No texto 2, ocorre derivação imprópria no termo destacado em:

Tema central: A questão aborda formação de palavras, com ênfase em derivação imprópria. Esse processo morfológico ocorre quando uma palavra muda de classe gramatical sem alteração estrutural, apenas pelo contexto. Segundo Celso Cunha & Lindley Cintra, “a palavra assume uma função e valor diferentes dos originais, sem modificação formal”.

Justificativa da alternativa correta:

A alternativa D (“a fim de que o objeto não chegasse sibilante como um projétil”) apresenta Derivação Imprópria. O termo “sibilante”, proveniente do particípio presente do verbo “sibilar” (produzir som agudo), passa a funcionar como adjetivo que qualifica “objeto”. Trata-se do emprego de uma forma originalmente verbal atuando como característica de um substantivo, fenômeno clássico de derivação imprópria, conforme exemplifica Bechara: “O passante (aquele que passa)”.

Análise das alternativas incorretas:

A) era: permanece verbo (ser), não mudou de classe gramatical.
B) tremulando: gerúndio do verbo “tremular”, ainda classificado como verbo.
C) indiferentes: adjetivo, qualificando o sujeito. Sem alteração de classe.
E) saudades: substantivo, emprego comum e sem mudança de classe.

Estratégia para resolver a questão:
Busque nas alternativas palavras usadas fora de sua classe original, sem alteração morfológica. Pergunte: “Esta palavra podia ser outra classe gramatical, pelo contexto?”. Atente-se a pegadinhas: verbos no gerúndio ou substantivos de uso comum, que não indicam mudança de classe.

Resumo da regra: Derivação imprópria é a mudança de classe gramatical sem alteração física da palavra.
Exemplo clássico: O jantar (substantivo) x Vamos jantar (verbo). Fique atento a esses usos em provas!

Bibliografia recomendada: Nova Gramática do Português Contemporâneo (Cunha & Cintra) e Moderna Gramática Portuguesa (Bechara), que detalham os processos de formação de palavras e oferecem diversos exemplos para prática.

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