A região metropolitana de São Paulo vive sua maior crise hídrica desde 1930, quando começaram
as medições nos sistemas de reservatórios fornecedores de água. A situação é pior no sistema
Cantareira, cujo nível bate sucessivos recordes negativos desde o início do ano. Responsável pelo
abastecimento de 8,8 milhões de pessoas – quase a metade da população da Grande São Paulo – o
Cantareira opera com o volume útil esgotado desde julho. A utilização inédita da reserva técnica,
que fica abaixo das comportas das represas, fez o nível do reservatório subir a 18,5%.
Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/crise-hidrica/ Acesso 11-09-2015.
Dentre os fatores que justificam as condições relacionadas ao estresse hídrico em São Paulo,
descritos no texto, encontra-se
Gabarito comentado
Alternativa correta: B - a concentração populacional e produtiva na região.
Tema central: a questão trata de estresse hídrico urbano — quando a demanda por água supera a disponibilidade dos sistemas de abastecimento. É essencial compreender fatores como: demanda crescente por população e atividades econômicas, variabilidade climática (menos chuvas), e limitações dos sistemas de reservatórios.
Resumo teórico: o estresse hídrico em regiões metropolitanas resulta da combinação de alta demanda (consumo doméstico, industrial, agrícola), perda de água por vazamentos, impermeabilização do solo (reduz recarga), e redução de aporte hídrico por secas. Em metrópoles como São Paulo, sistemas superficiais (represas) são sensíveis a longos períodos secos e ao consumo concentrado.
Justificativa da correta (B): a concentração populacional e produtiva na Grande São Paulo eleva fortemente a demanda por água. Reservatórios como o Cantareira foram projetados para atender grandes volumes; quando cresce a população e a atividade industrial sem correspondente ampliação de oferta e gestão eficiente, os níveis caem. Além disso, áreas urbanas impermeabilizadas reduzem recarga de aquíferos, agravando a dependência de reservatórios. Fontes: ANA (Agência Nacional de Águas) — relatórios sobre disponibilidade e demanda; manuais de gestão de recursos hídricos.
Análise das incorretas:
A — aumento do consumo na região amazônica: irrelevante para o abastecimento de São Paulo; a Amazônia não alimenta os sistemas de reservatórios paulistas.
C — construção de açudes no semiárido: também não se relaciona com o funcionamento do sistema Cantareira, que depende de bacias locais do Sudeste.
D — Zona de Convergência Intertropical (ZCIT): fenômeno tropical que influencia chuvas na faixa equatorial; o clima de SP é mais afetado por frentes frias, o bloqueio atmosférico e a Zona de Convergência do Atlântico Sul (SACZ). Logo, a ZCIT não explica a crise paulista.
E — abertura ilimitada de poços artesianos na cidade: a extração de aquíferos pode agravar problemas locais, mas a crise mencionada refere-se ao sistema Cantareira (reservatórios superficiais) e à alta demanda urbana; além disso, há regulamentação e limites reais para poços em áreas urbanas, tornando esta alternativa improbable como causa principal.
Dica de prova: busque sempre a relação direta entre o fenômeno citado no texto (queda de níveis em reservatórios que abastecem milhões) e a alternativa — prefira respostas que expliquem demanda vs. oferta local e fatores de gestão/uso do recurso.
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