Questão b03183a2-0a
Prova:
Disciplina:
Assunto:
A questão urbana brasileira expõe o drama de
um país que ainda possui um déficit habitacional
milionário, segundo pesquisa recente da Fundação
João Pinheiro (FJP, 2020), que constatou, para o ano
de 2019, um déficit habitacional de 5,876 milhões de
moradias, o que representa 8% dos domicílios
existentes no país. Considerando a urbanização
brasileira e o drama social da falta de moradias,
avalie as seguintes proposições:
I. A urbanização brasileira caracteriza-se por um
gradiente socioeconômico marcado por
profundas desigualdades e disparidades
socioespaciais, com verdadeiros abismos
sociais entre a camada mais pobre e a mais
rica da população.
II. A lógica da desordem espacial reflete a
histórica falta de planejamento urbano e/ou
inadequada execução da política urbana, o
que resulta em cidades mal providas de
infraestruturas, mobilidade urbana, meios de
consumo coletivos e equipamentos sociais.
III. A história da habitação no país só tem
conhecido, até o presente momento, dois
grandes programas habitacionais: o Banco
Nacional da Habitação (BNH) e o Programa
Minha Casa Minha Vida (PMCMV), e em que
pesem suas limitações, contradições e
problemas, foram programas que
conseguiram sanar o déficit habitacional entre
as camadas mais pobres da população.
IV. O encarecimento do preço da terra, a
valorização desigual do espaço urbano, a
periferização da população de baixa renda, a
baixa remuneração da classe trabalhadora e o
descaso com políticas habitacionais e urbanas
de cunho social por parte dos governantes
agravaram os componentes do déficit
habitacional, expondo as mazelas históricas
da urbanização brasileira em pleno século
XXI.
Está correto o que se afirma em
A questão urbana brasileira expõe o drama de
um país que ainda possui um déficit habitacional
milionário, segundo pesquisa recente da Fundação
João Pinheiro (FJP, 2020), que constatou, para o ano
de 2019, um déficit habitacional de 5,876 milhões de
moradias, o que representa 8% dos domicílios
existentes no país. Considerando a urbanização
brasileira e o drama social da falta de moradias,
avalie as seguintes proposições:
I. A urbanização brasileira caracteriza-se por um
gradiente socioeconômico marcado por
profundas desigualdades e disparidades
socioespaciais, com verdadeiros abismos
sociais entre a camada mais pobre e a mais
rica da população.
II. A lógica da desordem espacial reflete a
histórica falta de planejamento urbano e/ou
inadequada execução da política urbana, o
que resulta em cidades mal providas de
infraestruturas, mobilidade urbana, meios de
consumo coletivos e equipamentos sociais.
III. A história da habitação no país só tem
conhecido, até o presente momento, dois
grandes programas habitacionais: o Banco
Nacional da Habitação (BNH) e o Programa
Minha Casa Minha Vida (PMCMV), e em que
pesem suas limitações, contradições e
problemas, foram programas que
conseguiram sanar o déficit habitacional entre
as camadas mais pobres da população.
IV. O encarecimento do preço da terra, a
valorização desigual do espaço urbano, a
periferização da população de baixa renda, a
baixa remuneração da classe trabalhadora e o
descaso com políticas habitacionais e urbanas
de cunho social por parte dos governantes
agravaram os componentes do déficit
habitacional, expondo as mazelas históricas
da urbanização brasileira em pleno século
XXI.
Está correto o que se afirma em
A
I, II e IV apenas.
B
I, III e IV apenas.
C
II e III apenas.
D
I, II, III e IV.
Gabarito comentado
Marcelo SaraivaProfessor de Atualidades, formado em História (UFF) e Geografia (UFF)
Atualmente a esmagadora maioria da população brasileira vive em cidades e a urbanização brasileira foi rápida e intensa fatos esses que tornam o tema ainda mais importante de ser estudado. Sobre a urbanização brasileira e a falta de moradias julgamos as afirmativas.
I - Todas as grandes cidades brasileiras sofrem com a segregação socioespacial que é uma feição do espaço urbano diretamente relacionada as desigualdades provenientes de um processo de urbanização descontrolado e pautado pelos interesses econômicos.
II - A falta de um planejamento territorial que leve em consideração as disparidade socioeconômicas de uma população que migrou de cidades menores para cidades grandes é uma das principais causas desses grandes espaços de segregação urbana.
III - Ambos os programas buscaram, mas não conseguiram sanar o déficit habitacional brasileiro que atualmente, segundo dados do governo federal, está em torno de 5,8 milhões de moradias.
IV - A hegemonia dos interesses econômicos sobre os interesses sociais estão entre as principais causas do caótico planejamento territorial brasileiro e suas mazelas bem conhecidas.
GABARITO DO PROFESSOR: A