifúndio e monocultura, produção empresarial; não é forma comunitária de uso dos recursos.
D - economia canavieira no Nordeste: historicamente concentrada em grandes engenhos/latifúndios e trabalho assalariado/contratado; também não representa apropriação comunitária ou uso coletivo dos recursos.
Dica de prova: ao ler "uso comunitário ou coletivo", descarte imediatamente opções que descrevem grandes empreendimentos privados (mineração, soja, cana). Procure termos como "tradicional", "extrativismo", "reservas" ou referências a populações locais.
Principais referências: Lei nº 9.985/2000 (SNUC) — reservas extrativistas; estudos sobre seringueiros e movimentos socioambientais na Amazônia (ex.: ação de Chico Mendes).
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