Questão 93b789a2-4a
Prova:ENEM 2015
Disciplina:Espanhol
Assunto:Interpretação de Texto | Comprensión de Lectura

Desde luego que para quienes continuamos escribiendo en quechua, en aymara o en las lenguas amazónicas, o recreamos en castellano el subyugante universo andino, el mayor obstáculo es, sin duda, el lenguaje: cómo hacer verosímil — mediante la palabra — lo que de por sí es increíble en ese arcano territorio donde las fronteras entre vida/muerte, mundo natural/sobrenatural, no existen y es común, más bien, toparse en un cruce de caminos con un ángel andariego o recibir, tal vez, en una siembra de papas, la visita inesperada de un familiar muerto que viene — del más allá — a prevenirnos sobre el clima o porque simplemente tiene sed y desea un poco de chicha de maíz. No obstante a ello, la poesía quechua contemporánea, la escrita por Alencastre por ejemplo, tiene autor y códigos propios y ya no más ese carácter colectivo, anónimo y oral de los inicios, cuando estaba conformada por oraciones e himnos que, de acuerdo a su naturaleza, eran wawakis (invocaciones para enterrar a un infante muerto), hayllis (poesía épica), harawis (poesía amorosa), qhaswas (cantos de regocijo), wankas, entre otros. Ni siquiera la luminosa personalidad de José María Arguedas confinó al limbo al poeta Alencastre, de quien dijo era el más grande poeta quechua del siglo XX.

GONZÁLEZ, O. Disponível em: www.lenguandina.org. Acesso em: 30 jul. 2012.


Segundo Odi González, embora seja difícil dar verossimilhança ao universo cultural andino ao escrever em línguas indígenas ou em castelhano, nos dias de hoje, a poesia quíchua

A
baseia-se na tradição oral.
B
constitui-se de poemas cerimoniais.
C
costuma ter um caráter anônimo.
D
possui marcas autorais.
E
busca uma temática própria.

Gabarito comentado

Anna Carolina Land Formada em Letras pela UFOP. Mestra em Linguística pela UERJ. tradutora, revisora de textos e professora de inglês e espanhol.
Odi González é um poeta peruano e professor de língua Quechua na New York University (EUA). Ele recebeu prêmios por suas produções poéticas, sendo o mais relevante deles o César Vallejo Poetry Prize, do Peru. 

Entre as linhas 7 e 8, o autor afirma que “la poesía quechua (...) tiene autor y códigos própios y ya no más ese carácter colectivo, anónimo y oral de los inicios", o que releva que, antigamente, ela era anônima, porém na época contemporânea assume traços os quais favorecem a distinção autoral das produções. 

A) Entre as linhas 7 e 8, o autor afirma que “la poesía quechua (...) tiene autor y códigos própios y ya no más ese carácter colectivo, anónimo y oral de los inicios", o que releva que, antigamente, ela era tradicionalmente oral, característica que já não se mantém. INCORRETA 

B) Nas linhas 10 e 11, afirma-se que, antigamente, as poesias referiam-se a “oraciones e himnos que, de acuerdo a su naturaleza, eran wawakis (invocaciones para enterrar a un infante muerto), hayllis (poesía épica), harawis (poesía amorosa), qhaswas (cantos de regocijo)". A marcação temporal no pretérito indica que essas eram características daquele tempo, pelo que é possível deduzir que, na contemporaneidade, esses usos podem ser distintos. INCORRETA 

C) Nas linhas 8 e 9, afirma-se que, ao contrário das características antigas, a poesia quechua na contemporaneidade não tem mais “ese carácter colectivo, anónimo". INCORRETA 

D) Entre as linhas 7 e 8, o autor afirma que “la poesía quechua (...) tiene autor y códigos própios y ya no más ese carácter colectivo, anónimo y oral de los inicios", o que releva que, antigamente, ela era anônima, porém na época contemporânea assume traços os quais favorecem a distinção autoral das produções. CORRETA 

E) Na linha 5, o autor defende que existe uma variedade de temas que se entrecruzam ao mencionar que os leitores podem “toparse en un cruce de caminos". Assim, as possibilidades temáticas não são específicas, mas diversas. INCORRETA 


Gabarito da Professora: Letra C.

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