Manuel Bandeira, poeta modernista, revela no texto acima uma das suas fortes características, a
tendência em:
Irene no céu
“Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.
Imagino Irene entrando no céu:
– Licença, meu branco!
E São Pedro, bonachão:
– Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.”
Irene no céu
“Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.
Imagino Irene entrando no céu:
– Licença, meu branco!
E São Pedro, bonachão:
– Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.”
Gabarito comentado
Tema central: A questão exige reconhecer uma característica marcante da poesia de Manuel Bandeira no contexto do Modernismo brasileiro: a fusão entre elementos subjetivos e objetivos na construção poética.
Explicação didática: O Modernismo brasileiro, especialmente na obra de Manuel Bandeira, valoriza o cotidiano, o simples, mas também o tom pessoal, intimista, sensível (subjetividade). O poeta alia experiências e sentimentos pessoais à observação objetiva do mundo, tornando singular o que é comum. No poema apresentado, Irene — uma personagem simples — é retratada com afeto, de modo direto, mas também permeada pela visão íntima do eu-lírico.
Justificativa da alternativa correta:
D) Associar subjetividade e objetividade.
É a resposta correta porque Bandeira enfatiza tanto sua perspectiva pessoal (afeto, imaginação, empatia) quanto a realidade externa (cotidiano, personagens humildes), integrando ambos sem separação rígida. A poesia dele transita naturalmente entre o sentir (subjetivo) e o observar (objetivo), como exemplifica o tratamento humanizado e direto dado a Irene.
Análise das alternativas incorretas:
A) Errada porque Bandeira costuma usar linguagem simples e acessível, não “cifrada” ou de difícil decifração.
B) Errada, já que o poeta valoriza e inclui minorias e marginalizados, dando-lhes voz e protagonismo.
C) Errada porque o foco de Bandeira é mais sensível e cotidiano do que metafísico ou abstrato.
E) Errada, pois embora seus problemas de saúde apareçam em sua poesia, eles não são sublimados, mas tratados de forma direta e realista.
Dica para provas: Atenção quando o enunciado mencionar “associação entre visão pessoal e o mundo externo”, pois isso geralmente remete à mescla de subjetividade e objetividade, essencial à obra de Bandeira.
Resumo: Manuel Bandeira é exemplo clássico de poeta que une sentimento pessoal ao olhar social, transformando o cotidiano em poesia universal. Essa leitura é fundamental para compreender o Modernismo e acertar questões similares.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!






