Questão ac25dec1-ff
Prova:UNICENTRO 2019
Disciplina:Biologia
Assunto:Ecologia e ciências ambientais, Principais doenças endêmicas no Brasil, Qualidade de vida das populações humanas

Em relação aos procedimentos utilizados no combate à dengue é a de que

Instalados na Terra, há 300 milhões de anos, os insetos Anopheles, Culex e Aedes tiveram tempo de acumular estruturas, mecanismos fisiológicos e comportamentos que lhes garantem refinadíssimas estratégias de sobrevivência nos variados hábitats. A larva do mosquito Aedes aegypti se alimenta de toda e qualquer matéria orgânica presente na água onde vive. Ainda em seu hábitat aquático, passa dois dias transformado em pupa, de onde emerge como seres alados, entre os quais somente as fêmeas são hematófagas. Ao escolher um recipiente com água limpa ou suja para depositar os ovos do 4o ciclo de postura, elas já terão vivido 17 dias como adultas e podem encontrar, na mesma função, dezenas de filhas nascidas dos seus primeiros ovos.
No Brasil, vários anos após a instalação de uma epidemia de dengue, convive-se com uma intensificação do fumacê. A crença de alguns nos inseticidas químicos permanece inabalada. 

A
a utilização de inseticida químico constitui um método seletivo e, portanto, eficaz.
B
o ciclo biológico curto do Aedes requer, apenas, intervenções esporádicas do sistema público de saúde e da população.
C
a fase larval é o alvo mais adequado para o controle de populações do mosquito.
D
a eliminação e a vedação dos focos e potenciais criadouros urbanos de larvas são medidas suficientes para a extinção do Aedes.
E
o uso do “fumacê” tem confirmado a crença de sua eficácia no controle da doença.

Gabarito comentado

R
Robson FriasMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: C

Tema central: controle de Aedes aegypti em saúde pública — entender qual fase do ciclo biológico é mais apropriada como alvo para reduzir populações e interromper transmissão de arbovírus.

Resumo teórico (essencial): o Aedes aegypti tem fases aquáticas (ovo, larva, pupa) e fase aérea (adulto). O ovo tolera dessecação; a larva e a pupa dependem de água; a pupa não se alimenta e dura ~2 dias; o adulto fêmea é o vetor hematófago. Medidas efetivas combinam eliminação de criadouros, controle larvário (biológico/larvicidas) e ações sobre adultos quando necessário. (Ministério da Saúde; OMS/PAHO).

Por que a alternativa C está correta: a fase larval é o alvo mais adequado porque impedir que as larvas se desenvolvam até a fase adulta evita o surgimento de novos vetores capazes de transmitir doenças. Intervenções como eliminação de criadouros, larvicidas ou controle biológico atuam diretamente nessa etapa, reduzindo a taxa de emergência de adultos — abordagem recomendada em programas de controle vetorial.

Análise das alternativas incorretas:

A: Falsa. Inseticidas químicos muitas vezes são não seletivos, causam impactos ambientais, e sua eficácia cai por resistência. Logo, não são método ideal isolado.

B: Falsa. Ciclo curto exige ações contínuas e sistemáticas (vigilância e mobilização comunitária), não intervenções esporádicas.

D: Falsa. Eliminar e vedar focos é fundamental, mas raramente suficiente para extinção, por ovos resistentes e criadouros ocultos; é preciso estratégia integrada.

E: Falsa. O “fumacê” (pulverização espacial) tem efeito transitório sobre adultos, não age sobre ovos/larvas e não comprova por si só controle sustentado da doença; é medida complementar em surtos.

Dicas de interpretação de prova: desconfie de termos absolutos como “apenas”, “suficientes”, “constitui um método seletivo” — frequentemente são pegadinhas. Procure alinhar alternativas com princípios biológicos e com recomendações de órgãos de saúde.

Fontes resumidas: Ministério da Saúde — Guias de vigilância e controle do Aedes aegypti; OMS/PAHO — diretrizes de controle vetorial.

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