Estudos apontam que há um aumento dramático na liberação
de metano no fundo do Oceano Ártico, o que vem preocupando
ambientalistas de todo o mundo.
Essa intensa preocupação se deve ao fato de esse gás
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema central: liberação de metano (CH4) no Oceano Ártico e seus impactos climáticos. É importante saber a diferença entre efeitos climáticos (gases de efeito estufa) e efeitos tóxicos/biológicos locais.
Resumo teórico rápido e progressivo:
- O metano é um potente gás de efeito estufa: por molécula ele absorve mais radiação infravermelha que o CO2. Porém sua vida média na atmosfera é curta (~10–12 anos), enquanto CO2 persiste muito mais.
- O efeito é medido pelo GWP (Global Warming Potential): dependendo do horizonte temporal, o GWP do CH4 é muito maior que o do CO2 (valores típicos: ~28–34 em 100 anos e ~80–85 em 20 anos — IPCC). Isso significa que liberação intensa de metano amplifica o aquecimento global e pode causar retroalimentações climáticas (IPCC, NOAA).
Por que a alternativa B é correta:
A alternativa B descreve corretamente que o metano é muito mais potente que o CO2 no aprisionamento de calor por molécula, elevando o efeito estufa. Esse é o motivo principal da preocupação com emissões de metano do fundo do Ártico (IPCC AR6; NOAA).
Análise das alternativas incorretas:
A — Incorreta: o metano não é um veneno ambiental que, em pequenas quantidades, envenena comunidades. Em concentrações muito altas pode causar asfixia por deslocamento de O2, mas não é o mecanismo de preocupação ambiental primário.
C — Incorreta: o metano não "combina com o ozônio" para impedir a formação da camada de proteção estratosférica. Metano contribui para química do ozônio troposférico (poluição) e pode afetar óxidos de nitrogênio e radical OH, mas a destruição da camada estratosférica é historicamente ligada a CFCs e halocarbonetos.
D — Incorreta: metano não apresenta alta letalidade para todas as espécies; não é um agente universalmente letal no ambiente.
E — Incorreta: metano não impossibilita o metabolismo de saprófitos. A decomposição por saprófitos e processos microbianos são afetados por condições ambientais (oxigênio, temperatura), mas CH4 em si não "impede" saprófitos de decompor matéria.
Dica de prova / estratégia: ao ler alternativas, separe consequências climáticas (gases de efeito estufa) de efeitos tóxicos/biológicos locais; revise termos como GWP, vida atmosférica e mecanismos de destruição da camada de ozônio — isso evita confundir causas e efeitos.
Fontes: IPCC (AR6), NOAA Global Monitoring Laboratory; estudos sobre hidratos de metano (ex.: Shakhova et al.).
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