O processo de modernização agrícola, iniciado ainda no final do século XIX, com os avanços da energia a vapor, da mecânica, da genética vegetal, dos descobrimentos da química agrícola, tem continuidade, em âmbito mundial, nos setores agrários capitalizados. Esta Segunda Revolução Agrícola, apoiada por um conjunto de incentivos de políticas agrárias nos Estados Unidos e na Europa, e daí para os países em desenvolvimento, ficou conhecida internacionalmente como:

Resposta: Alternativa B — Revolução Verde

Tema central: a questão trata da modernização agrícola ocorrida no século XX, marcada por tecnologias (mecânica, genética vegetal), uso de fertilizantes e pesticidas e políticas públicas que promoveram difusão em países em desenvolvimento.

Resumo teórico: a Revolução Verde (décadas de 1940–1970) corresponde à adoção massiva de variedades de alto rendimento (HYV), fertilizantes sintéticos, pesticidas, irrigação e mecanização, apoiada por políticas de crédito, extensão rural e pesquisa. Iniciou-se em centros como México e EUA e foi difundida em países como Índia e Paquistão, aumentando dramaticamente a produção de cereais. Fontes relevantes: relatórios da FAO e a obra sobre Norman Borlaug (Prêmio Nobel da Paz, 1970), pioneiro das HYV.

Por que a alternativa B está correta: os termos do enunciado — mecânica, genética vegetal, química agrícola e política de incentivos nos EUA/Europa com difusão para países em desenvolvimento — descrevem exatamente as características e o processo histórico da Revolução Verde.

Análise das alternativas incorretas:

A — Revolução Transgênica: refere‑se ao uso de organismos geneticamente modificados (OGMs), tecnologia posterior (a partir dos anos 1970–90) e mais específica à modificação genética por engenharia, não ao amplo pacote tecnológico e político descrito no enunciado.

C — Agricultura Biodinâmica: método orgânico/esotérico desenvolvido por Rudolf Steiner, voltado a práticas sustentáveis e espirituais, distinto do modelo industrial e químico da Revolução Verde.

D — Permacultura: proposta de desenho agrícola sustentável surgida na década de 1970, com foco em agroecologia e baixo insumo, oposta ao modelo capitalizado e intensivo em insumos químicos mencionado.

E — Agroecologia: campo científico e movimento social que prioriza sustentabilidade, biodiversidade e justiça social — é uma resposta crítica ao modelo da Revolução Verde, não a mesma coisa.

Dica de prova: procure palavras‑chave históricas (décadas, políticas de difusão, países em desenvolvimento, pacote tecnológico). Se vir “pacotes” de insumos + políticas públicas de difusão em massa, pense em Revolução Verde; se for tecnologia genética específica ou princípios sustentáveis, descarte‑a.

Fontes sugeridas: FAO (relatórios sobre produção agrícola), descrições históricas sobre Norman Borlaug e estudos clássicos sobre a Revolução Verde.

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