Questão b52a95b8-ff
Prova:
Disciplina:
Assunto:
LAVADO, Joaquín Salvador (QUINO). In: ¡Qué mala es la gente!
Buenos Aires: Ediciones de la Flor, s/d. p. 106.
Puede interpretarse la historieta como
LAVADO, Joaquín Salvador (QUINO). In: ¡Qué mala es la gente! Buenos Aires: Ediciones de la Flor, s/d. p. 106.
Puede interpretarse la historieta como
A
un lamento por la pérdida del componente humano.
B
una visión nostálgica de la calidad del trabajo manual.
C
un elogio del progreso por haber eliminado la opresión.
D
una prueba de que es imposible satisfacer a todos.
E
una crítica del empresario que se ve como antagonista del
obrero.
Gabarito comentado
Anna Carolina Land Formada em Letras pela UFOP. Mestra em Linguística pela UERJ. tradutora, revisora de textos e professora de inglês e espanhol.
Quino foi um importante cartunista argentino, criador da personagem icônica Mafalda, uma menina de 6 anos de uma família de classe média argentina que tece críticas bem humoradas à organização política e social da Argentina e da América Latina, de forma geral (embora seus comentários sejam, ainda hoje, muito atuais no mundo inteiro).
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Nesta carge, Quino não fez muito diferente: manteve a crítica ao modo de produção capitalista, que foca na produção para geração de lucro sem considerar a importância da mão de obra humana (não só a nível de condições de trabalho, como sugerido por “no debo pagar vacaciones, cargas sociales, despidos" como também a nível psicológico, expresso na última tirinha: “cómo diablos hace uno para humillarlo, a un robot?!!!"). No cartun, as máquinas são o oposto dos trabalhadores em eficiência produtiva e nos baixos custos de manutenção, e, portanto, assemelham-se ao que o empresariado (representado pelo homem - branco, com processo de calvície já avançado) considera lucrativo. A máquina é tão próxima do ideal do empresariado que sequer aceita humilhação, o que leva o engravatado a concluir que a mão de obra humana era maravilhosa porque lhe permitia sentir-se superior ao humilhar aqueles que precisavam se sujeitar à hierarquia daquela companhia. O que deixa o empresário com expressão corporal raivosa ao final do quadrinho é a sua impossibilidade de tornar a máquina um de seus subordinados, do ponto de vista mesmo das relações de poder: se existe um que ordena, existe um subordinado. A máquina não é uma peça no tabuleiro de “quem manda, quem obedece", ela apenas obedece a comandos. Ela não se rebela, não cobra direitos básicos, não argumenta contra uma determinada orientação. A máquina é um espelho do empresário, mas não seu antagonista.
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Gabarito da Professora: Letra E.