Em relação aos procedimentos utilizados no combate à dengue
é a de que
Instalados na Terra, há 300 milhões de anos, os insetos
Anopheles, Culex e Aedes tiveram tempo de acumular
estruturas, mecanismos fisiológicos e comportamentos que
lhes garantem refinadíssimas estratégias de sobrevivência
nos variados hábitats. A larva do mosquito Aedes aegypti se
alimenta de toda e qualquer matéria orgânica presente na água
onde vive. Ainda em seu hábitat aquático, passa dois dias
transformado em pupa, de onde emerge como seres alados,
entre os quais somente as fêmeas são hematófagas. Ao
escolher um recipiente com água limpa ou suja para depositar
os ovos do 4o
ciclo de postura, elas já terão vivido 17 dias como
adultas e podem encontrar, na mesma função, dezenas de
filhas nascidas dos seus primeiros ovos.No Brasil, vários anos após a instalação de uma epidemia de
dengue, convive-se com uma intensificação do fumacê. A crença
de alguns nos inseticidas químicos permanece inabalada.
Gabarito comentado
Alternativa correta: C
Tema central: controle de Aedes aegypti em saúde pública — entender qual fase do ciclo biológico é mais apropriada como alvo para reduzir populações e interromper transmissão de arbovírus.
Resumo teórico (essencial): o Aedes aegypti tem fases aquáticas (ovo, larva, pupa) e fase aérea (adulto). O ovo tolera dessecação; a larva e a pupa dependem de água; a pupa não se alimenta e dura ~2 dias; o adulto fêmea é o vetor hematófago. Medidas efetivas combinam eliminação de criadouros, controle larvário (biológico/larvicidas) e ações sobre adultos quando necessário. (Ministério da Saúde; OMS/PAHO).
Por que a alternativa C está correta: a fase larval é o alvo mais adequado porque impedir que as larvas se desenvolvam até a fase adulta evita o surgimento de novos vetores capazes de transmitir doenças. Intervenções como eliminação de criadouros, larvicidas ou controle biológico atuam diretamente nessa etapa, reduzindo a taxa de emergência de adultos — abordagem recomendada em programas de controle vetorial.
Análise das alternativas incorretas:
A: Falsa. Inseticidas químicos muitas vezes são não seletivos, causam impactos ambientais, e sua eficácia cai por resistência. Logo, não são método ideal isolado.
B: Falsa. Ciclo curto exige ações contínuas e sistemáticas (vigilância e mobilização comunitária), não intervenções esporádicas.
D: Falsa. Eliminar e vedar focos é fundamental, mas raramente suficiente para extinção, por ovos resistentes e criadouros ocultos; é preciso estratégia integrada.
E: Falsa. O “fumacê” (pulverização espacial) tem efeito transitório sobre adultos, não age sobre ovos/larvas e não comprova por si só controle sustentado da doença; é medida complementar em surtos.
Dicas de interpretação de prova: desconfie de termos absolutos como “apenas”, “suficientes”, “constitui um método seletivo” — frequentemente são pegadinhas. Procure alinhar alternativas com princípios biológicos e com recomendações de órgãos de saúde.
Fontes resumidas: Ministério da Saúde — Guias de vigilância e controle do Aedes aegypti; OMS/PAHO — diretrizes de controle vetorial.
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