Questão b7ec5726-e0
Prova:UEPB 2011, UEPB 2011
Disciplina:Literatura
Assunto:Modernismo, Escolas Literárias

Mario de Andrade assumiu uma perfeita “atitude antropofágica” sem estar completamente integrado no movimento de Oswald de Andrade. Encontrando a antropofagia na mitologia do índio, acolhe-a no romance, dá-lhe função simbólica, mas não a transforma na razão norteadora. A diferença básica e mais importante entre o livro e o filme é, portanto, que o canibalismo é a “razão norteadora” do filme, não, porém, do livro. Seria mais preciso dizer que o filme é Mário de Andrade e Oswald de Andrade “revistos” por Joaquim Pedro de Andrade à luz da situação sócio-econômica e política enfrentada pelo Brasil nos anos 60.

JOHNSON. R. Cinema e literatura. Macunaíma: do modernismo na literatura ao cinema novo. São Paulo: T.A.Queiroz, 1987 (adaptado).


Com base no fragmento acima do crítico de cinema Randal Johnson sobre o filme Macunaíma, NÃO é verdadeiro afirmar:

A
Trata-se de uma recusa do projeto estético do modernismo, principalmente da antropofagia de Oswald de Andrade e do caráter social do romance regionalista de 30, em busca de uma retomada alegórica dos grandes momentos da pornochanchada.
B
Releitura crítica da antropofagia e do modernismo brasileiro que introduz elementos da chanchada, simbolizados no filme pelo ator Grande Otelo, e do Tropicalismo, visível nos cenários e nos figurinos.
C
Atualização do projeto do modernismo, sobretudo dos manifestos de Oswald de Andrade e do romance de 30, articulando-os ao contexto brasileiro dos anos 60.
D
O contexto da ditatura militar brasileira e da resistência armada, bem como ecos dos movimentos civis e da juventude que culminaram com o maio de 68 em diversos países,inclusive no Brasil, são metaforizados no filme pela personagem Ci, representada pela atriz Dina Sfat, guerrilheira e amante do herói, com quem tem um filho.
E
Os diversos papéis representados pelos atores Grande Otelo (Macunaíma criança e filho de Macunaíma), e Paulo José (mãe de Macunaíma, príncipe e Macunaíma adulto) remetem à pluralidade identitária do herói, já presente no livro de Mario de Andrade.

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