“Aglomeração urbana inchada, fenômeno típico dos países subdesenvolvidos. Não oferece adequadas condições de vida aos seus moradores no tocante a serviços básicos e de infraestrutura, como saúde, educação, saneamento, iluminação, emprego [...]”.

(TAMDJIAN, James Onnig & MENDES, Ivan Lazzari. Geografia Geral e do Brasil: Estudos para a compreensão do espaço. São Paulo: FTD, 2004. p.37)

As características apresentadas definem o que se conhece por

Resposta correta: D — macrocefalia urbana

Tema central: trata-se de processos de urbanização e seus problemas nos países em desenvolvimento — especialmente a concentração exagerada de população e funções num único centro urbano, com déficit de serviços e infraestrutura.

Resumo teórico: Macrocefalia urbana (ou primazia urbana exagerada) é o fenômeno pelo qual uma cidade concentra desproporcionalmente população, atividades econômicas e serviços em relação às demais cidades do país, resultando em superlotação, falta de saneamento, habitação precária e desemprego. É um conceito usado em geografia urbana para explicar desequilíbrios espaciais e sociais (ver Tamdjian & Mendes, 2004; discussões em IBGE sobre hierarquia urbana).

Por que a alternativa D está correta: o enunciado fala em “aglomeração urbana inchada” e “não oferece adequadas condições de vida” — descritores típicos de uma cidade que cresceu de forma concentrada e desordenada, ou seja, macrocefalia urbana. O foco não é apenas continuidade física ou delimitação administrativa, mas o problema funcional e social causado pela concentração extrema.

Análise das alternativas incorretas:

A — Município: termo administrativo-político. Indica unidade territorial com governo local; não descreve, por si só, um problema de superconcentração ou deficiência de serviços.

B — Conurbação: refere-se à união física de áreas urbanas contíguas de dois ou mais municípios (continuidade do tecido urbano). Pode existir sem o quadro de “inchamento” e não enfatiza o déficit de serviços como essência do conceito.

C — Área metropolitana: é uma unidade conurbada e funcional formada por lei estadual para integrar uma cidade central e municípios vizinhos, com objetivos de planejamento. É uma delimitação administrativa/operacional; não define necessariamente a condição de “inchaço” e precariedade descrita.

Dica de prova / interpretação: procure palavras-chave que indiquem condição funcional ou problema (ex.: “inchada”, “não oferece adequadas condições”) — isso aponta para um conceito explicativo (macrocefalia) e não para termos administrativos ou puramente físicos.

Fontes recomendadas: Tamdjian & Mendes (2004) — Geografia Geral e do Brasil; definições e textos do IBGE sobre hierarquia urbana, metrópoles e conurbação.

Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!