No último parágrafo, os travessões
A questão, abordam um fragmento de um artigo de Mônica Fantin sobre o uso dos tablets no ensino, postado na seção de blogues do jornal Gazeta do Povo em 16.05.2013:
Tablets nas escolas
Ou seja, não é suficiente entregar equipamentos tecnológicos cada vez mais modernos sem uma perspectiva de formação de qualidade e significativa, e sem avaliar os programas anteriores. O risco é de cometer os mesmos equívocos e não potencializar as boas práticas, pois muda a tecnologia, mas as práticas continuam quase as mesmas.
Com isso, podemos nos perguntar pelos desafios da didática diante da cultura digital: o tablet na sala de aula modifica a prática dos professores e o cotidiano escolar? Em que medida ele modifica as condições de aprendizagem dos estudantes? Evidentemente isso pode se desdobrar em inúmeras outras questões sobre a convergência de tecnologias e linguagens, sobre o acesso às redes na sala de aula e sobre a necessidade de mediações na perspectiva dos novos letramentos e alfabetismos nas múltiplas linguagens.
Outra questão que é preciso pensar diz respeito aos conteúdos digitais. Os conteúdos que estão sendo produzidos para os tablets realmente oferecem a potencialidade do meio e sua arquitetura multimídia ou apenas estão servindo como leitores de textos com os mesmos conteúdos dos livros didáticos? Quem está produzindo tais conteúdos digitais? De que forma são escolhidos e compartilhados?
Ou seja, pensar na potencialidade que o tablet oferece na escola — acessar e produzir imagens, vídeos, textos na diversidade de formas e conteúdos digitais — implica em repensar a didática e as possibilidades de experiências e práticas educativas, midiáticas e culturais na escola ao lado de questões econômicas e sociais mais amplas. E isso necessariamente envolve a reflexão crítica sobre os saberes e fazeres que estamos produzindo e compartilhando na cultura digital.
(Tablets nas escolas. www.gazetadopovo.com.br. Adaptado.)
Tablets nas escolas
Ou seja, não é suficiente entregar equipamentos tecnológicos cada vez mais modernos sem uma perspectiva de formação de qualidade e significativa, e sem avaliar os programas anteriores. O risco é de cometer os mesmos equívocos e não potencializar as boas práticas, pois muda a tecnologia, mas as práticas continuam quase as mesmas.
Com isso, podemos nos perguntar pelos desafios da didática diante da cultura digital: o tablet na sala de aula modifica a prática dos professores e o cotidiano escolar? Em que medida ele modifica as condições de aprendizagem dos estudantes? Evidentemente isso pode se desdobrar em inúmeras outras questões sobre a convergência de tecnologias e linguagens, sobre o acesso às redes na sala de aula e sobre a necessidade de mediações na perspectiva dos novos letramentos e alfabetismos nas múltiplas linguagens.
Outra questão que é preciso pensar diz respeito aos conteúdos digitais. Os conteúdos que estão sendo produzidos para os tablets realmente oferecem a potencialidade do meio e sua arquitetura multimídia ou apenas estão servindo como leitores de textos com os mesmos conteúdos dos livros didáticos? Quem está produzindo tais conteúdos digitais? De que forma são escolhidos e compartilhados?
Ou seja, pensar na potencialidade que o tablet oferece na escola — acessar e produzir imagens, vídeos, textos na diversidade de formas e conteúdos digitais — implica em repensar a didática e as possibilidades de experiências e práticas educativas, midiáticas e culturais na escola ao lado de questões econômicas e sociais mais amplas. E isso necessariamente envolve a reflexão crítica sobre os saberes e fazeres que estamos produzindo e compartilhando na cultura digital.
(Tablets nas escolas. www.gazetadopovo.com.br. Adaptado.)
Gabarito comentado
Tema central da questão: Esta questão avalia pontuação, especificamente o uso do travessão para isolar expressões explicativas ou especificativas em um texto, conforme as normas da Língua Portuguesa.
Regra gramatical envolvida: Segundo gramáticas consagradas, como Evanildo Bechara e Cunha & Cintra, o travessão pode ser empregado para destacar informações intercaladas que esclarecem ou detalham o termo anterior no período. Isso facilita a compreensão e pode realçar dados relevantes.
Justificativa da alternativa correta (C):
No trecho citado, entre os travessões encontra-se: “acessar e produzir imagens, vídeos, textos na diversidade de formas e conteúdos digitais”, expressão que funciona como uma especificação das potencialidades do tablet na escola. Ou seja, o que seria uma potencialidade? Justamente as ações descritas entre os travessões. Esse uso está de pleno acordo com a norma-padrão, pois explicita ao leitor, de modo claro, os exemplos das funcionalidades destacadas.
Análise das alternativas incorretas:
A) deixam o período principal menos longo.
Errada. O uso do travessão não reduz o tamanho do período, apenas intercala informação relevante ou esclarecedora.
B) acrescentam dados desnecessários ao parágrafo.
Errada. A informação entre travessões é necessária, porque complementa e exemplifica as potencialidades.
D) sugerem que o leitor deve prestar mais atenção ao argumento.
Errada. Embora o travessão realce, sua função principal aqui é explicativa, não de ênfase discursiva.
E) sinalizam a necessidade de reflexão crítica.
Errada. O trecho entre travessões não propõe uma reflexão direta, apenas especifica exemplos concretos.
Estratégias para provas: Tenha atenção ao identificar travessões: eles geralmente inserem explicações, exemplos ou especificações. Questões sobre “função do travessão” normalmente exigem leitura atenta do contexto, para distinguir explicação (especificação) de simples ênfase ou interrupção.
Resumo: O uso dos travessões, conforme a norma-padrão, é esclarecer ou detalhar informações, jamais apenas para reduzir frases, acrescentar conteúdos desnecessários ou provocar reflexão direta.
Gabarito: C) especificam virtualidades dos tablets.
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