Questão 8eef34ff-b0
Prova:UEL 2016
Disciplina:Biologia
Assunto:Relações ecológicas, Ecologia e ciências ambientais

Mimetismo é um termo utilizado em biologia, a partir da metade do século XIX, para designar um tipo de adaptação em que uma espécie possui características que evoluíram para se assemelhar com as de outra espécie. As observações do naturalista Henry Walter Bates, estudando borboletas na Amazônia, levaram ao desenvolvimento do conceito de mimetismo batesiano.


É correto afirmar que o mimetismo batesiano é uma adaptação em que

A
a fêmea de algumas espécies de inseto é imitada por flores que se beneficiam da tentativa de cópula do macho para sua polinização.
B
uma espécie apresenta características que a assemelham ao ambiente, dificultando sua localização por outras espécies com as quais interage.
C
um modelo inofensivo é imitado por um predador para se aproximar o suficiente de sua presa a ponto de capturá-la.
D
um modelo tóxico ou perigoso é imitado por espécies igualmente tóxicas ou perigosas.
E
um modelo tóxico ou perigoso é imitado por espécies palatáveis ou inofensivas.

Gabarito comentado

P
Pâmela ArrudaMonitor do Qconcursos

Resposta correta: Alternativa E

Tema central: mimetismo — tipo de adaptação em que uma espécie (o mímico) evolui semelhança com outra (o modelo). No mimetismo batesiano, um modelo tóxico ou perigoso é imitado por espécies palatáveis ou inofensivas, que assim reduzem a predação ao enganar inimigos que aprenderam a evitar o padrão de advertência.

Resumo teórico: o mimetismo batesiano (H. W. Bates, 1862) ocorre quando o mimético é beneficiado pela reputação antipredatória do modelo. Predadores aprendem a associar cores/padrões a perigo; a imitação confere vantagem de sobrevivência ao mimético. Fontes: Bates (1862); livros de ecologia como Begon et al. e Krebs explicam os tipos de mimetismo (Batesiano vs Mülleriano vs mimetismo agressivo).

Justificativa da alternativa correta (E): a alternativa E descreve exatamente o princípio do mimetismo batesiano — um modelo tóxico/perigoso (sinal de advertência) é copiado por espécies palatáveis, que assim evitam serem comidas, aproveitando a experiência negativa dos predadores com o modelo.

Análise das alternativas incorretas:

A — descreve mimetismo sexual ou fraude floral (flores que imitam fêmeas para atrair machos). Não é mimetismo batesiano; é mecanismo de polinização por engano.

B — refere-se a camuflagem (coloration críptica), que aproxima o organismo do ambiente para evitar detecção. Camuflagem não envolve imitar outra espécie com vantagem por sinal de advertência.

C — descreve mimetismo agressivo: um predador inofensivo imita um modelo também inofensivo para se aproximar da presa. Papéis invertidos em relação ao batesiano; objetivo é facilitar predação, não evitar ser predado.

D — define mimetismo mülleriano, onde espécies igualmente tóxicas/perigosas compartilham aparência comum, beneficiando-se mutuamente ao reforçar o aprendizado do predador. É distinto do batesiano porque ambos os parceiros são desagradáveis.

Dica para provas: identifique quem é o modelo (tóxico/inofensivo?) e quem se beneficia. Palavras-chave: "palatável/inofensivo" + "imita modelo tóxico" → Batesiano. Cuidado com termos que apontam mútuo prejuízo/benefício (Müllerian) ou papéis de predador/presa (mimetismo agressivo).

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