Questão 8d4b427a-ef
Prova:CÁSPER LÍBERO 2015
Disciplina:Geografia
Assunto:Geografia Física, Hidrografia

A região metropolitana de São Paulo vive sua maior crise hídrica desde 1930, quando começaram as medições nos sistemas de reservatórios fornecedores de água. A situação é pior no sistema Cantareira, cujo nível bate sucessivos recordes negativos desde o início do ano. Responsável pelo abastecimento de 8,8 milhões de pessoas – quase a metade da população da Grande São Paulo – o Cantareira opera com o volume útil esgotado desde julho. A utilização inédita da reserva técnica, que fica abaixo das comportas das represas, fez o nível do reservatório subir a 18,5%.

Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/crise-hidrica/ Acesso 11-09-2015.


Dentre os fatores que justificam as condições relacionadas ao estresse hídrico em São Paulo, descritos no texto, encontra-se

A
o aumento do consumo na região amazônica.
B
a concentração populacional e produtiva na região.
C
a construção de açudes na região do semiárido.
D
a ocorrência da Zona de Convergência Intertropical.
E
a abertura ilimitada de poços artesianos na cidade.

Gabarito comentado

J
Jair CaldeiraMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: B - a concentração populacional e produtiva na região.

Tema central: a questão trata de estresse hídrico urbano — quando a demanda por água supera a disponibilidade dos sistemas de abastecimento. É essencial compreender fatores como: demanda crescente por população e atividades econômicas, variabilidade climática (menos chuvas), e limitações dos sistemas de reservatórios.

Resumo teórico: o estresse hídrico em regiões metropolitanas resulta da combinação de alta demanda (consumo doméstico, industrial, agrícola), perda de água por vazamentos, impermeabilização do solo (reduz recarga), e redução de aporte hídrico por secas. Em metrópoles como São Paulo, sistemas superficiais (represas) são sensíveis a longos períodos secos e ao consumo concentrado.

Justificativa da correta (B): a concentração populacional e produtiva na Grande São Paulo eleva fortemente a demanda por água. Reservatórios como o Cantareira foram projetados para atender grandes volumes; quando cresce a população e a atividade industrial sem correspondente ampliação de oferta e gestão eficiente, os níveis caem. Além disso, áreas urbanas impermeabilizadas reduzem recarga de aquíferos, agravando a dependência de reservatórios. Fontes: ANA (Agência Nacional de Águas) — relatórios sobre disponibilidade e demanda; manuais de gestão de recursos hídricos.

Análise das incorretas:

A — aumento do consumo na região amazônica: irrelevante para o abastecimento de São Paulo; a Amazônia não alimenta os sistemas de reservatórios paulistas.

C — construção de açudes no semiárido: também não se relaciona com o funcionamento do sistema Cantareira, que depende de bacias locais do Sudeste.

D — Zona de Convergência Intertropical (ZCIT): fenômeno tropical que influencia chuvas na faixa equatorial; o clima de SP é mais afetado por frentes frias, o bloqueio atmosférico e a Zona de Convergência do Atlântico Sul (SACZ). Logo, a ZCIT não explica a crise paulista.

E — abertura ilimitada de poços artesianos na cidade: a extração de aquíferos pode agravar problemas locais, mas a crise mencionada refere-se ao sistema Cantareira (reservatórios superficiais) e à alta demanda urbana; além disso, há regulamentação e limites reais para poços em áreas urbanas, tornando esta alternativa improbable como causa principal.

Dica de prova: busque sempre a relação direta entre o fenômeno citado no texto (queda de níveis em reservatórios que abastecem milhões) e a alternativa — prefira respostas que expliquem demanda vs. oferta local e fatores de gestão/uso do recurso.

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