Os empreendimentos culturais se concentram preferencialmente nas áreas das
cidades onde vivem as classes sociais A e B. As regiões consideradas pouco atrativas para
eventos de grande porte geralmente não recebem tais investimentos. Isso revela que existe
um processo de seletividade dos empreendimentos culturais, públicos ou privados, no
âmbito das cidades.
Um dos critérios que contribuem para a exclusão de uma região na instalação de um
empreendimento cultural é a
Os empreendimentos culturais se concentram preferencialmente nas áreas das cidades onde vivem as classes sociais A e B. As regiões consideradas pouco atrativas para eventos de grande porte geralmente não recebem tais investimentos. Isso revela que existe um processo de seletividade dos empreendimentos culturais, públicos ou privados, no âmbito das cidades.
Um dos critérios que contribuem para a exclusão de uma região na instalação de um empreendimento cultural é a
Gabarito comentado
Alternativa correta: D
Tema central: trata-se da seletividade espacial dos empreendimentos culturais nas cidades — por que eles se concentram em áreas de maior renda e negligenciam regiões com menor atratividade socioeconômica. Esse é um tema clássico da Geografia Cultural e Urbana, ligado à segregação socioespacial e às lógicas de mercado e consumo cultural.
Resumo teórico. Empreendimentos culturais (museus, teatros, casas de espetáculo, galerias) seguem critérios de viabilidade econômica, acessibilidade e público-alvo: concentram-se onde há maior renda, densidade de consumo e capital simbólico. Regiões com menor concentração de renda tendem a ser excluídas por oferecerem menor retorno e menor demanda pagante. Conceitos úteis: segregação socioespacial (Milton Santos), centralidade e produção do espaço (Lefebvre, Harvey).
Justificativa da alternativa D: A alternativa D afirma que a exclusão decorre da menor concentração de renda, devido ao processo de segregação socioespacial. Isso explica diretamente por que investidores e gestores culturais evitam essas áreas: público com poder aquisitivo reduzido, menor consumo de serviços culturais e riscos econômicos maiores. Logo, D é coerente com a teoria urbana e com a realidade observada nas cidades.
Análise das alternativas incorretas
A — "elevada despesa com aquisição dos imóveis em regiões com renda alta e média": isso explicaria exclusão de áreas ricas (por custo), mas o enunciado trata da ausência em áreas menos atrativas; portanto não responde ao problema descrito.
B — "grande concentração de pessoas e incapacidade de atender a todos": densidade populacional costuma ser atrativa, não motivo de exclusão; além disso, empreendimentos lidam com capacidade com gestão, não pela simples concentração.
C — "importância do setor financeiro que se sobrepõe aos empreendimentos culturais": embora o setor financeiro influencie o uso do solo, essa alternativa é genérica e não identifica o critério espacial direto (renda/segregação) que explica a seletividade.
Dica de prova: ao ver termos como "exclusão" e "região pouco atrativa", imediatamente busque conceitos de renda e segregação socioespacial. Elimine alternativas que invertam a lógica (custos em áreas ricas) ou que sejam vagas.
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