Lamarck (1744-1829) anteviu o vínculo entre a civilização industrial e o colapso ambiental dizendo: “O homem, por seu
egoísmo tão pouco clarividente em relação a seus próprios interesses, por sua inclinação a explorar tudo o que está à sua
disposição, em suma, por sua incúria por seu porvir e pelo de seus semelhantes, parece trabalhar para o aniquilamento de
seus meios de conservação e a destruição de sua própria espécie. (...)”
Fonte: MARQUES, Luiz. Capitalismo e colapso ambiental./Luiz Marques, - Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2015. p. 14.
A tendência ao colapso desencadeado por crescentes desequilíbrios ambientais antropogênicos e a consciência da dinâmica desse problema são também sustentadas pela ciência. Sobre essa questão, todas as alternativas estão corretas,
exceto a:
Lamarck (1744-1829) anteviu o vínculo entre a civilização industrial e o colapso ambiental dizendo: “O homem, por seu egoísmo tão pouco clarividente em relação a seus próprios interesses, por sua inclinação a explorar tudo o que está à sua disposição, em suma, por sua incúria por seu porvir e pelo de seus semelhantes, parece trabalhar para o aniquilamento de seus meios de conservação e a destruição de sua própria espécie. (...)”
Fonte: MARQUES, Luiz. Capitalismo e colapso ambiental./Luiz Marques, - Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2015. p. 14.
A tendência ao colapso desencadeado por crescentes desequilíbrios ambientais antropogênicos e a consciência da dinâmica desse problema são também sustentadas pela ciência. Sobre essa questão, todas as alternativas estão corretas, exceto a:
Gabarito comentado
Alternativa correta (a exceção): B
Tema central: a relação entre a ação humana (industrialização, ocupação do território) e o colapso ambiental — conceitos como Antropoceno, consenso científico sobre mudanças climáticas, crise hídrica e impactos regionais (ex.: “rios voadores”).
Resumo teórico: O consenso científico sobre mudanças climáticas (IPCC) aponta para tendências de longo prazo — aquecimento global, aumento do conteúdo de calor dos oceanos, subida do nível do mar, perda de gelo — e reconhece causas antrópicas. O termo Antropoceno (Crutzen & Stoermer) descreve a era em que as atividades humanas deixam marca geológica e climática, especialmente desde a Revolução Industrial. No Brasil, a ocupação histórica avançou leste–oeste reduzindo Mata Atlântica e Cerrado e hoje pressiona a Amazônia; estudos (ex.: Antonio Nobre) mostram que o desmatamento pode comprometer a circulação de vapor (os “rios voadores”) e afetar a agricultura do Centro‑Sul. A crise hídrica envolve quantidade e qualidade da água, impulsionada por crescimento populacional, urbanização e industrialização.
Por que B é a resposta certa (ou seja, a afirmativa falsa)?
A alternativa B afirma que o consenso científico se limita a estudos de curto prazo centrados em temperatura e umidade. Isso é incorreto: o consenso cobre evidências de longo prazo e múltiplos indicadores (temperatura média, calor oceânico, elevação do nível do mar, derretimento de gelo, acidez dos oceanos etc.). Ou seja, B deturpa a abrangência e a robustez do conhecimento climático (ver relatórios do IPCC).
Análise das demais alternativas:
A — Correta: descreve bem a dinâmica histórica de ocupação no Brasil e o risco dos desmatamentos da Amazônia sobre a circulação atmosférica (rios voadores). Referência: estudos de Antonio Nobre e pesquisas sobre reciclagem de vapor da bacia amazônica.
C — Correta: qualidade e quantidade da água estão interligadas; a escassez hídrica é influenciada por população, urbanização e industrialização — princípio amplamente reconhecido em gestão de recursos hídricos (ex.: diretrizes da ONU/UN Water).
D — Correta: o conceito de Antropoceno enfatiza impactos humanos recentes (principalmente últimos dois séculos) que transformaram processos naturais; a redação usa metáfora (“natureza fecundada vs. bruta”) mas o sentido é compatível com a definição do termo (Crutzen).
Dicas de prova: atenção a palavras que limitam o alcance (curto prazo, apenas, exclusivamente). Em questões do tipo “exceto”, busque a alternativa que contradiz evidências científicas consolidadas.
Fontes práticas: Relatórios do IPCC; trabalhos de Paul Crutzen; estudos de Antonio Nobre sobre “rios voadores”.
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