Na região cacaueira da Bahia, é fundamental preservar a jararaca, uma cobra que se alimenta de roedores
que comem o cacau, para manter as plantações de cacau. Os roedores, além de serem comidos pelas cobras,
também podem ser vítimas de piolhos, que se fixam na sua pele para sugar-lhes o sangue. Neste caso, os
tipos de relações ecológicas entre as cobras e os roedores, de um lado, e entre os piolhos e os roedores, de
outro, são, respectivamente, chamados de:
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa B — predatismo e parasitismo
Tema central: relações ecológicas entre espécies — como interações que envolvem ganho/perda de recursos (alimento, abrigo) e seus efeitos sobre as populações. É essencial distinguir predatismo, parasitismo, comensalismo e simbiose/mutualismo.
Resumo teórico objetivo:
- Predatismo: um organismo (predador) captura e come outro (presa), geralmente matando-o de forma rápida. Ex.: serpentes que comem roedores, leões que caçam zebras. (Fonte: Odum, E.P. — Ecologia)
- Parasitismo: um organismo (parasita) vive à custa de outro (hospedeiro), retirando recursos (como sangue) e causando dano, mas sem matar imediatamente; pode ser ectoparasita (externo) ou endoparasita (interno). Ex.: piolhos e carrapatos em mamíferos.
- Comensalismo: um indivíduo beneficia-se e o outro não é afetado ou tem efeito neutro. Ex.: anfípodes que seguem certos peixes; epífitas em árvores (se não as prejudicam).
- Simbiose (em provas): atenção — termo ambíguo. Em uso estrito refere-se a relações íntimas e duradouras, frequentemente sinônimo de mutualismo (ambos beneficiam). Mas alguns textos usam 'simbiose' genericamente para qualquer interação próxima; na banca, prefira a definição clássica (mutualismo).
Justificativa da alternativa B: A serpente que “se alimenta de roedores” mata e consome a presa → trata‑se de predatismo. Os piolhos que “se fixam na pele para sugar sangue” beneficiam‑se enquanto prejudicam o hospedeiro, sem matá‑lo imediatamente → é parasitismo. Assim, a ordem pedida no enunciado corresponde a predatismo (cobras–roedores) e parasitismo (piolhos–roedores).
Análise das alternativas incorretas:
- A (comensalismo e predatismo): errado — a relação cobra‑roedor não é comensalismo (o roedor é prejudicado/consumido).
- C (simbiose e comensalismo): errado — piolhos não são comensais (sugam sangue = prejudicam); e a cobra–roedor não é simbiose/mutualismo.
- D (parasitismo e simbiose): invertido e incorreto — cobra–roedor é predatismo, não parasitismo; piolhos–roedor é parasitismo, não simbiose (a menos que se interpretasse simbiose como parasitismo, o que é inadequado).
- E (predatismo e simbiose): apenas a primeira parte correta; piolhos não formam relação mutuamente benéfica com roedores.
Dica de prova: Foque em verbos e resultados: “se alimenta de” + morte imediata → predador/presa. “Fixa na pele para sugar sangue” → parasita (ectoparasita). Desconfie de “simbiose” nas alternativas — confirme se a banca usa o termo como mutualismo.
Referências sugeridas: Odum, E.P. (Ecologia); Begon, Harper & Townsend (Ecology) — capítulos sobre interação entre espécies.
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