“Por meio da interligação dos reservatórios por um canal, o chamado modelo de usina a fio
d’água permitiu que Belo Monte ocupasse uma área 60% menor do que a prevista no projeto
original. A mudança garantiu que nenhuma aldeia indígena próxima ao empreendimento fosse
inundada e a hidrologia do rio ____________________, preservada. A piracema também não
foi comprometida, graças à colocação de escadas de peixes que preservam o equilíbrio da
fauna aquática do rio”.
Disponível em http://www.brasil.gov.br/governo/2016/05/dilma-inaugura-usina-hidreletrica-de-belo-monte,
acessado em agosto de 2016.
O nome do rio que completa corretamente as lacunas do texto acima é:
Gabarito comentado
Resposta correta: A - Xingu
Tema central: trata-se de Geografia Física aplicada a empreendimentos hidrelétricos — especificamente o impacto espacial e ambiental de usinas (modelo fio d’água), a relação com populações indígenas e processos ecológicos como a piracema (migração reprodutiva de peixes).
Resumo teórico (claro e progressivo): O modelo fio d’água (run-of-river) busca aproveitar vazões do rio com reservatórios reduzidos, diminuindo área alagada e impactos socioambientais comparado a barragens a fio de grande represamento. Conserva melhor a dinâmica hidrológica do curso d’água e tende a preservar trechos de corredeira e ecossistemas ribeirinhos, embora não elimine todos os impactos. Medidas como escadas de peixes tentam atenuar impedimentos à piracema. Fontes de referência: documentos do Ministério de Minas e Energia, estudos do IBAMA e relatórios técnicos sobre Belo Monte.
Justificativa da alternativa correta: Belo Monte é a usina hidrelétrica localizada no rio Xingu, no estado do Pará. O projeto foi readequado para um arranjo em parte do tipo fio d’água, reduzindo a área inundada em relação ao desenho inicial — fato amplamente divulgado em informes do governo e da empresa responsável na inauguração da usina (2016). A menção à preservação de aldeias indígenas próximas e à piracema refere-se diretamente às controvérsias e às medidas mitigadoras associadas à barragem no Xingu (Volta Grande do Xingu).
Análise das alternativas incorretas:
B - Madeira: rio com grandes usinas (Santo Antônio, Jirau) em Rondônia; não corresponde a Belo Monte.
C - Teles Pires: afluente associado ao complexo do Tapajós (usinas já projetadas/executadas), mas distinto do Xingu e de Belo Monte.
D - Juruá: rio importante no Amazonas, porém sem ligação com o empreendimento Belo Monte.
E - Guaporé: rio de fronteira entre RO/MT e Bolívia, também não relacionado ao projeto em questão.
Estratégia de prova: ao ver “Belo Monte”, associe imediatamente ao rio Xingu. Procure termos-chaves (aldeias indígenas, redução de área inundada, escadas de peixes) que situam o enunciado na Amazônia e remetam ao debate público sobre essa usina — isso elimina as alternativas que citam outros rios amazônicos ou bacias não vinculadas.
Fontes sugeridas: comunicados oficiais sobre Belo Monte (Governo Federal/Eletrobras), relatórios do IBAMA e estudos acadêmicos sobre impactos de usinas fio d’água.
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